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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

FLÁVIO BAÍA DOS SANTOS»» Sai com alguma mágoa do Desportivo Fabril

Tem total confiança no seu trabalho…

“Chegou o momento de liderar um projecto de futebol sénior”

Flávio Baía dos Santos, tem 32 anos, é licenciado em Educação Física e Desporto, com especialização em futebol, possui o curso de Treinador Nível II – UEFA B e no seu curriculum conta com uma experiência de 13 anos como treinador, onze dos quais passados no Grupo Desportivo Fabril de onde saiu na passada semana juntamente com Manuel Correia, que foi afastado do cargo de treinador da equipa sénior que se encontra a participar no Campeonato Nacional de Seniores.


Depois de ter passado por todos os escalões de formação do clube, de ter sido coordenador técnico do futebol de formação e campeão distrital de juvenis, Flávio Baía dos Santos foi chamado à equipa sénior para integrar a equipa técnica liderada por Manuel Correia que na época anterior se sagrou campeã distrital da 1.ª divisão.


Esta época no campeonato nacional de seniores as coisas não correram bem e a fraca prestação da equipa no que respeita a resultados acabou por originar também o seu afastamento do clube que serviu sempre com grande dedicação nos últimos anos.


O JORNAL DE DESPORTO, conhecedor da situação, foi ao encontro do jovem treinador para saber qual o seu estado de espírito pelo facto de ter sido afastado ao fim de tantos anos de ligação ao clube e saber também quais os seus objectivos em relação ao futuro.

“Houve pouca consideração pela minha pessoa”

- Como se sente nesta altura ao ser afastado de um clube que representou durante vários anos como treinador?
Sinto que houve pouca consideração pela minha pessoa e pelo meu percurso no clube, não por ter saído, mas sim da forma como foi. Noutro tipo de estrutura, entenda-se clube, e ao fim de 11 anos de treinador na casa, durante os quais treinei todos os escalões e desempenhei durante um período considerável o cargo de coordenador técnico do futebol de formação, tenho a convicção de que teria sido mais valorizado e certamente já me teria sido dada a oportunidade de liderar a equipa sénior do Fabril.

- Sai com alguma mágoa ou com a noção do dever cumprido?
Saio com total noção e certeza do dever cumprido porque sempre representei o clube com a maior dedicação e profissionalismo e nas últimas três épocas atingi sempre os objectivos desportivos máximos ao sagrar-me Campeão Distrital de Juvenis (2011/2012, que foi retirado na secretaria de forma injusta e que motivou a alteração dos regulamentos de provas, e 2012/2013) e Campeão Distrital de Seniores (2013/2014) e respectiva subida aos Campeonatos Nacionais.

“O plantel reduzido terá sido o maior obstáculo”

- O que se passou concretamente para esta fraca prestação da equipa no CN Seniores?
Existem várias justificações e factores que contribuíram para a prestação menos positiva até à data, no Campeonato Nacional de Seniores. Contudo, e com o fim da 3.ª Divisão, qualquer clube que suba dos distritais para o CNS sentirá regra geral enormes dificuldades, porque se trata de um salto “enorme” e de uma realidade completamente diferente, onde existem por exemplo equipas com orçamentos superiores aos da 2.ª Liga e em regime semiprofissional. Mas considero que o plantel reduzido terá sido o maior obstáculo com que nós, equipa técnica, nos deparamos constantemente, porque este factor condiciona o treino e a sua qualidade.

- Como foi o trabalho desenvolvido com o Manuel Correia?
O trabalho desenvolvido durante estes 16 meses com o Manuel Correia foi na minha perspectiva um trabalho sério e extremamente profissional. O Manuel é um grande homem e um homem do futebol, com bons métodos de treino e uma grande capacidade de liderança, é umas daquelas pessoas com quem voltaria a trabalhar porque saio valorizado. A nossa relação foi sempre óptima, na base de confiança, sinto que ganhei um amigo para a vida.

“Sou um treinador novo mas com muita ambição”

- Terminado este ciclo, quais são os seus projectos futuros. Vai querer certamente continuar ligado ao futebol?
Continuar ligado ao Futebol é uma certeza e um dos meus objectivos de vida. Futebolisticamente falando, sou um treinador novo e com ambição. Este é um ciclo que se fecha para outro se abrir. Em termos de projectos futuros a intenção passa por assumir uma equipa sénior. Sinto, neste momento, depois da experiência de treino adquirida ao longo destes anos, que chegou o momento de liderar um projecto de futebol sénior. Só assim continuarei o meu processo de formação e progressão. Tenho total confiança no meu trabalho para não desiludir quem decida apostar em mim.

- Quer acrescentar algo que ache importante dizer, neste momento?
Queria agradecer a todos os jogadores com quem já trabalhei (e já são umas centenas), a todos os treinadores e directores com quem privei, pois nós somos o que a nossa experiência de vida nos transmite e proporciona, sem eles eu seria mais um. Por último um abraço especial aos “meus” jogadores dos seniores do GD Fabril para lhes dizer que continuo a acreditar no seu valor. Tenho a certeza de que unidos eles vão ultrapassar esta fase menos boa, sair da posição em que se encontram e alcançar a manutenção.


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