COSTA DE CAPARICA»» Treinador Pedro Santos fala da equipa de juniores - JORNAL DE DESPORTO

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sábado, 27 de dezembro de 2014

COSTA DE CAPARICA»» Treinador Pedro Santos fala da equipa de juniores

Neste momento, ainda só somos candidatos a candidatos...

“Queremos entrar no último terço do campeonato com possibilidades de discutir o primeiro lugar”

Os Pescadores da Caparica têm andado sempre pelos lugares cimeiros da tabela classificativa fruto do bom desempenho dos seus jogadores que estiveram invencíveis nas primeiras nove jornadas. Nas últimas três jornadas perderam dois jogos e baixaram para o 5.º lugar mas nada está perdido porque a diferença pontual em relação aos que estão à sua frente é perfeitamente recuperável.

A equipa da Costa de Caparica é, neste momento, a única que ainda não perdeu em casa, possui uma das defesas menos batida do campeonato e se não fossem algumas arbitragens menos positivas ainda poderia apresentar um registo melhor.

Aproveitando a paragem do campeonato nesta quadra de Natal e Ano Novo, o nosso jornal foi ao encontro do treinador Pedro Santos para saber mais pormenores sobre a carreira da equipa até ao momento e indagar quais são concretamente os objectivos do grupo de trabalho para esta época desportiva.


“A equipa tem cumprido na íntegra o que lhe tem sido pedido”

Estamos praticamente no final da primeira volta e os Pescadores encontram-se actualmente em 5.º lugar. Como é que analisa o comportamento da equipa até ao momento, era isto o que esperava dela?
O objectivo inicial proposto pela equipa técnica para esta época passava por formar uma equipa competitiva que nos permitisse lutar pelos primeiros lugares da tabela e entrar no último terço do campeonato com possibilidades de discutir o primeiro lugar. Como tal, esses objectivos mantêm-se intactos, uma vez que nos encontramos a uma distância de 4 pontos do primeiro classificado. Devido ao equilíbrio verificado nas últimas épocas e o facto de apenas subir uma equipa, penso que é perigoso estabelecer como prioridade a subida de divisão, uma vez que existem outros clubes com outro tipo de estrutura e de capacidade de recrutamento. Esses sim, podem estabelecer como objectivo a subida de divisão. A nós, não nos foi pedida a subida, mas obviamente que está no pensamento de todos os jogadores essa possibilidade: E, o compromisso estabelecido por todos, foi o de lutar jogo a jogo para entrarmos no último terço com francas possibilidades de alcançar o primeiro lugar, e aí sim, assumirmo-nos como candidatos. Até lá, ainda temos muitos jogos e muitos obstáculos para ultrapassar. A equipa tem sido inexcedível nos treinos e na capacidade de trabalho que demonstram todos os dias.
Em termos de balanço, quando falta um jogo para acabar a 1.ª volta, a equipa tem cumprido com o que lhe é pedido na íntegra. Como o plantel foi formado todo de novo, ainda estamos num processo de aprendizagem, quer dos métodos da equipa técnica , quer do modelo de jogo implementado. Em termos defensivos a equipa já assimila as nossas ideias, uma vez que a base da defesa é praticamente a mesma da época anterior, ofensivamente é que temos tido alguns problemas, nomeadamente na finalização em que são criadas diversas oportunidades mas não hora da decisão falhamos muito. Estou convicto que com a correcção deste aspecto seremos muito mais fortes e uma equipa a ter em conta para a 2.ª volta, embora refira, que neste momento ainda estamos a correr por fora, porque sentimos não ter o peso que outros clubes têm, nomeadamente aqueles que têm as suas equipas seniores a disputar o campeonato nacional de seniores.

As arbitragens no Pinhal Novo, Arrentela e Azeitão

Até determinada altura (9.ª jornada) a equipa esteve invencível mas nas três últimas jornadas sofreu duas derrotas. Que explicação para estes resultados menos conseguidos?
Como tive a oportunidade de referir na questão anterior, somos uma equipa defensivamente coesa e que sofre poucos golos. Até à 9.ª jornada não tínhamos perdido qualquer jogo. No entanto, a seguir ao jogo o Pinhalnovense, em que o adversário só fez o golo do empate aos 95 minutos, a equipa foi-se um pouco abaixo emocionalmente porque o sentimento de frustração e de revolta face à forma como fomos empurrados para a nossa defesa. Sentimos que nos tiraram a vitória, que nos permitia ficar a um ponto do adversário. Não pretendo tirar o mérito ao Pinhalnovense, porque acho que é o principal favorito, mas naquele jogo fomos melhores e merecíamos ganhar, só que a actuação da equipa de arbitragem, condicionou a nossa equipa desde o primeiro minuto, talvez inconscientemente por ocorrências verificadas com este árbitro em anos anteriores com equipas do nosso clube. A nossa primeira derrota surgiu à 10.ª jornada na Arrentela, onde realizámos o pior jogo da época e o único em que os jogadores não fizeram tudo o que podiam. Foi aquele jogo em que tudo correu mal e quem viu o jogo não se identificou com a equipa e dava a sensação que não era a mesma equipa que tinha jogado na semana anterior com o Pinhalnovense. Neste jogo sentimos que embora não tivéssemos sido a equipa que somos, fomos claramente prejudicados pela equipa de arbitragem. Mas reforço que perdemos porque não fomos competentes. Se houve erros por parte da equipa de arbitragem, nós fomos a equipa que mais falhou, e quando assim é, temos que analisar internamente o que não correu bem e tentar reagir forte no jogo a seguir. Foi o que aconteceu. Após a primeira derrota, vencemos o jogo a seguir por 1-0 ao Vasco da Gama. Do ponto de vista desportivo foi positivo, mas perdemos dois jogadores para o jogo seguinte. Apresentámo-nos em Azeitão com um onze base muito diferente do habitual porque para além das lesões temos sido fustigados por expulsões que também condicionam o nosso trabalho e as nossas pretensões. Não critico as expulsões. Crítico sim o critério, pois face a lances idênticos aos que os meus jogadores são expulsos, os adversários levam cartão ou nem falta é marcada. Na última jornada, antes da pausa natalícia, em Azeitão perdemos o segundo jogo, naquele que foi provavelmente o jogo mais bem disputado desta época, com o desfecho sempre imprevisível. Perdemos por 4-3, num jogo em que o árbitro Marco Machado, se apresentou inexplicavelmente nervoso durante todo o jogo e que expulsou o nosso guarda-redes aos 20 minutos de jogo e marcou penalti, em que o adversário fez o 2-1 e nos obrigou a um esforço suplementar durante grande parte do jogo, até o árbitro também expulsar dois jogadores adversários já perto do final, também sem motivo aparente. Este jogo foi jogado por duas excelentes equipas, sem qualquer tipo de problema durante o jogo, mas em que o árbitro quis acabar o jogo por diversas vezes, por alegar falta de segurança, quebrando o ritmo do jogo. Depois desta derrota e da qualidade de jogo apresentada, gostaria de expressar o meu orgulho em treinar este grupo de jogadores, porque foram verdadeiros guerreiros e mais uma vez sentiram a revolta de não poder lutar pela vitória com 11 jogadores em campo.


