Arbitragem foi muito contestada pelas duas equipas
Jogo ficou marcado por três expulsões, duas para o Olímpico e uma para o Banheirense
No Campo da Liberdade, Olímpico do Montijo e Banheirense empataram a uma bola num jogo que ficou marcado por três expulsões, duas para os homens da casa e uma para os forasteiros, que geraram alguma polémica e muitas críticas à actuação do trio de arbitragem.
O Banheirense a jogar em superioridade numérica foi a primeira equipa a marcar já na segunda parte, precisamente aos 60 minutos, por intermédio de Daniel mas os montijenses, numa altura em que estavam apenas com nove jogadores em campo, acabaram por chegar à igualdade já muito perto do fim com um golo marcado pelo defesa-central Ba, exactamente aos 87 minutos.
Com o ponto arrecadado o Banheirense passou a somar nove pontos que lhe valem o 9.º lugar e o Olímpico do Montijo, que na jornada anterior havia ganho de forma surpreendente em Santiago do Cacém, conta com sete pontos que lhe garantiram a continuidade no 12.º lugar, em igualdade pontual com o Com. Indústria.
Na próxima jornada o Banheirense recebe o Palmelense no Municipal do Vale da Amoreira e o Olímpico do Montijo desloca-se ao Campo da Verderena onde defronta o Barreirense.
A OPINIÃO DOS TREINADORES
RICARDO BALEGAS, treinador do Olímpico do Montijo:
“Neste jogo roubaram-nos dois pontos”
"Antes de falar do jogo quero falar da arbitragem que foi uma vergonha. O árbitro meteu dois jogadores na rua de forma inacreditável. O primeiro foi expulso ainda na primeira parte por ter cortado a bola num carrinho com as pernas e os pés encolhidos e o segundo foi expulso também com vermelho directo por se encostar a um adversário que o agrediu. Quer isto dizer que não nos deixaram ganhar o jogo. O Olímpio ainda é um clube pequeno, mas eles têm que começar a olhar para os clubes da mesma forma e respeitar quem trabalha. O que se passou foi uma vergonha, volto a dizer. Vieram para aqui dar premeditadamente para dar pontos ao Banheirense. Em minha opinião, neste jogo roubaram-nos dois pontos porque o Banheirense não fez nada que justificasse o empate. Em relação ao jogo, nós entrámos bem. Eles circulavam a bola lá atrás e não arriscavam. Nós, eramos a única equipa que atacava deliberadamente e até tivemos três boas oportunidades para fazer golo, mas não conseguimos e fomos para o intervalo com o marcador em 0-0, apesar de termos sido superiores, com mais posse de bola no campo do adversário. Na segunda parte, mesmo a jogar em inferioridade numéria, continuámos com a mesma postura mas a arbitragem tratou de expulsar mais um jogador e nós ficámos a jogar apenas com nove. O Banheirense, em contra-ataque teve algumas bolas que a arbitragem deixou passar até que à terceira conseguiram marcar. O que é facto é que o Olímpico, mesmo com menos dois jogadores e com a desvantagem de um golo, surpreendeu tudo e todos. Eles continuaram a jogar no seu meio campo metendo bolas fora na tentativa de assegurarem a vitória mas nós acabámos por ser compensados com o golo do empate, obtido num lance de bola parada. Depois, ainda tivemos mais uma oportunidade que nos poderia ter dado a vitória, mas não conseguimos. Parece-me ter sido um resultado justo. Gostaria ainda de salientar que um pouco antes de terminar o árbitro expulsou também um jogador do Banheirense, talvez como forma de compensação. Dá-me a ideia de que quando há observadores os árbitros têm a tendência para se preocuparem um pouco mais. Quando não há acontecem coisas como estas. Seria bom que houvesse mais verdade desportiva. No início do campeonato ficamos logo a saber quem vai ficar em primeiro e quem vai descer mas nós não vamos deixar cair o Olímpico porque trabalhamos bem e temos qualidade mais que suficiente para nos mantermos na 1.ª divisão distrital”.
RICARDO PARDAL, treinador do Banheirense:
“Para nós foi um empate com sabor a derrota”
"Não nos preparámos para defrontar uma equipa que joga futebol americano, nem o clube tem verbas para comprar as armaduras e os capacetes necessários para a prática desta modalidade. É inacreditável como ainda existem equipas com este comportamento, que batem em tudo o que mexe, com e sem bola e mais inacreditável é as equipas de arbitragem permitirem estes comportamentos. E, que, por expulsarem dois jogadores deles (por agressões, uma com bola e outra com o jogo parado, perfeitamente justas, e outras tantas que ficaram por assinalar) a equipa de arbitragem tenha também resolvido expulsar um jogador nosso, que fez um corte limpo, mas levou amarelo e 10 segundos depois, é expulso por estar a olhar para o árbitro. Isto é surreal. À parte de tudo isto, podíamos e deveríamos ter ganho este jogo. A minha equipa foi negligente e irresponsável. Depois de chegar à vantagem, dispusemos de várias oportunidades para matar o jogo mas não o fizemos e depois facilitámos. Abrandámos o ritmo, não circulámos a bola como devíamos e acabámos por sofrer o empate mesmo em cima do minuto 90 num lance no mínimo duvidoso, em que surgem três jogadores isolados. Para nós foi, sem dúvida, um empate com sabor a derrota consentido por culpa própria, mas essencialmente por minha responsabilidade”.
FICHA DO JOGO
Jogo no Campo da Liberdade, no Montijo
ÁRBITRO: Pedro Almeida (Núcleo de Almada / Seixal)
OLÍMPICO DO MONTIJO: Carlos Miguel; Vasquinho, Bá, Yuri, Talinhos; Sérgio Balegas, Edgar, Pedro Monteiro; Tiago, Neto e Fula (David, 70’).
TREINADOR: Ricardo Balegas
BANHEIRENSE: Andrade; Honório, Hernâni, Bertrande, Morgado; Rachid, Nelson (Imildon, 63’), Daniel; Nico, Bruninho (Tiago Garcia, 45’) e Zé Carlos (Ruben Silva, 77).
TREINADOR: Ricardo Pardal
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: 0-1, Daniel (60’); 1-1, Ba (87’)
Disciplina: Yuri e Edgar foram expulsos com cartão vermelho directo aos 35 e 60’, respectivamente e Hernâni (65’) por acumulação de amarelos.
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