Está
cada vez mais difícil a tarefa do Arrentela…
Monte
de Caparica regressou às vitórias depois de dois empates consecutivos
O
Monte de Caparica [depois de dois empates nos dois últimos jogos realizados na
Amora e em casa com o Charneca de Caparica] regressou às vitórias na Arrentela
onde derrotou a equipa local por duas bolas a zero, em jogo relativo à 22.ª
jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão.
A
vitória começou a ser construída logo aos cinco minutos com um golo obtido pelo
lateral esquerdo Heta com um forte pontapé desferido de fora da área. O Arrentela
procurou reagir e aos 27 minutos levou a bola a bater no poste da baliza
adversária, naquele que foi o seu lance mais perigoso.
Na
segunda parte, o Arrentela - que se apresentou algo debilitado devido a algumas
limitações em termos de plantel que obrigaram à convocação de alguns jogadores
juniores, sendo um titular e dois utilizados na condição de suplentes, entrou
mais forte ao contrário do seu adversário e criou várias situações de perigo
juto à baliza do Monte de Caparica, mas não conseguiu marcar.
A
equipa forasteira a pouco e pouco foi-se recompondo e aos 65 minutos aumentou a
vantagem para 2-0 com um excelente golo de Bolonha que liquidou por completo as
intenções da equipa local que procurava chegar à igualdade.
No
final da partida, André Branco, treinador do Arrentela lamentou a falta de
condições para realizar um trabalho condigno e considerou o resultado do jogo
uma tremenda injustiça porque o Monte de Caparica marcou dois golos nos três remates
que fez à baliza enquanto o Arrentela que criou diversas ocasiões não conseguiu
marcar.
José
Meireles, técnico do Monte de Caparica, mostrava-se por sua vez satisfeito com
vitória da sua equipa que fez com que os seus jogadores voltassem a sorrir
depois dos dois pontos espoliados na Amora e do empate consentido em casa com o
Charneca de Caparica.
Na
próxima jornada a realizar apenas do dia 12 de Abril o Arrentela desloca-se a
Almada e o Monte de Caparica recebe o Grandolense.
A
OPINIÃO DOS TREINADORES
ANDRÉ BRANCO,
treinador do Arrentela:
“É impossível
fazer um trabalho de qualidade quando se tem apenas 7 ou 8 jogadores para
treinar”
“É
muito difícil trabalhar nas condições actuais. É uma tarefa completamente
impossível fazer um trabalho de qualidade quando se tem apenas 7 ou 8 jogadores
para treinar durante a semana aos quais tenho que juntar depois alguns juniores.
Depois temos que fazer também uma ginástica tremenda ao fim de semana para ter
os jogadores todos porque quando os resultados não aparecem a tendência é para
a desmotivação. A derrota neste jogo com o Monte de Caparica foi uma tremenda
injustiça porque o adversário fez três remates à nossa baliza e marcou dois
golos enquanto nós tivemos diversas oportunidades claras de golo mas não conseguimos
concretizar. Quando assim é tudo se torna ainda mais complicado. Mas, é como
digo, trabalhar nestas condições é muito complicado”.
JOSÉ MEIRELES,
treinador do Monte de Caparica:
“Depois de dois jogos
sem ganhar foi bom regressar às vitórias”
“Sabíamos
que não íamos ter uma partida fácil porque jogar contra o último torna-se por
vezes mais complicado do que jogar contra o primeiro. O que transmitimos aos
jogadores durante a semana e, depois, na palestra, foi que teríamos que entrar
muito fortes e tentar resolver o jogo rapidamente. E foi exactamente isso que
aconteceu. Aos cinco minutos já vencíamos com um grande golo do Heta, num
pontapé cruzado do meio da rua. Após a obtenção do golo não abrandámos e
poderíamos ter aumentado a vantagem por duas vezes não fosse a ineficácia dos
nossos avançados. Tomámos literalmente conta do jogo e o nosso adversário não
conseguia sair mas curiosamente na primeira vez que o fez, aos 27`, levou a bola
bater no poste direito da nossa baliza. Este foi aliás o único lance deles até
ao intervalo e nós também não conseguimos nada mais de relevo porque tivemos
muita posse mas sem objectividade. Durante o intervalo disse aos jogadores que
teríamos que ser mais eficazes e arrumar com o jogo cedo pois qualquer deslize
poderia ser fatal, e até parecia que estava a adivinhar. A equipa voltou a entrar
como tinha saído para o intervalo, amorfa, sem garra e a perder bolas umas
atrás das outras na zona de transição. Aproveitou o Arrentela para ganhar uns
cantos e em todos eles ganhou a bola nas alturas criando algum frissom na
bancada, às hostes caseiras. Esta não é uma situação habitual na nossa equipa
que normalmente defende bem estes lances. Felizmente, que a partir dos 15` a
equipa despertou e começou de novo a criar dores de cabeça à defensiva
contrária e aos 65 minutos aumentámos a vantagem para 2-0 com um golo de
bandeira marcado pelo Bolonha com um pontapé a cerca de 30 metros, com a bola a
entrar onde a coruja dorme, sem qualquer hipótese para o guardião contrário. Se
até aqui tínhamos controlado o jogo, a partir daqui foi gerir o resultado
deixando passar o tempo, mas mesmo assim poderíamos mesmo ter aumentado a
vantagem que a acontecer seria injusto para o adversário que se bateu
arduamente durante toda a partida. Por fim quero dar os parabéns ao meus
atletas e dizer-lhes que foi bom voltar a vê-los sorrir já que após nos terem
sido espoliados dois pontos na Amora e depois de termos consentido uma
igualdade ao Charneca no nosso reduto nada melhor do que regressar às vitórias com
uma exibição qb”.
FICHA DO JOGO
Jogo
no Complexo Desportivo da Boa Hora, em Arrentela
ÁRBITRO: André Pagaime
(Núcleo do Pinhal Novo)
ARRENTELA: Ricardo Freitas; Nhapa, Pedro
Martins (Rui Longo, 45’), Márcio Duro (Diogo, 60’), Didi; Nuno Ferreira, Tiago
Amaral, Rúben Alexandre; Denilson, Joel (Elvis, 65’) e Luís Almeida.
TREINADOR: André
Branco
MONTE DE
CAPARICA:
Didó; Aguilar, Pedro, Albasini, Heta; José João, Galo, Cruz (Flora, 65’); Fábio
(Miguel, 45’), Bolonha (Dimi, 80’) e Hélder Leal.
TREINADOR: José Meireles
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: 0-1, Heta (5’);
0-2, Bolonha (63’)