Apesar da posição que ocupa na tabela classificativa a equipas dos Pescadores está apenas a quatro pontos do primeiro lugar, a dois do segundo e a um ponto dos terceiros classificados; ou seja, perfeitamente integrados na luta pela subida de divisão. É este o objectivo dos Pescadores para esta temporada?
Como já referi, o objectivo passa por andar na luta pelos primeiros lugares. Se à entrada para o último terço estivermos em condições para alcançar a subida, serei o primeiro a reformular objectivos e assumir a candidatura. Neste momento, ainda só somos candidatos a candidatos.

“Espero começar o ano de 2015 com uma vitória sobre o Charneca”

O campeonato tem vindo a ser pautado pelo equilíbrio daí a pouca diferença pontual existente entre as equipas, à excepção das duas últimas. Acredita que vai continuar assim até ao fim ou poderá haver alguém que comece a distanciar-se?
Se houver alguma equipa que se distancie que seja a nossa, mas não acredito que isso aconteça. Se até à 10.ª jornada os dois primeiros pareciam distanciar-se, com a nossa derrota na Arrentela e com a primeira derrota do Pinhalnovense, tudo voltou a equilibrar-se, não acredito que essa diferença se faça sentir. Mas penso que o Pinhalnovense é a equipa com mais argumentos para lutar pela subida e a única que estabeleceu esse objectivo claramente no início da época. É treinada por um treinador muito experiente e com alguns anos de clube que já tem uma estrutura que permite realizar um recrutamento com qualidade e acima de tudo com um modelo de jogo bem implementado e difícil de contrariar. Nós conseguimos contrariar o jogo do Pinhalnovense, porque temos jogadores inteligentes, mas reconheço que está uns furos acima das outras equipas.

Que espera da sua equipa para os jogos que ainda faltam disputar?
Espero começar o ano civil com uma vitória, num jogo com o Charneca. Uma boa equipa que se estreia neste campeonato, mas bem orientada pelo meu amigo Paulo Canhola, e que se reforçou muito bem. Queremos ganhar esse jogo para acabarmos a 1.ª volta colados aos primeiros e distanciarmo-nos das equipas que vêm atrás.
Depois, é jogar jogo a jogo e lutar pelos três pontos semana a semana, e sair de cada jogo com a consciência de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para conquistar os três pontos.

“Participação na liga dos empresários chineses tem sido positiva”

Que terá ficado ainda por dizer nesta nossa conversa?
Para terminar esta conversa, gostaria de referir que o nosso clube está a participar na Future Stars Football League, competição destinada a jogadores sub-21, também da minha responsabilidade, em cooperação com a equipa técnica dos seniores, e que é um espaço competitivo em que damos prioridade aos jogadores seniores com menos de 21 anos e aos juniores menos utilizados no campeonato. Facilita a integração dos juniores no plantel sénior e permite que os jogadores que não compitam com regularidade no campeonato, mantenham o ritmo competitivo e estejam sempre motivados e preparados para quando forem chamados apresentarem um bom desempenho.
Quero também dizer que falo das arbitragens quando acho pertinente. Reconheço que temos bons árbitros nas nossas competições mas sinto que fomos prejudicados em alguns jogos. Gostaria de deixar claro, assim como o faço internamente, que os jogos em que não alcançámos resultados positivos e em que nos sentimos prejudicados, não podemos justificar os resultados apenas com o desempenho das equipas de arbitragem. Entendo que se não ganhámos, se deveu a alguma falta de competência da nossa parte para inverter o rumo dos acontecimentos, quer do ponto de vista táctico, físico e técnico, mas sobretudo do ponto de vista emocional.
Aproveito para desejar a todos um bom ano de 2015 e agradecer aos meus jogadores todos os sacrifícios que têm feito para podermos apresentar em todos os jogos a qualidade que nos tem pautado. E, como o grupo de trabalho é composto por mais elementos, mas não menos importantes, quero agradecer o esforço diário do meu braço direito Rui Saraiva, do treinador de guarda-redes Paulo Ventura, do milagroso osteopata André Pereira, do incansável director desportivo Agostinho Mataloto, do vice-presidente Aristides de Assis e do presidente da direcção Diogo Luís.

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