Olímpico
jogou toda a segunda parte com 10 jogadores…
ALCOCHETENSE
REGRESSA ÀS VITÓRIAS COM UMA GOLEADA
O
Alcochetense que vinha de duas derrotas [em casa com o Barreirense e fora com o
Alfarim] e um empate [em Setúbal, com o C. Indústria] nos últimos três jogos
para o campeonato, regressou às vitórias no dérbi com o seu vizinho do Montijo que
terminou com o resultado de 4-0.
A
vitória da equipa de Alcochete não merece qualquer tipo de contestação mas a
exibição não foi totalmente do agrado do treinador José Pedro que estava à
espera de mais dos seus jogadores sobretudo na primeira parte que terminou com
o resultado em 1-0 mercê do golo marcado por Willy, aos 38 minutos.
Na
segunda parte as coisas tornaram-se mas fáceis para os alcochetenses porque
actuaram com mais um jogador devido à expulsão de um adversário no minuto que
antecedeu o intervalo.
Mesmo
em inferioridade numérica a equipa do Montijo foi-se batendo bem mas com o
segundo golo sofrido aos 60’ [Piqueira] e depois com o terceiro aos 75’ [Peter]
ficou sem qualquer hipótese de reacção.
De
registar também o regresso aos golos de Ruben Braga depois de um longo jejum. O
jogador que se transferiu do Monte de Caparica e tem sido pouco utilizado [entrou
aos 65’ para o lugar de Willy] estreou-se assim a marcar pela equipa de
Alcochete obtendo o quarto e último golo da sua equipa.
No
final da partida, Zé Pedro, treinador do Alcochetense estava satisfeito pela
vitória que era o principal objectivo e pelo facto de não ter sofrido golos mas
ao mesmo tempo algo descontente com o desempenho dos seus jogadores que esteve
um pouco abaixo daquilo que deveria ter sido.
Olívio
Cordeiro, treinador do Olímpico, reconheceu a superioridade do adversário mas
considera que o resultado está um pouco desajustado em função daquilo que na
realidade se passou. O técnico da equipa do Montijo considera também que a sua
equipa foi prejudicada com algumas decisões tomadas pela arbitragem nomeadamente
nos lances que originam o primeiro e o quarto golo, bem como a expulsão de
Migalhas, aos 44 minutos.
A
OPINIÃO DOS TREINADORES
ZÉ PEDRO, treinador do Alcochetense:
“Em certos momentos não tivemos o fulgor
que deveríamos ter tido”
“Na
semana anterior havíamos eliminado o Amora da taça mas para o campeonato já não
ganhávamos há quatro jogos. Por isso, era necessário e muito importante ganhar
este jogo até porque se tratava de um dérbi entre duas equipas vizinhas. E, foi
dentro deste contexto que se preparou a equipa para este jogo. Não entrámos
muito bem no jogo que decorreu equilibrado mas sempre com maior ascendente da
nossa parte, embora sem o fulgor que deveríamos ter tido. Por essa razão, só
chegámos ao golo por volta da meio hora e fomos para o intervalo a ganhar por
1-0. Na segunda parte entrámos mais determinados com o objectivo de fazer mais
golos, como aconteceu aos 60 e aos 75 minutos. A partir daí o Montijo deixou de
acreditar e nós ainda fizemos o quarto golo, já na parte final. Foi uma goleada
é certo mas com um desempenho um pouco abaixo daquilo que queríamos e
deveríamos ter feito. De qualquer forma, foi também importante não sofrer
golos. Apesar de achar que poderíamos ter feito melhor tenho que dar os
parabéns aos jogadores pela vitória porque era esse o nosso objectivo”.
OLÍVIO CORDEIRO,
treinador do Barreirense:
“Não foi pelo árbitro que perdemos mas houve
factores que nos prejudicaram”
“Sabíamos
que íamos defrontar uma equipa que tem um dos orçamentos mais altos da 1.ª
Divisão Distrital, objectivos diferentes dos nossos outros e que iria ter mais
situações de superioridade, pelas condições naturais. Procurámos colocar a bola
no chão para jogar bom futebol mas o Alcochetense conseguiu ser mais equipa.
Enquanto jogámos de igual para igual se o Alcochetense teve oportunidades nós
também as tivemos. Estava a ser um jogo taco a taco. Por volta dos 40 minutos o
Alcochetense faz o 1-0 na sequência de um canto assinalado pelo assistente
quando o árbitro, que estava em melhor posição, não havia assinalado e depois
aos 44 minutos tivemos um jogador expulso sem dizer rigorosamente nada ao
árbitro e fomos para o intervalo a perder por 1-0 e com menos um jogador. Na
segunda parte tivemos que arriscar com o intuito de chegarmos ao empate mas
acabámos por sofrer o segundo golo, depois de no lance imediatamente anterior
ter havido um penalti claríssimo sobre o Pestinha que não foi assinalado.
Depois, sofremos o terceiro golo mas mesmo assim ainda tivemos uma situação em
que poderíamos ter marcado e no último lance do jogo sofremos o quarto golo num
lance em que [a meu ver] houve falta sobre o nosso guarda-redes. Que houve
superioridade do adversário é um facto mas o resultado é desajustado ao que se
passou em campo. No fim do jogo tivemos uma reunião com a direcção e com os
jogadores e constatámos que estamos todos no mesmo barco, sabemos o que
queremos e que teremos que lutar contra as adversidades. Não foi pelo árbitro
que perdemos o jogo mas houve factores que nos prejudicaram.”
FICHA DO JOGO
Jogo
no Estádio António Almeida Correia “Foni”, em Alcochete
ÁRBITRO: Rui Nunes
(Núcleo de Almada / Seixal)
ALCOCHETENSE: Rogério Ziotti;
Bruno Pais, Miguel Serôdio, Cunha (Gil, 25’), Pedro Henriques; Piqueira, Ricardo
Dâmaso, André Queijinho, Feiteira (Tiago Carvalho, 55’); Peter e Willy (Ruben
Braga, 65’).
TREINADOR: Zé Pedro
OLÍMPICO DO MONTIJO: Carlos Miguel;
Migalhas, Tiago Lourenço, Talinhos, Pedro Lemos; Paulo Mota, Marcelo Castro, Pedro
Monteiro (Miguel Fitas, 77’); Cami, Fula (Quimilsson, 69’) e Pestinha (Neto, 65’).
TREINADOR: Olívio
Cordeiro
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: 1-0, Willy
(38’); 2-0, Piqueira (60’); 3-0, Peter (75’); 4-0, Ruben Braga (90’)
Disciplina: Migalhas foi
expulso (44’) por acumulação de cartões amarelos