Por falta de policiamento
JOGO COMEÇOU COM 1 HORA E 20 MINUTOS DE ATRASO
O jogo Paio Pires – ADQC, antecipado para sábado, devido à realização no domingo do encontro de futebol feminino entre o Paio Pires e o CAC (Pontinha) relativo ao Campeonato de Promoção, esteve para não se realizar por falta de policiamento.
Na origem da questão parece ter estado a nova plataforma informática do Ministério da Administração Interna que ao que consta entra em funcionamento amanhã (domingo). Como o jogo era relativo à jornada que se realiza precisamente no domingo os paiopirenses que tinham feito o pedido atempadamente ficaram convencidos que tudo tinha ficado resolvido. Mas de facto não foi isso que aconteceu.
Como não havia policiamento a equipa de arbitragem chefiada por David Salvador limitou-se a cumprir o regulamento, aguardando que no prazo de 30 minutos fosse dada alguma informação sobre a presença ou não da força policial. Depois de alguns contactos feitos ficou então a saber-se então que não havia qualquer possibilidade da presença da GNR mas estava garantida a presença de dois assistentes de recintos desportivos que pelo facto de se terem que deslocar de Setúbal nunca poderiam estar no local antes das 16 horas.
Todos os intervenientes na partida concordaram e o jogo acabou por ter início às 16h 20m quando deveria ter início às 15 horas. De salientar, contudo, o facto da segunda parte se ter realizado à média luz, devido às precárias condições da iluminação do Campo Vale d’Abelha que dificultaram imenso a prestação dos jogadores de ambas equipas.
Uma palavra de apreço merece o árbitro David Salvador que mostrou sempre grande disponibilidade em levar o jogo por diante e uma vontade enorme de o terminar. Assim como Joaquim Tavares, presidente da ADQC, pelo contributo que deu para a resolução do caso.
Sobre o jogo diremos que na primeira parte a equipa da Quinta do Conde esteve melhor e acabou por ser mais eficaz marcando dois golos que lhe davam vantagem ao intervalo; o primeiro marcado por Afonso Caeiro com um remate cruzado para o canto mais longe na sequência de uma jogada desenvolvida pelo lado direito do seu ataque e o segundo obtido por Amândio Ramião através de uma grande penalidade a punir um desvio da bola com o mão de um jogador do Paio Pires após a cobrança de um livre à entrada da área.
Na segunda parte o Paio Pires tomou conta do jogo desde o início e reduziu para 1-2 aos 50 minutos por Djá, também na conversão de um castigo máximo. A ADQC não conseguia reagir e os paiopirenses jogavam praticamente sempre instalados no meio campo contrário forçando bastante a sua vertente ofensiva que causava muitos calafrios na defensiva contrária. O tempo ia passando e os quintacondenses tudo faziam para segurar a vantagem mas as suas intenções acabaram por sair furadas porque o Paio Pires conseguiu chegar ao empate aos 89 minutos, por intermédio de Fernando, que concluiu de cabeça um livre cobrado do lado direito do seu ataque.
Na próxima jornada o Paio Pires desloca-se à Moita e a equipa da Quinta do Conde recebe no seu reduto o Atlético Alcacerense.
A OPINIÃO DOS TREINADORES
CARLOS NEVES, treinador do Paio Pires:
“Na segunda parte como foi visível alugámos o meio campo contrário”
“Fizemos uma primeira parte que ficou muito aquém do real valor dos nossos jogadores. Sofremos o primeiro golo num erro infantil, fruto talvez de alguma inexperiência, e o segundo nasce de um penalti que me deixa muitas dúvidas. Fomos para o intervalo a perder por 2-0 porque nos deixámos levar na onda do adversário. Na segunda parte, como foi visível, alugámos o meio campo contrário, encostámos o adversário às cordas e fizemos dois golos [quando podíamos ter feito três ou quatro] que nos deram o empate. Não fiquei satisfeito porque a minha equipa é melhor, como ficou comprovado, mas atendendo às circunstâncias do jogo; ou seja, depois de estarmos a perder por 2-0 fazer a recuperação em apenas 45 minutos, não foi tão negativo como poderia ter sido. Se tivéssemos conseguido fazer os 90 minutos como fizemos a segunda parte tinha sido um jogo fenomenal. Mas isto também serve para o nosso crescimento, para a equipa ganhar confiança e não sentir medo de nada ou ninguém. No computo geral, apesar de não termos ganho acabo por ficar satisfeito mais pela reacção dos jogadores do que propriamente com o resultado. Há que continuar a trabalhar a evoluir e aa melhorar porque esta malta merece”.
