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domingo, 8 de março de 2015

1.ª DIVISÃO DISTRITAL»» ARRENTELA 0 CHARNECA 2

Contra-ataque foi a arma secreta do Charneca de Caparica…

 Arrentela foi melhor em termos de jogo jogado mas isso de nada valeu

O Charneca de Caparica que se deslocou à Arrentela venceu a equipa local por 2-0 e saiu da zona de perigo por troca com o Olímpico do Montijo que perdeu em Cacilhas com o Beira Mar de Almada. 

O Arrentela, com a derrota sofrida, ficou numa posição muito complicada não só pelo facto de se encontrar em último lugar mas também porque viu aumentar a diferença em relação às equipas que estão à sua frente; ou seja, ficou agora com menos quatro pontos que o Palmelense, menos nove que o Beira Mar de Almada, menos dez pontos que o Olímpico do Montijo e menos onze que o Charneca de Caparica.

Nesta partida o Arrentela até esteve melhor que o seu adversário em termos de futebol praticado, de domínio exercido e na quantidade de oportunidades criadas mas isso de nada valeu porque o Charneca de Caparica foi uma equipa mais objectiva e mais eficaz porque concretizou praticamente todas as ocasiões que teve através de contra-ataques venenosos que foram na realidade mortíferos.

A primeira parte foi inteiramente dominada e controlada pela equipa da casa mas quem foi para o intervalo em vantagem foi o Charneca de Caparica mercê de um golo marcado por Paulo Costa, aos 10 minutos, numa acção de contra-ataque desenvolvida por Pedro Santos que assistiu de forma perfeita o seu companheiro de equipa.

Apesar de surpreendido de forma inesperada com um golo sofrido nitidamente contra a corrente de jogo, o Arrentela continuava a mandar no jogo e foram várias as oportunidades desperdiçadas, uma aos 12 minutos com Pedro Martins num livre a a obrigar Jesus a defesa para canto; aos 21 por Fábio Geia para nova defesa do guarda-redes contrário e aos 45+1’ por Luís Almeida num cabeceamento que saiu ligeiramente ao lado. Neste período, para além do golo que marcou, o Charneca apenas por uma vez chegou com algum perigo junto da baliza à guarda de Ricardo Rolo, por volta dos 40 minutos.

Na segunda parte o jogo foi mais dividido porque o Charneca corrigiu alguns pormenores mas apesar disso era o Arrentela que continuava com o sinal mais e aos 61 minutos o empate esteve à vista num remate de Mauro Correia que atirou ao poste depois de se ter isolado. Não marcou o Arrentela mas marcou o Charneca e novamente num lance de contra-ataque iniciado ainda no seu meio campo. Pedro Santos ganhou a bola, ultrapassou a linha divisória, entrou no meio campo adversário, aproximou-se da grande área mas permitiu a defesa de Ricardo Rolo, a bola sobrou depois para Ivan que na recarga atirou a contar fixando assim o resultado final em 2-0, a seu favor, numa altura em que o Arrentela jogava apenas com 10 unidades por lesão de Júlio Dias, já depois de efectuadas as três substituições.

Na próxima jornada o Arrentela volta a actuar no seu terreno onde recebe o Alfarim e o Charneca de Caparica será também anfitrião do Grandolense.

 
A OPINIÃO DOS TREINADORES

ANDRÉ BRANCO, treinador do Arrentela:

“Tivemos muitas bolas na cara do guarda-redes mas não conseguimos concretizar”


“O jogo não correu da melhor forma para nós. Desde que peguei na equipa nunca tive um jogo com tantas oportunidades de golo. Falhámos o nosso objectivo porque não fomos eficazes no momento da decisão. Eles no contra golpe fizeram os golos e ficaram mais tranquilos. A nossa situação ficou mais complicada mas nós já sabíamos que ia ser difícil. É certo que ainda faltam 13 jornadas mas contra um adversário directo deveríamos ter pontuado. Não conseguimos, como já disse, porque pecámos bastante na finalização. Tivemos bastantes bolas na cara do guarda-redes mas não conseguimos concretizar e quem não marca acaba por sofrer. Foi o que aconteceu connosco”.   


ÉLIO SANTOS, treinador do Charneca de Caparica:

“Para nós esta foi uma vitória muito importante”

“Foi um jogo com duas partes distintas. Na primeira, o Arrentela foi a única equipa em campo porque jogou bastante bem e tentou a todo o custo chegar ao golo. Nós sabíamos que se eles marcassem primeiro iria ser muito difícil. Mas, de facto, acabámos por se felizes e fomos nós que nos colocámos em vantagem na única fragilidade defensiva do adversário que ficou assim mais intranquilo. A nós também já nos aconteceu situações como esta. Como disse na primeira parte só houve Arrentela, nós limitámo-nos a defender e fazer um ou dois contra-ataques. Na segunda parte entrámos com uma atitude diferente mas com o Arrentela também a querer chegar ao golo. Nós, com as alterações que fizemos, conseguimos equilibrar e a pouco e pouco fomos pegando no jogo porque sentíamos que o adversário estava a ficar com menos capacidade de reacção. O facto de termos ficado em superioridade numérica por lesão de um adversário deu-nos mais tranquilidade e o segundo golo apareceu logo a seguir. Depois até ao fim foi só gerir a vantagem. Para nós esta foi uma vitória muito importante. Deixo aqui uma palavra de apreço para este clube que representei como jogador durante três anos e onde fui muito feliz porque fui campeão de um Campeonato Reservas. Espero que se consiga manter porque é um clube que faz falta à 1.ª divisão e tem excelentes instalações”.  


FICHA DO JOGO

Jogo no Complexo Desportivo da Boa Hora, em Arrentela
ÁRBITRO: Marco Machado (Núcleo de Santiago do Cacém), auxiliado por Quintas Pereira e Rodrigo Pereira

ARRENTELA: Ricardo Rolo; Júlio Dias, Pedro Martins, Márcio Duro (Bernardo, 63’), Bruno Almeida; Nuno Ferreira, Ruben Alexandre, Daniel Graça (Fábio Santos, 45’), Tiago Amaral, Luís Almeida e Fábio Geia (Mauro Correia, 35’).
Suplentes não utilizados: Ricardo Freitas, Joel Correia, Edmilson e Elvis
TREINADOR: André Branco

CHARNECA DE CAPARICA: Jesus; Leston, Davitson (Ivan, 67’), André Antunes, Rafa; Santiago, Fabinho, Fred (Hadil, ex-B. Mar Almada, 53’); Pedro Santos, Paulo Costa e Serginho (Elias, 62’).
Suplentes não utilizados: Jeny, Cláudio, Pombeiro e Jackson 
TREINADOR: Élio Santos

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: 0-1, Paulo Costa (10’); 0-2, Ivan (83’)
Disciplina: cartão amarelo para Santiago (19’), Márcio Duro (54’), Pedro Santos (68’), Ruben Alexandre (73’), Hadil (80’), Jesus (86’) e Tiago Amaral (89’).