Amora esteve em
vantagem até ao último minuto da compensação…
Alcochetense obtém passaporte para a final na lotaria dos penaltis
O Amora [actual
detentor do troféu] foi afastado da Taça AF Setúbal ao ser derrotado pelo
Alcochetense em jogo relativo às meias-finais realizado no Estádio António
Almeida Correia que só ficou decidido no desempate por grandes penalidades.
Na verdade foi um
autêntico jogo de taça, nem sempre bem jogado é certo mas bastante emotivo até
ao fim devido à incerteza quando ao vencedor e também pela polémica gerada por
algumas decisões do árbitro Paulo Rodrigues que na opinião dos amorenses terá
expulsado o jogador Joca e depois o treinador Pedro Amora sem qualquer razão
que o justificasse.
A equipa amorense, que
jogou mais de uma hora com apenas dez jogadores [pelas razões já referidas],
teve o pássaro na mão mas deixou-o fugir praticamente no último minuto da
compensação ao sofrer o golo do empate numa altura em que já quase ninguém
acreditava que pudesse vir a acontecer.
Quem entrou melhor no
jogo foi o Amora que se adiantou no marcador logo aos nove minutos por
intermédio de Formiga num cabeceamento após livre cobrado do lado direito por
Hugo Graça. A equipa de Alcochete tentou reagir e o jogo tornou-se mais
dividido e mais repartido pelos dois meios campos mas com poucas oportunidades
de golo.
O Amora estava a
controlar o jogo no meio campo e o Alcochetense sentia algumas dificuldades de
progressão, tanto assim que apenas aos 27 minutos conseguiu criar algum perigo
para a baliza adversária num livre cobrado por Feiteira ao qual correspondeu
Madureira [em dia de aniversário] com uma boa intervenção.
Dez minutos depois foi
o Amora a desperdiçar também uma boa ocasião muito por culpa do guarda-redes do
Alcochetense que evitou o 2-0 ao desviar para canto um remate de Joca que
levava o selo de golo.
A equipa alcochetana
respondeu aos 42 minutos outra vez numa situação de bola parada, num livre de
Feiteira que colocou na grande área adversária onde apareceu Piqueira a
cabecear levando a bola a bater na trave sendo depois afastada pela defensiva
amorense. E já em período de compensação, Feiteira, novamente num livre [a
única forma encontrada pelo Alcochetense para se aproximar da baliza contrária]
obrigou Madureira a mais uma boa defesa.
Na segunda parte a
equipa orientada por Zé Pedro surgiu com duas alterações mas a primeira equipa
a criar perigo foi o Amora por Carlitos, após centro efectuado do lado direito
do seu ataque. Valeu mais uma vez o guardião Ziotti que fez mais uma boa defesa.
As coisas continuavam a
não correr de feição aos alcochetenses mas a partir dos 58 minutos tudo mudou
com a expulsão de Joca que viu o segundo cartão amarelo numa falta perfeitamente
normal que cometeu próximo da linha de meio campo.
O Amora ficou reduzido
a 10 unidades e cinco minutos depois Zé Pedro resolveu arriscar tirando um
defesa [Cunha] para entrar o seu melhor marcador [Peter]; ou seja, um avançado.
Com esta alteração o sentido de jogo mudou completamente passando então o Alcochetense
a assumir o comando das operações.
Passado pouco tempo é expulso Pedro Amora
por razões que só o árbitro pode explicar e tudo se tornou mais complicado para
o Amora que passou a ter mais problemas que entretanto foi resolvendo fruto de
uma entrega bastante meritória dos seus jogadores que tentavam segurar a todo o
custo a vantagem que haviam conquistado no início da partida. E, numa altura em
que já poucos acreditavam (90+3’) surgiu o balde de água fria com o golo da
igualdade marcado por Bruno Pais que aproveitou um ressalto numa segunda bola à
entrada da área.
No prolongamento o
Alcochetense [que se apresentava mais fresco] foi sempre mais perigoso mas o
Amora jogando com grande espírito de sacrifício conseguiu aguentar a pressão
levando assim a decisão para a lotaria dos penaltis, onde a equipa de Alcochete
esteve melhor.
O primeiro jogador a cobrar
foi Balela que desperdiçou, depois seguiu-se Peter que converteu, Paulo Tavares
permitiu a defesa de Ziotti, Feiteira aumentou para 2-0, Miguel Abreu reduziu
para 2-1, Ricardo Dâmaso colocou o marcador em 3-1 e de seguida Carlitos atirou
à barra.
Resumindo foi uma
vitória feliz da equipa de Alcochete perante um adversário que lutou ate à exaustão
e contra algumas adversidades causadas por uma arbitragem que não esteve à
altura do encontro.
Com a vitória
conseguida a equipa de Alcochete ficou apurada para disputar a final com o
Vasco da Gama de Sines que venceu o Almada, por 1-0, na outra meia-final, com
um golo marcado ainda no decorrer da primeira parte.
A OPINIÃO DOS TREINADORES
RESUMO DO JOGO (tempo regulamentar)
RESUMO (prolongamento e penaltis)
Vídeos: Nelson Patriarca
FICHA
DO JOGO
Jogo
no Estádio António Almeida Correia “Foni”, em Alcochete
ÁRBITRO: Paulo Rodrigues
(Núcleo do Barreiro), auxiliado por Luís Saias e Miguel Neto
ALCOCHETENSE: Rogério Ziotti;
Portela (Bruno Pais, 45’), Gil, Cunha (Peter, 63’), Pedro Henriques; Milton
(Queijinho, 85’), Piqueira, Feiteira; Marco Véstia (Ricardo Dâmaso, 60’), Willy
(Djão, 82’) e Ricardinho.
Suplentes não utilizados: Diogo Moreira e
Miguel Serôdio
TREINADOR: Zé Pedro
AMORA: Madureira; Lacão, Balela, Alex,
Jandir; Miguel Abreu, Serginho (Láudio, 90+2’), Hugo Graça (Nascimento, 87’);
Joca, Formiga (Paulo Tavares, 59') e Carlitos.
Suplentes não utilizados: Rafa, Pedro
Pereira, Filipe e Domingos.
TREINADOR: Pedro Amora
Ao intervalo: 0-1
No final dos 90 minutos: 1-1
No final do prolongamento: 1-1
No desempate por penaltis: 3-1
Marcadores: 0-1, Formiga
(9’); 1-1, Bruno Pais (90+3’). No desempate por penaltis marcaram Peter,
Feiteira e Ricardo Dâmaso (Alcochetense) e Miguel Abreu (Amora).
Disciplina: cartão amarelo
para Marco Véstia (16’); Milton (17’); Joca (19 e 58’); Serginho (28’); Lacão
(44’); Madureira (58’); Djão (78’); Alex (90+5’); Paulo Tavares (104’): Bruno
Pais (115’). Cartão vermelho por acumulação para Joca aos 58 minutos. Pedro
Amora foi expulso aos 63 minutos.