Olímpico cede empate em casa…
Arrentela volta a pontuar depois de dez derrotas consecutivas
O Arrentela, depois de dez derrotas consecutivas, voltou a pontuar no campeonato distrital da 1.ª divisão. Aconteceu no Montijo onde o Olímpico não conseguiu melhor que um empate, resultado que não satisfez em nada as suas pretensões porque foi ultrapassado na tabela classificativa pelo Charneca de Caparica que foi ganhar a Palmela.
Com efeito, a equipa montijense baixou para o 14.º e antepenúltimo lugar, uma posição nada cómoda devido ao perigo que corre quanto a uma eventual despromoção que pode levar pelo menos três equipas a descer de divisão; a última classificada mais tantas quantas vierem a descer do nosso distrito no Campeonato Nacional de Seniores, onde participam o Desp. Fabril, Pinhalnovense e C. Piedade.
Mas se o Olímpico não está bem em termos classificativos o Arrentela ainda está pior porque ocupa o último lugar. O Ponto conquistado nesta jornada foi escasso e não deu para nada porque se manteve na mesma posição mas pode vir a trazer um novo alento no que respeita à tão desejada recuperação. Seja como, for uma coisa é certa, nem um nem outro têm grandes razões para sorrir, por razões óbvias…
O Arrentela apesar de jogar em terreno alheio foi quem se adiantou no marcador com um golo obtido por Luís Almeida logo aos sete minutos mas a resposta do Olímpico foi imediata e cinco minutos depois a partida já estava igualada graças ao golo marcado por Pedro Monteiro.
Na segunda parte a equipa do Montijo foi mais pressionante e obrigou o adversário a intenso trabalho no seu sector mais recuado que acabou por garantir o empate e assim a conquista de um precioso ponto.
Na próxima jornada, que se realiza a 15 de Fevereiro, o Olímpico recebe no Campo da Liberdade a equipa do Grandolense e o Arrentela desloca-se a Palmela para mais um confronto com um adversário directo.
A OPINIÃO DOS TREINADORES
OLÍVIO CORDEIRO, treinador do Olímpico do Montijo:
“Há muita erva daninha que temos que roer dentro do clube”
“A equipa ainda está a assimilar os novos processos e nesse sentido os jogadores foram alertados para não perderem a bola na primeira fase de construção mas foi exactamente isso que aconteceu aos oito minutos. Demos a bola ao adversário e este fez o golo praticamente na única vez que chegou à nossa baliza. No resto do jogo o Carlos Miguel apenas tocou na bola duas ou três vezes em atrasos que recebeu. Nós reagimos bem ao golo sofrido e pouco tempo depois empatámos com um bom golo do Pedro Monteiro. A partir daí, o jogo ficou algo confuso mas sempre com o Olímpico por cima. Na segunda parte tentámos dar mais dinâmica à equipa à equipa através de alguma motivação extra porque a equipa foi-me entregue num estado caótico, tanto em termos anímicos, como tácticos e físicos. Mesmo assim, passámos cerca de 80% do tempo a jogar no meio campo do Arrentela que meteu o autocarro à frente da sua baliza, fazendo muito antijogo. Nós pressionámos e desperdiçámos de forma escandalosa três golos de baliza aberta e acabámos por empatar. Foi bom para o Arrentela mas para nós foi só mais um ponto. Temos muito trabalho pela frente porque a equipa tem que saber interpretar os processos que quero incutir para acabar com muita erva daninha que se tem que roer dentro do clube e acabar com as fumaças que não são nada saudáveis para um clube como o Olímpico”.
DAVID PEQUENO, treinador do Arrentela:
“Os jogadores que foram uns autênticos leões já mereciam um resultado destes”
“Entrámos muito bem no jogo, criámos várias oportunidades de golo e marcámos aos sete minutos mas numa desconcentração da nossa defesa consentimos o empate três minutos depois. O jogo tornou-se mais repartido e nos minutos finais da primeira parte o Olímpico ganhou alguma superioridade e dispôs de duas ou três boas situações que foram muito bem anuladas pelo nosso guarda-redes, facto que deu grande confiança ao resto da equipa. Em minha opinião, neste período jogámos mais à bola, tivemos mais oportunidades com o Luís Almeida completamente isolado, mesmo à beira do intervalo, a desperdiçar uma delas. Na segunda parte o Olímpico procurou assumir o jogo mas nós mantivemo-nos muito organizados e conseguimos sempre anular o ataque adversário. Com a primeira expulsão as coisas complicaram-se porque o Montijo utilizava um futebol mais directo sem criar contudo grandes situações. A espaços nós também criámos as nossas mas jogava-se mais com o coração que com a cabeça. Foi um ponto conquistado. Os jogadores que foram uns autênticos leões já mereciam um resultado destes. Agora vamos ter uma semana de paragem que queremos aproveitar para preparar o jogo que se segue em Palmela. Este ponto vem dar-nos mais motivação para o resto do campeonato. Espero que seja o primeiro de muitos pontos que queremos conseguir”.
FICHA DO JOGO
Jogo no Campo da Liberdade, no Montijo
ÁRBITRO: Marco Machado (Núcleo de Santiago do Cacém)
OLÍMPICO DO MONTIJO: Carlos Miguel; Vasco, Bá, Talinhos, Migalhas; Tiago Almeida, Edgar, Pedro Monteiro (Marcelo, 60’); Fula (Neto, 70’), Cami (Miguel Santos, 78’) e Pestinha.
TREINADOR: Olívio Cordeiro
ARRENTELA: Ricardo Rolo; Jeny, Fábio Santos, Pedro Martins, Fábio Geia; Bernardo, Nhapa (Amarildo, 79’), Joel (Bruninho, 70’), Mauro; Didi (N’Bala, 53’) e Luís Almeida.
TREINADOR: David Pequeno
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: 0-1, Luís Almeida (7’); 1-1, Pedro Monteiro (12’)
Disciplina: N’Bala (80’), Vasco (85’) e Luís Almeida (87’) foram expulsos por acumulação de cartões amarelos
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