Sobre as incidências:
“O problema tanto foi para nós como para eles mas isso são coisas que não nos dizem respeito. As duas equipas estavam em igualdade em relação a isso. A minha equipa mereceu a vitória porque fomos melhores e jogámos mais. Apesar de termos feito uma excelente segunda parte, senti alguns jogadores cabisbaixos porque sabem que podiam ter feito mais e melhor”.
MANUEL PINÉU, treinador da ADQC:
“Vínhamos aqui à procura dos três pontos mas não conseguimos”
“Tínhamos uma estratégia montada para este jogo que passava por dar alguma iniciativa ao adversário. Entrámos bem no jogo e ao intervalo ganhávamos por 2-0. Nas cabinas alertei os meus jogadores que seria importante não sofrer golos nos primeiros 20 minutos da segunda parte mas infelizmente sofremos o primeiro golo de penalti muito cedo. Dentro das alterações que fizemos não nos conseguimos encontrar e depois numa bola parada, numa falha de marcação nossa, acabámos por sofrer o golo do empate a dois minutos do fim. Há que levantar a cabeça e continuar a trabalhar. Vínhamos aqui à procura dos três pontos para tentar rectificar o resultado do jogo relativo à primeira volta, mas não conseguimos. O empate foi o melhor que conseguimos”
Sobre as incidências:
“Este é o meu terceiro ano na ADQC como treinador e ainda desconheço alguns regulamentos mas é evidente que houve aqui uma falha e essa falha foi da equipa da casa que tinha a responsabilidade de organizar o jogo. Estivemos quase uma hora para termos a certeza que ia haver jogo e este só começou às 16h 20m quando devia ter começado às 15 horas e isso condicionou tanto de um lado como do outro a nível de concentração e do aquecimento. E, depois acho que a iluminação também não tinha as condições adequadas para uma boa visualização. Mas, se tudo isto faz parte dos regulamentos, e penso que assim será, o árbitro fez o que deveria ter feito. Agora, sem qualquer sentimento de maldade, terei que dizer que a responsabilidade pertence à equipa que organiza o jogo, neste caso ao Paio Pires”.
FICHA DO JOGO
Jogo no Campo Vale d’Abelha, em Paio Pires
ÁRBITRO: David Salvador (Núcleo do Pinhal Novo), auxiliado por Miguel Broega e João Lourenço
PAIO PIRES: Damas; Neves, Fernando, Caldeira, Iuri (Nivaldo, 45’); Nazário, Filipe Pinto, Flávio Costa (João Vasco, 78’); Adilson, Djá e Tiago Rosa
Suplentes não utilizados: Perdigão, Miguel, Rafa, Bruno e Ruben
TREINADOR: Carlos Neves
ADQC: Rui Jubita (Rafael, 42’); Hélder, Giló, Cláudio, Samuel; Vasco Botelho, Márcio, Afonso Caeiro (Júnior, 81’); Rodri (Alberto Soeiro, 70’, Bruno Fernandes (Diogo Bernardo, 45’), Amândio Ramião.
Suplentes não utilizados: Marco, João Monteiro, Pedro Gomes
TREINADOR: Manuel Pinéu
Ao intervalo: 0-2
Marcadores: 0-1, Afonso Caeiro (13´); 0-2, Amândio Ramião (37’) gp; 1-2, Djá (50’) gp; 2-2, Fernando (88’).
Disciplina: cartão amarelo para Márcio (27’), Caldeira (36’), Fernando (65’), Amândio Ramião (80’), Djá (83’) e Tiago Rosa (90+2’)
sábado, 13 de dezembro de 2014
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