Sesimbra traído na lotaria dos penaltis…
Vasco da Gama discute em Sines acesso à final com o Almada
Tal como aconteceu no Vale da Amoreira, no Banheirense – Alcochetense, também em Sines houve necessidade de se recorrer à marcação de pontapés de grande penalidade para se encontrar o vencedor do Vasco da Gama – Sesimbra.
Na lotaria dos penaltis a sorte acabou por pender para a equipa de Sines que afastou um adversário de escalão superior, ficando assim apurada para disputar com o Almada [que eliminou o Grandolense] o acesso à final que está marcada para o dia 7 de Junho, em campo ainda a designar.
De acordo com o sorteio previamente efectuado o Vasco da Gama joga as meias-finais em Sines com o Almada no dia 3 de Abril, sexta-feira santa. A outra meia-final será disputada entre o Alcochetense e o Amora, em Alcochete. A propósito, recorda-se que o vencedor da taça associativa tem acesso directo à primeira eliminatória da próxima edição da Taça de Portugal.
Durante os 120 minutos jogados a equipa de Sesimbra teve uma ou outra situação para marcar mas a formação de Sines foi a que mais vezes esteve perto do golo. Como ninguém conseguiu marcar, o desempate teve que ser feito através do recurso às grandes penalidades que acabaram por premiar a equipa do litoral alentejano.
A primeira equipa a cobrar foi o Vasco da Gama que se colocou em vantagem por João Nunes. Depois Rui Santos (Sesimbra) permitiu a defesa de José Manuel e Pedro Alves aproveitou para fazer o 2-0 para a equipa de Sines. A partir daí todos os jogadores marcaram e como à partida para a quinta grande penalidade o Vasco da Gama chegou ao 5-3, já não houve necessidade do Sesimbra cobrar a última porque o vencedor estava encontrado.
Os penaltis do Vasco da Gama foram cobrados por João Nunes, Pedro Alves, Valdir, Kuki e João Guedes e os do Sesimbra por Bernardo Mata, Sérgio Zeferino e Sandro Gomes.
A OPINIÃO DOS TREINADORES:
FERNANDO CANDEIAS, treinador do Vasco da Gama:
“Esta foi a melhor forma de fecharmos o ano de 2014”
Defrontávamos uma equipa de um escalão superior, que tem naturalmente outro ritmo devido à exigência da sua competição, mas nós estávamos determinados em passar esta eliminatória. Embora tivesse havido muito equilíbrio, e grande atitude por parte das duas equipas, nós fomos aqueles que tivemos as melhores oportunidades e aos 90 minutos já justificávamos a passagem, acontecendo o mesmo no prolongamento porque o sinal mais foi sempre nosso. As coisas acabaram por se resolver nas grandes penalidades mas penso que se fez justiça num jogo bastante, com entrega total de todos os jogadores e com uma excelente assistência. Para nós isto é também muito importante. Chamar mais gente, e ter mais adeptos aqui no Municipal de Sines, é também um dos nossos objectivos. Esta foi a melhor forma de fecharmos o ano de 2014 que foi o ano da renovação da esperança em tornar o Vasco da Gama naquilo que já foi. Este jogo foi a cereja no topo do bolo porque passámos às meias-finais. A partir deste momento tudo é possível. Estamos fortemente empenhados em atingir a subida de divisão, sabemos que vai ser muito difícil mas sabemos que temos valor para isso. Estes jogos da Taça servem também para mostrarmos isso a nós próprios. Todos os jogos são um desafio para nó e os jogadores que têm estado muito bem, estão de parabéns. Penso que está tudo bem lançado para continuarmos este percurso”.
ALFREDO ALMEIDA, treinador do Sesimbra:
“Fica a mágoa de sair da taça sem qualquer derrota no tempo regulamentar”
“Foi um jogo muito intenso, onde não se notou a diferença de escalão por dois motivos, pelo facto do Vasco da Gama ter uma boa formação e o Sesimbra não ter conseguido jogar o que pode e sabe. Foi um jogo onde o Sesimbra cedo teve de se adaptar ao relvado irregular. Não conseguiu como seria de esperar e acabou por falhar naquilo que é básico no futebol, o passe e a recepção. E, isso fez com que a equipa de Sines tivesse criado mais ocasiões que nós para marcar. O Sesimbra conseguiu sempre ser guerreiro embora Gonçalo tenha tido uma tarde inspirada ao contrário dos seus companheiros que não estiveram nada bem no aspecto da finalização. O jogo foi para o final com ascendente do V. Gama. Nos últimos minutos dos noventa, a jogar a favor do vento (que se fez sentir bem), o jogo foi para prolongamento onde o Sesimbra se apresentou melhor fisicamente e teve até a chance de vencer, coisa que acabou por não acontecer. Na lotaria dos penaltis falhámos o primeiro e o Sines sem falhar nenhum acaba por passar na eliminatória. Resta-me desejar sorte ao adversário e dar-lhe os parabéns pela passagem as meias-finais. Quanto ao Sesimbra fica a mágoa de sair da taça sem qualquer derrota no tempo regulamentar, mas o futebol é isto. Temos de saber ganhar [embora nem todos saibam] assim como também temos que saber perder [como também poucos sabem]. Quero também sublinhar que nas derrotas não me desculpo com arbitragens. Hoje perdi, e com toda humildade, quero dizer que o Paulo Barradas, em minha opinião, é o melhor árbitro nesta categoria. Prevejo um largo e futuro promissor ao mesmo, excelente arbitragem, os meus parabéns. Agora, há um campeonato em que ainda só se jogou um terço e é nisso que nos vamos focar daqui para a frente para alcançar os nossos objectivos, o mais rápido possível. O Vasco da Gama já é passado, o foco chama-se agora Comércio e Indústria, já no domingo”.
FICHA DO JOGO
Jogo no Estádio Municipal, em Sines
ÁRBITRO: Paulo Barradas (Núcleo do Pinhal Novo), auxiliado por Jorge Sinquenique e André Loução
VASCO DA GAMA: José Manuel; Ruben Guia, João Nunes, Valdir, Chalana (Ricardo Oliveira, 45’); Flávio Alexandre, Caixeirinho (Guedes, 45’) Paulinho; Ricardo Ferreira, (Beto,70’), Pedro Alves e Edson Malik (Kuki, 70’).
TREINADOR: Fernando Candeias
SESIMBRA: Gonçalo; Pólvora, Fábio Freitas, Quissem, Sandro Neves; Tiago Neto (Casaca, 78’), Nuno Dias (Rui Santos, 25’), Sandro Gomes; Bernardo Mata, Miguel Correia (Jardel, 65’) e Sérgio Zeferino.
TREINADOR: Alfredo Almeida
Ao intervalo: 0-0
Final dos 90 minutos: 0-0
Final do prolongamento: 0-0
Desempate por penaltis: 5-3
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