Charneca de Caparica obtém primeiros pontos fora de casa
Com os três pontos amealhados a equipa orientada por Élio Santos ascendeu ao 13.º lugar da tabela classificativa ultrapassando o Olímpico do Montijo que nesta jornada empatou em casa com o Arrentela e abandonou a zona de perigo, embora não esteja ainda muito longe dele.
Em situação completamente antagónica ficou o Palmelense que desperdiçou uma boa oportunidade para recuperar algum do espaço perdido porque jogava em casa contra um adversário directo.
O Charneca de Caparica começou melhor mas depois a equipa de Palmela ganhou algum ascendente e o jogo pode dizer-se que decorreu de forma equilibrada nos primeiros 45 minutos.
Na segunda parte os charnequenses adiantaram-se no marcador por intermédio de Santiago que fez um bom golo mas depois até ao final quem mandou no jogo foi o Palmelense que pressionou bastante na procura de poder chegar pelo menos ao golo do empate só que encontrou pela frente uma equipa muito coesa em termos defensivos que não permitiu que os homens de Palmela conseguissem os seus intentos.
A vitória foi um resultado altamente moralizador para a equipa da Charneca de Caparica e para o Palmelense funcionou como um grande dissabor porque os seus jogadores não estavam à espera de sofrer tamanha desilusão.
Na próxima jornada, que se realiza apenas no dia 15 de Fevereiro, o Palmelense volta a actuar no Cornélio Palma agora com o Arrentela [mais uma equipa do seu campeonato] enquanto o Charneca de Caparica se desloca a Sesimbra.
A OPINIÃO DOS TREINADORES
EDU MACHADO, treinador do Palmelense:
“Fomos superiores em tudo mas acabámos por perder o jogo”
“Este era um jogo muito importante naquilo que é a luta para fugir à despromoção e neste sentido encará-mo-lo como uma final porque se tratava se de um adversário directo. O jogo deixou-me desolado porque tirando os primeiros vinte minutos da primeira parte, em que acusámos alguma ansiedade, só deu Palmelense. Tivemos mais remates, mais bola, mais cantos, mais livres perigosos, mais equipa e mais qualidade. Fomos superiores em tudo e acabámos por perder o jogo com um golo sofrido no único que o adversário fez à nossa baliza. O Charneca apenas tem o mérito de ter sofrido bem e não ter consentido golos. É triste chegar ao balneário e ver jogadores a chorar e perguntar-me que mais temos que fazer para ganhar um jogo. Esta é a realidade mas o único responsável sou eu. Como treinador e líder deste grupo fantástico só tenho que dar os parabéns aos jogadores por tudo o que têm feito por este clube. A realidade é que temos sete pontos na primeira volta e que temos agora uma tarefa ainda mais dura pela frente, na segunda volta. Não foi o fim de nada. Espero que possa ser o princípio de algo pois estes jogadores merecem um pouco mais de sorte que tem andado muito longe do nosso emblema”.ÉLIO SANTOS, treinador do Charneca de Caparica:
“Estivemos irrepreensíveis no processo defensivo”
“Foi um jogo muito dividido. Na primeira parte tivemos duas boas oportunidades para fazer golo e o Palmela também teve algumas, sobretudo em lances de bola parada. Mas foi um jogo de muita luta e muito trabalho mas jogado sempre com pouca qualidade porque o campo não dava para fazer melhor. O Palmelense estava mais habituado mas nós conseguimos manter a nossa baliza inviolável até ao intervalo. Depois fizemos algumas alterações na segunda parte que acabaram de certa forma por mexer no jogo e após duas boas oportunidades por Pedro Santos e Paulo Costa, numa boa jogada individual o Santiago faz um golo de belo efeito que nos colocou em vantagem. Daí para a frente passou a jogar-se mais com o coração que com a cabeça mas com o Palmelense a criar muitas oportunidades no últimos 10 minutos porque ganharam muitos lances de bola parada mas nós estivemos irrepreensíveis no processo defensivo e acabámos por conseguir uma vitória fantástica que foi a primeira obtida fora de casa e logo perante um adversário directo. Dedicatórias…
Aproveito para dedicar esta vitória ao clube que acaba de fazer 27 anos e recebeu nas suas instalações as mais altas individualidades do concelho e outros organismos oficiais e também a uma pessoa que provavelmente poucos conheciam, que era meu tio e passava grande parte da sua vida no campo do Charneca a acompanhar todo o futebol desde os mais novos aos mais crescidos e por fim deixar uma palavra ao Palmelense porque é inadmissível que um clube com quase 90 anos jogue num campo com as condições que o Cornélio Palma tem. Para o Edu e para as pessoas de Palmela uma palavra de apreço. Gostava que estas palavras fossem ouvidas pelas entidades oficiais, nomeadamente pela CM Palmela. Fiquei muito triste com o que vi”.
FICHA DO JOGO
Jogo no Campo Cornélio Palma, em Palmela
ÁRBITRO: Mauro Santos (Núcleo do Barreiro)
PALMELENSE: Gustavo; Pedrinho, Teixeira, Paulo Sousa, Baixinho; Nelson, Celkio, Cortez (Kevin, 80’); Grampola (Vítor Hugo, 60’), Alex (Marco, 60’) e Gaspar.
TREINADOR: Edu Machado
CHARNECA DE CAPARICA: Jesus; Costa, Davidson, André Antunes, Rafa; Santiago, Leston, Elias (Fred, 74’); Job (Pedro Santos, 55’), Paulo Costa (Serginho, 65’) e David Pombeiro.
TREINADOR: Élio Santos
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: 0-1, Santiago (64’).
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