Monte de Caparica terminou o jogo com apenas nove jogadores em campo
De qualquer forma convém salientar o excelente desempenho da formação orientada por José Meireles que continua a ser, a par do Amora, uma das duas únicas equipas sem derrotas neste campeonato.
Em relação ao jogo disputado em Grândola será de realçar a entrada de rompante da equipa do Monte de Caparica que aos 20 minutos já vencia por 2-0 com dois golos obtidos por Lino, o primeiro aos três minutos e o segundo aos vinte. O Grandolense demorou algum tempo a reagir mas acabou por reduzir mesmo à beira do intervalo por Marco Soares, deixando tudo em aberto para a segunda parte.
Após o reatamento ambas as equipas procuraram o golo e foram várias as ocasiões mas a equipa de Grândola acabou por ser mais feliz porque já perto do final conseguiu chegar à igualdade numa grande penalidade muito contestada pelos jogadores do Monte de Caparica. Depois, Aguilar e Paulo Bolonha são expulsos no espaço de três minutos e as coisas tornaram-se mais complicadas para os forasteiros que ainda assim conseguiram manter a invencibilidade no campeonato e a conquista de um ponto num campo sempre difícil.
Na próxima jornada o Grandolense viaja até ao Campo do Pragal onde defronta o Almada e o Monte de Caparica volta a jogar fora desta vez em Alfarim.
A OPINIÃO DOS TREINADORES
ANTÓNIO GOMES, treinador do Grandolense:
“Entrámos no jogo a dormir e o adversário aproveitou para marcar dois golos”
“O Grandolense entrou no jogo a dormir, sofreu um golo aos três minutos e aos 15 já estava a perder por 2-0. O Monte de Caparica aproveitou bem as ocasiões e conseguiu ficar em vantagem bastante cedo. Tentámos reagir e ainda antes do intervalo reduzimos para 2-1, que nos deu algum ânimo. Na segunda parte trabalhámos bastante, conseguimos empatar e depois tivemos muito mais ocasiões de golo que o adversário. Mas, o futebol é assim, tem destas coisas, nem sempre ganha quem joga melhor e cria mais oportunidades. Se não as finaliza, não tem hipótese, foi o que se passou connosco. Já na parte final o Monte de Caparica ficou reduzido a 10 elementos e depois a 9. Nós fizemos tudo para chegar à vitória mas o guarda-redes fez duas ou três grandes defesas. Só temos que dar os parabéns ao Monte de Caparica porque soube aproveitar bem as oportunidades que teve e se esforçou bastante para levar daqui um ponto. Reclamou um pouco na grande penalidade mas isto é mesmo assim. O árbitro assinalou e já n~~ao havia nada a fazer. Isto acontece todos os domingos. Umas vezes acontecem a uns e noutras vezes a outros mas no meu entender foi mesmo penalti. Quanto à expulsões também nós no domingo passado terminámos com nove jogadores. Temos que estar preparados para estas situações”. JOSÉ MEIRELES, treinador do Monte de Caparica:
“Saímos do jogo com um enorme sentimento de frustração”
“Tanto eu, como os meus atletas saímos do jogo com um enorme sentimento de frustração. Preparámos muito bem este jogo durante a semana, entrámos no mesmo com uma grande atitude e rapidamente chegámos aos dois a zero e por mais duas vezes tivemos oportunidade de fazer os três a zero mas seria a equipa da casa a reduzir ao minuto 45`. No recomeço da partida voltámos a mostrar ao nosso adversário que estávamos lá para ganhar e por duas vezes poderíamos mesmo ter matado o jogo mas infelizmente não conseguimos e acabámos por sofrer um golo na marcação de uma grande penalidade inexistente que custaria para além do empate, ficar a jogar com menos um jogador e ficar impossibilitado de o utilizar na próxima partida, num lance bem cavado, por ironia do destino pelo jogador que esta semana foi despenalizado pelo conselho justiça da AFS. Acabámos por ser três vezes penalizados. Mas, infelizmente não ficariam por aqui os dissabores porque nos vimos reduzidos a nove por vermelho directo ao nosso jogador Paulo que João Lourenço (auxiliar, já que foi dele a indicação) terá analisado mal o lance ou então foi pelo calor que vinha do banco adversário não sei. Quero no entanto dizer o mesmo que disse a David Salvador e seus pares no final da partida. São árbitros com qualidade e a AFS bem precisa de homens com esta qualidade no entanto não estiveram bem nestes dois lances porque num foram bem enganados e no outro houve precipitação na análise, e nós é que sofremos com isso. Deixo também uma palavra para o nosso adversário, equipa de qualidade bem comandada que nunca desistiu de tentar dar a volta ao resultado. Hoje, ao contrário do que lhes aconteceu na Amora, não têm razões de queixa da equipa de arbitragem”.FICHA DO JOGO
Jogo no Estádio Municipal, em Grândola
ÁRBITRO: David Salvador (Pinhal Novo)
GRANDOLENSE: Heleno; Diogo, Marco Neves, Marco Soares, Mico; Besugo, Bruno Mendes (Fábio, 80’), Borges (Catota, 45’); Ni, Iddy e Cajó (Calado, 75’)
TREINADOR: António Gomes
MONTE DE CAPARICA: Nuno Contradança; Aguilar, Albasini, Pedro, Heta; Austrelino, José João, Bambo; Lino (Fábio, 70’), Paulo Bolonha e Ruben Braga (Ricardo, 85’).
TREINADOR: José Meireles
Ao intervalo: 1-2
Marcadores: 0-1, Lino (3’); 0-2, Lino (20’); 1-2, Marco Soares (45’); 2-2, Besugo (81’ gp).
Disciplina: Aguilar (acumulação) e Paulo Bolonha (directo) foram expulsos aos 80 e 83 minutos, respectivamente
Grande performance de Nuno Contradança. É pena decisões de árbitros que estragam a verdade do sentido do jogo.
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