Os
nossos ideais passam pela disciplina...
“Somos
detentores do Prémio Fair-Play que nos foi atribuído o ano passado”
A
Casa do Benfica no Seixal para além da sua vertente de cariz social dedica-se
também à prática desportiva com o objectivo de proporcionar aos seus associados
o exercício da actividade física uma das melhores formas de promover a saúde e
um estilo de vida saudável.
Com
a sua sede instalada no mercado municipal do Seixal, a casa n.º 236 do Sport
Lisboa e Benfica, começou por se dedicar às caminhadas, depois avançou para a
pesca desportiva, seguindo-se o atletismo [a modalidade que dá maior projecção
à Casa] e finalmente o futsal, que está em fase de expansão.
Com
o intuito de divulgar o trabalho desenvolvido e a sua evolução como
colectividade pertencente ao movimento associativo concelhio, o nosso jornal
foi ao encontro do vice-presidente desportivo, Paulo Lopes, que nos concedeu
esta entrevista.
Como tudo
começou…
Que actividades
desportivas se praticam na Casa do Benfica no Seixal?
Começámos
pelas caminhadas, depois avançámos para a pesca desportiva, atletismo e
ultimamente para o futsal
Quais as que têm
maior projecção recentemente?
Presentemente
a projecção é feita mais pelo atletismo mas estamos também a tentar dar mais
dinamismo ao futsal
Falando de
atletismo, em que provas participam normalmente?
O
principal objectivo da secção passa pelo desporto para todos dando privilégio
ao Troféu da Câmara Municipal do Seixal que é composto por vinte provas. O
nosso principal objectivo passa sobretudo por aí. De vez em quando participamos
noutras provas como é o caso da “Corrida do Benfica” que é principal razão da
existência da casa.
São muitos os
atletas que fazem parte da equipa?
Neste
momento temos entre os 25 a 30 atletas, mas nem todos participam. Normalmente
temos uma frequência de 15 a 20 atletas por prova, sendo dez deles jovens.
Onde decorrem normalmente
os treinos?
Essa
é que é a parte mais complicada. Cada um treina por si. Andamos a tentar
arranjar um treinador junto dos atletas mais experientes para trabalhar
essencialmente com a formação mas está a ser um pouco complicado por questões
relacionadas com a vida profissional de cada um.
Futsal na 2.ª
Divisão da Liga E.Leclerc Seixal
Passando então
para o futsal, em que competições participa a vossa equipa?
Neste
momento estamos a participar na Liga E.Leclerc Seixal inseridos na zona sul da
segunda divisão onde ocupamos presentemente o último lugar. O nosso objectivo passa
por poder chegar ainda a um dos três primeiros lugares. De princípio a ideia
passava por chegar ao play-off mas está muito complicado. Vamos ver o que
conseguimos fazer. Ainda faltam seis jogos. Como o futebol não é uma ciência
exacta, tudo pode ainda acontecer.
Quer dizer que o
campeonato não começou da forma desejada?
É
um facto. Esta é uma equipa nova, não tinha rotinas e tivemos que mudar várias
vezes de treinador. De início os jogadores achavam que eram mais importantes
que a equipa, eu tentei fazer-lhes ver que era o contrário; ou seja, que em
primeiro lugar estava o emblema e só depois estavam eles e isto gerou alguma
instabilidade.
Mas agora as
coisas parece que estão um pouco melhores. Tanto assim que acabam de ganhar ao
primeiro classificado…
É
verdade. Ninguém dava nada por nós neste jogo mas de facto acabámos por causar
a grande surpresa da jornada vencendo em casa do primeiro classificado que
curiosamente tem alguns jogadores que são benfiquistas e até ficaram bastante
agradados de teres perdido connosco.
Quer então dizer
que reina a expectativa da Casa do Benfica no Seixal poder chegar mais aos
lugares da frente?
É
difícil chegar lá porque as outras equipas também têm a mesma ambição. Vamos
palmilhar, jogando jogo a jogo e esperar que quem está á frente vá perdendo
pontos.
O aspecto
desportivo é muito importante mas a Casa do Benfica também dá especial
importância ao aspecto disciplinar onde tem uma posição a defender…
Actualmente
somos detentores do Prémio Fair-Play que nos foi atribuído o ano passado no
mundial de futsal das Casas do Benfica, no Estádio da Luz, e os nossos ideais
passam pela disciplina em campo, com a árbitro e com os dirigentes. Não faz
sentido não ser assim…
E essa ideia até
agora está a resultar?
Claro
que sim. Os jogadores sabem perfeitamente que somos exigentes nesse aspecto e
em termos de equipa também tem que ser porque se o árbitro marcou, está marcado,
e que não vale a pena contestar porque ele não vai voltar atrás.
Ainda em relação
à modalidade, o objectivo primordial será muito possivelmente levar a Casa do
Benfica no Seixal a competir a nível oficial?
Esperamos
daqui a três, quatro ou cinco anos começar o trabalho a nível da formação. Não
está fácil por razões diversas mas vamos esperar, temos que ter paciência.
Alguém há-de aparecer para nos ajudar aqui no concelho.
Portanto será um
longo caminho a percorrer até chegar essa altura?
Certamente,
mas eu gosto destes desafios e de desbravar caminhos difíceis porque sou um
lutador e gosto de lutar
A falta de
essência e alma benfiquista
Que mais há para
dizer em termos desportivos sobre a Casa do Benfica no Seixal?
Pedir
aos cidadãos do concelho que compareçam em massa à Casa porque precisamos de
associados para a projectar mais e que não fiquem no sofá nos dias de jogo.
Venham à nossa casa apoiar. É este o apelo que lanço à população do concelho do
Seixal.
Qual a expansão
que a Casa está a ter a nível do concelho do Seixal que recorde-se acolhe o
Centro de Estágio?
Está
a ter uma boa receptividade mas gostaríamos de ver ainda mais gente. Acho que
ainda falta aquilo que eu vejo noutras casas, a essência e a alma benfiquista.
Creio que aqui no concelho ainda há muita gente que não sabe qual a verdadeira
dimensão do Benfica e o que é ser benfiquista. É o que eu sinto…
Terá ficado
ainda mais alguma coisa por dizer?
Não.
Quero agradecer esta oportunidade para divulgar a Casa do Benfica no Seixal e
desejar que possamos fazer a festa no fim do campeonato. Aproveito também para
deixar os parabéns a todos por mais um aniversário do Sport Lisboa e
Benfica.