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sexta-feira, 3 de abril de 2015

TAÇA AF SETÚBAL»» Alcochetense 1 Amora 1 (3-1 gp)

Amora esteve em vantagem até ao último minuto da compensação…

Alcochetense obtém passaporte para a final na lotaria dos penaltis 

O Amora [actual detentor do troféu] foi afastado da Taça AF Setúbal ao ser derrotado pelo Alcochetense em jogo relativo às meias-finais realizado no Estádio António Almeida Correia que só ficou decidido no desempate por grandes penalidades.

Na verdade foi um autêntico jogo de taça, nem sempre bem jogado é certo mas bastante emotivo até ao fim devido à incerteza quando ao vencedor e também pela polémica gerada por algumas decisões do árbitro Paulo Rodrigues que na opinião dos amorenses terá expulsado o jogador Joca e depois o treinador Pedro Amora sem qualquer razão que o justificasse.

A equipa amorense, que jogou mais de uma hora com apenas dez jogadores [pelas razões já referidas], teve o pássaro na mão mas deixou-o fugir praticamente no último minuto da compensação ao sofrer o golo do empate numa altura em que já quase ninguém acreditava que pudesse vir a acontecer.

Quem entrou melhor no jogo foi o Amora que se adiantou no marcador logo aos nove minutos por intermédio de Formiga num cabeceamento após livre cobrado do lado direito por Hugo Graça. A equipa de Alcochete tentou reagir e o jogo tornou-se mais dividido e mais repartido pelos dois meios campos mas com poucas oportunidades de golo.

O Amora estava a controlar o jogo no meio campo e o Alcochetense sentia algumas dificuldades de progressão, tanto assim que apenas aos 27 minutos conseguiu criar algum perigo para a baliza adversária num livre cobrado por Feiteira ao qual correspondeu Madureira [em dia de aniversário] com uma boa intervenção.

Dez minutos depois foi o Amora a desperdiçar também uma boa ocasião muito por culpa do guarda-redes do Alcochetense que evitou o 2-0 ao desviar para canto um remate de Joca que levava o selo de golo.

A equipa alcochetana respondeu aos 42 minutos outra vez numa situação de bola parada, num livre de Feiteira que colocou na grande área adversária onde apareceu Piqueira a cabecear levando a bola a bater na trave sendo depois afastada pela defensiva amorense. E já em período de compensação, Feiteira, novamente num livre [a única forma encontrada pelo Alcochetense para se aproximar da baliza contrária] obrigou Madureira a mais uma boa defesa.

Na segunda parte a equipa orientada por Zé Pedro surgiu com duas alterações mas a primeira equipa a criar perigo foi o Amora por Carlitos, após centro efectuado do lado direito do seu ataque. Valeu mais uma vez o guardião Ziotti que fez mais uma boa defesa.

As coisas continuavam a não correr de feição aos alcochetenses mas a partir dos 58 minutos tudo mudou com a expulsão de Joca que viu o segundo cartão amarelo numa falta perfeitamente normal que cometeu próximo da linha de meio campo.

O Amora ficou reduzido a 10 unidades e cinco minutos depois Zé Pedro resolveu arriscar tirando um defesa [Cunha] para entrar o seu melhor marcador [Peter]; ou seja, um avançado. Com esta alteração o sentido de jogo mudou completamente passando então o Alcochetense a assumir o comando das operações. 

Passado pouco tempo é expulso Pedro Amora por razões que só o árbitro pode explicar e tudo se tornou mais complicado para o Amora que passou a ter mais problemas que entretanto foi resolvendo fruto de uma entrega bastante meritória dos seus jogadores que tentavam segurar a todo o custo a vantagem que haviam conquistado no início da partida. E, numa altura em que já poucos acreditavam (90+3’) surgiu o balde de água fria com o golo da igualdade marcado por Bruno Pais que aproveitou um ressalto numa segunda bola à entrada da área.

No prolongamento o Alcochetense [que se apresentava mais fresco] foi sempre mais perigoso mas o Amora jogando com grande espírito de sacrifício conseguiu aguentar a pressão levando assim a decisão para a lotaria dos penaltis, onde a equipa de Alcochete esteve melhor.

O primeiro jogador a cobrar foi Balela que desperdiçou, depois seguiu-se Peter que converteu, Paulo Tavares permitiu a defesa de Ziotti, Feiteira aumentou para 2-0, Miguel Abreu reduziu para 2-1, Ricardo Dâmaso colocou o marcador em 3-1 e de seguida Carlitos atirou à barra.

Resumindo foi uma vitória feliz da equipa de Alcochete perante um adversário que lutou ate à exaustão e contra algumas adversidades causadas por uma arbitragem que não esteve à altura do encontro.   

Com a vitória conseguida a equipa de Alcochete ficou apurada para disputar a final com o Vasco da Gama de Sines que venceu o Almada, por 1-0, na outra meia-final, com um golo marcado ainda no decorrer da primeira parte.



A OPINIÃO DOS TREINADORES


RESUMO DO JOGO (tempo regulamentar)
RESUMO (prolongamento e penaltis)
  Vídeos: Nelson Patriarca


FICHA DO JOGO

Jogo no Estádio António Almeida Correia “Foni”, em Alcochete
ÁRBITRO: Paulo Rodrigues (Núcleo do Barreiro), auxiliado por Luís Saias e Miguel Neto

ALCOCHETENSE: Rogério Ziotti; Portela (Bruno Pais, 45’), Gil, Cunha (Peter, 63’), Pedro Henriques; Milton (Queijinho, 85’), Piqueira, Feiteira; Marco Véstia (Ricardo Dâmaso, 60’), Willy (Djão, 82’) e Ricardinho.
Suplentes não utilizados: Diogo Moreira e Miguel Serôdio 
TREINADOR: Zé Pedro


AMORA: Madureira; Lacão, Balela, Alex, Jandir; Miguel Abreu, Serginho (Láudio, 90+2’), Hugo Graça (Nascimento, 87’); Joca, Formiga (Paulo Tavares, 59') e Carlitos.
Suplentes não utilizados: Rafa, Pedro Pereira, Filipe e Domingos.
TREINADOR: Pedro Amora

Ao intervalo: 0-1
No final dos 90 minutos: 1-1
No final do prolongamento: 1-1
No desempate por penaltis: 3-1
Marcadores: 0-1, Formiga (9’); 1-1, Bruno Pais (90+3’). No desempate por penaltis marcaram Peter, Feiteira e Ricardo Dâmaso (Alcochetense) e Miguel Abreu (Amora).
Disciplina: cartão amarelo para Marco Véstia (16’); Milton (17’); Joca (19 e 58’); Serginho (28’); Lacão (44’); Madureira (58’); Djão (78’); Alex (90+5’); Paulo Tavares (104’): Bruno Pais (115’). Cartão vermelho por acumulação para Joca aos 58 minutos. Pedro Amora foi expulso aos 63 minutos.