Alcochetense abriu o activo aos três minutos…
Melhor defesa resistiu ao melhor ataque do campeonato
Este era o jogo da jornada e à volta dele era grande a expectativa para ver até que ponto o melhor ataque [Alcochetense] se iria comportar perante a melhor defesa [Amora] do campeonato. Mas, a grande verdade é que nada de especial aconteceu porque ninguém levou a melhor e tudo ficou na mesma em relação a esta questão. Já o mesmo não se poderá dizer em relação à tabela classificativa porque ambos saíram penalizados com o empate.
O Alcochetense baixou para o quarto lugar e o Amora para a quinta posição mas isso não é motivo de preocupação para nenhum deles porque a diferença pontual para o primeiro lugar que é agora partilhado pelo Grandolense e U. Santiago é efectivamente escassa. Um ponto para o Alcochetense e dois para o Amora, que recorde-se, tem menos um jogo, e continua a ser a única equipa invencível no campeonato, embora nos últimos quatro jogos também não tenha ganho.
Sobre o jogo ressalta à vista o golo madrugador da equipa de Alcochete marcado praticamente na sua primeira jogada de ataque, logo aos três minutos. Depois notou-se a natural reacção do Amora e até ao intervalo o equilíbrio foi a nota dominante. De registar, entretanto, neste período a expulsão do treinador do Amora por indicação do árbitro assistente que se encontrava do outro lado do campo. O próprio disse ao nosso jornal não compreender a razão para o sucedido porque bem mais perto dele estava o árbitro e o outro assistente que nada lhe haviam dito.
Na segunda parte, o jogo manteve as mesmas características mas ainda assim seria o Amora a chegar ao empate quando estavam decorridos 60 minutos. Pouco tempo depois o Alcochetense fica reduzido a 10 unidades por expulsão de Bruno Pais e a partir daí o domínio foi constante por parte do Amora que se ficou a queixar de dois penaltis não assinalados.
Na próxima jornada o Amora recebe no Estádio da Medideira o Comércio e Indústria e o Alcochetense desloca-se à Charneca de Caparica.
A OPINIÃO DOS TREINADORES
ZÉ PEDRO, treinador do Alcochetense:
“Tivemos duas situações que poderiam ter mudado a história do jogo”
“Na primeira ocasião que tivemos conseguimos fazer golo mas até ao final da primeira parte foi um jogo equilibrado. Nós tivemos duas situações que poderiam ter mudado completamente a história do jogo; uma desperdiçada pelo Milton (38’) que na pequena área fez um remate cruzado para uma defesa in-extremis do Madureira e outra pelo Marco Véstia (43’) que isolado só com o guarda-redes pela frente atirou por cima. O Amora até conseguiu por vezes estar mais tempo no nosso meio campo mas nós estivemos sempre bem no aspecto defensivo e não demos grandes hipóteses para o adversário chegar ao empate. Na segunda parte o jogo manteve-se equilibrado e com poucas oportunidades de parte a parte mas depois com a expulsão do Bruno Pais fomos obrigados a baixar em termos defensivos e o Amora ganhou algum ascendente conseguindo chegar ao empate na recarga a uma defesa incompleta do nosso guarda-redes. Creio que no final se pode considerar o resultado justo. Nós defendemos mais do que atacámos mas nas situações que criámos estivemos sempre mais perto de chegar ao golo”.
PEDRO AMORA, treinador do Amora:
“O empate não espelha nada o que se passou em campo”
“Em primeiro lugar quero dar os parabéns aos jogadores pelo jogo fantástico que fizeram, num campo difícil e em casa de um candidato ao título. Certamente não haverá muitas equipas a fazerem o que nós fizemos. Quanto ao jogo, entrámos algo adormecidos e consentimos logo de início um golo. Depois fomos à procura do golo do empate, tivemos mais bola, mais oportunidades e fomos mais equipa. Na primeira parte, fomos a espaços consentindo o contra-ataque do Alcochetense e acabámos por ir para o intervalo em desvantagem. Na segunda parte, como não estávamos satisfeitos com o resultado alterámos algumas coisas, passámos a jogar com dois pontas de lança, arriscando um pouco mais fazendo uma pressão mais alta aos centrais e tivemos o domínio completo do jogo, tirando os dois ou três últimos minutos do jogo. Fizemos um golo, poderíamos e deveríamos ter feito mais mas não aconteceu, só tenho que dar os parabéns aos jogadores pelo jogo fantástico que fizeram. Em relação à minha expulsão, não percebo qual a razão. Já é a segunda vez consecutiva que o mesmo fiscal de linha me expulsa. Tendo eu um fiscal de linha a cinco metros e o árbitro a quinze, não percebo o que possa ter visto ou ouvido, para me dar ordem de expulsão com cerca de 15 minutos de jogo. Eu tinha dito antes do jogo que não nos condicionassem mas o que é certo é que acabaram por nos condicionar para este jogo e para os próximos, ficaram penaltis por marcar, decisões muito duvidosas sempre em benefício da mesma equipa e foi isso que acabou por ditar o 1-1 que em nada espelha o que se passou em campo. Há que levantar a cabeça e continuar a trabalhar. Antes do jogo o empate não era mau mas depois do jogo é péssimo”.
RESUMO DO JOGO
FICHA DO JOGO
Jogo no Estádio António Almeida Correia “Foni”, em Alcochete
ÁRBITRO: David Salvador (Núcleo do Pinhal Novo), auxiliado por João Lourenço e Miguel Broega
ALCOCHETENSE: Rogério Ziotti; Bruno Pais, Piqueira, Cunha, Pedro Henriques; Sequeira, Milton (Ricardo Dâmaso, 55’), Feiteira; Ricardinho, Marco Véstia (Alexandre Dâmaso, 64’) e Peter (Djão, 70’).
Suplentes não utilizados: Pedro Cardoso, Mailton, Tiago Carvalho e Portela
TREINADOR: Zé Pedro
AMORA: Madureira; Balela, Alex, André Freire, Jandir; Ricardo Rigor (Pedro Pereira, 78’), André Dias (Formiga, 45’), Hugo Graça; Joca (Nascimento, 67’), Paulo Tavares e Carlitos.
Suplentes não utilizados: Botelho, Miguel Abreu, Lorete e Mauro
TREINADOR: Pedro Amora
Ao intervalo: 1-0
Golos: 1-0, Peter (3’); 1-1, Carlitos (60’)
Disciplina: cartão amarelo para Bruno Pais (18 e 63’), André Freire (67’), Alexandre Dâmaso (70’), Pedro Henriques (82’), Alex (88’) e Carlitos (90+4’). Cartão vermelho por acumulação para Bruno Pais (63’). Pedro Amora foi expulso aos 15 minutos de jogo.
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