Foi
campeão distrital de iniciados pelo C. Piedade…
TREINADOR
FICA À ESPERA DE UM NOVO DESAFIO
Ricardo
Silva, que em Setembro do ano passado deixou o comando técnico da equipa de
juvenis do Cova da Piedade que se encontrava a disputar o respectivo campeonato
nacional para ingressar nos iniciados do Belenenses está de saída do clube do
Restelo.
O
treinador, de 36 anos, que substituiu o ex-internacional Jorge Andrade na
equipa de Belém, realizou um bom trabalho mas isso não foi suficiente para
convencer os dirigentes do clube que resolveram prescindir dos seus serviços
não por falta de competência mas por outras razões.
A
propósito, recorda-se que Ricardo Silva iniciou a sua carreira de treinador nos
Pescadores da Caparica tendo passado depois pelo V. Setúbal e Cova da Piedade
onde permaneceu cinco épocas, treinando os infantis, iniciados e juvenis.
E
foi exactamente no C. Piedade que alcançou seus os melhores resultados como foi
o caso do título de campeão distrital de iniciados na época de 2012/2013.
Em
declarações ao nosso jornal Ricardo Silva confessa que já foi alvo de algumas
abordagens mas de momento não existe nada de concreto estando por isso mesmo à
espera de um novo desafio.
“Na apresentação
da nova direcção foi-nos dito que estaríamos sob avaliação”
Ricardo Silva
trocou os juvenis do C. Piedade pelos iniciados do Belenenses já com a época a
decorrer mas agora está de saída do clube do Restelo. Qual a razão?
Cheguei
ao Belenenses no dia 30 de Setembro de 2014 e no dia 18 de Outubro houve
eleições. O clube mudou de direcção e na apresentação da nova direcção foi-nos
dito (todas as equipas técnicas do departamento de futebol Juvenil, dos sub-15
aos sub-19) que estaríamos sob avaliação até ao final da época. Ou seja, que estaríamos
a prazo. Percebemos logo que teriam outras pessoas para colocar no nosso lugar,
por mais e melhor que fizéssemos.
Os resultados
conseguidos foram os que esperava ou ficaram um pouco aquém do que pretendia?
Os
resultados foram bastante positivos tendo em conta as características do
plantel. Quando chegámos tínhamos 29 jogadores, uma quantidade demasiada que
dificultou o nosso processo de escolhas e a implementação das nossas ideias.
“A competência
não chega para servir o “Os Belenenses”
Que análise faz
da sua passagem pelo Belenenses?
Foi
uma experiência positiva. Conseguimos atingir com alguma facilidade os
objectivos que nos foram pedidos. Temos plena certeza que os atletas com quem
trabalhamos saem muito mais jogadores e homens do que quando os conhecemos, mas
deu também para perceber que a competência não chega para servir o CF “Os Belenenses”.
Faltou-nos o factor “C”.
E o seu futuro
como treinador, como vai ser. Já há alguma coisa em perspectiva para a nova
época?
Houve
um par de abordagens de pessoas que sempre estiveram por perto desta equipa
técnica. Pessoas que também estão pendentes de outras situações para que se
possa chegar a um acordo. Mas não tenho nenhum compromisso. Estamos em processo
final com o Belenenses e a ver o que pode surgir, à espera do próximo desafio.