Arrentela deu excelente réplica…
FOI UMA VITÓRIA MUITO SUADA
O Arrentela, que estreava um novo treinador, bateu-se bem, teve uma boa atitude e jogou com muita garra mas isso acabou por não ser suficiente para evitar a derrota na partida que disputou no seu campo com o Amora.
Um golo marcado por Paulo Tavares no início da segunda parte, uma grande defesa de Madureira quase no final da partida e uma fuga de Didi ainda na primeira parte que poderia ter tido outro desfecho, foram os momentos mais marcantes da partida que terminou de facto com a vitória muito suada do Amora.
O Amora tomou a iniciativa e comandou o jogo perante um adversário que se apresentava bom o bloco muito baixo. Aos quatro minutos Hugo Graça na cobrança de um livre obrigou o guarda-redes do Arrentela a defender para canto do qual nada resultou. O Arrentela tentava sair em contra-ataque mas não criava grande perigo. O jogo estava a ser inteiramente controlado pelo Amora que exercia um maior pendor ofensivo e aos 22 e aos 25 minutos a bola voltou a ameaçar as redes da equipa da casa que entretanto dispôs da melhor ocasião da primeira parte quando aos 38 minutos na sequência de um pontapé de canto contra si. A defesa aliviou a bola que foi depois colocada para a zona do grande círculo onde apareceu Didi a ganhar isolando-se em direcção à baliza contrária onde Madureira foi enorme evitando o golo do Arrentela que esteve eminente. Perante este sério aviso, o Amora voltou a pegar no jogo mas o resultado não sofreu alteração até ao intervalo.
Na segunda parte os minutos iniciais continuaram com a mesma toada e o Amora aproveitou para se colocar em vantagem num cabeceamento de Paulo Tavares a concluir com êxito um cruzamento efectuado do lado direito do seu ataque.
Após o golo sofrido, o Arrentela mexeu na sua equipa e o jogo tornou-se mais dividido mas sempre com sinal mais do Amora que ia tentando controlar a partida perante um adversário que lutou sempre de forma abnegada em busca de um resultado diferente que esteve quase a acontecer aos 86 minutos. Valeu outra vez Madureira que mostrou novamente a sua categoria ao executar mais uma excelente defesa que acabou por segurar a vitória e os consequentes três pontos para a sua equipa.
Daí até final nada mais digno de registo aconteceu consumando-se assim o triunfo do Amora diante de um adversário que surpreendeu principalmente pela grande vontade demonstrada em campo pelos seus jogadores.
Miguel Figueiredo e seus auxiliares realizaram um trabalho bastante positivo porque souberam conduzir o jogo sem grandes problemas e de forma adequada.
A OPINIÃO DOS TREINADORES
NUNO PINTO, treinador do Arrentela:
“O empate seria o resultado mais justo”
“Sabíamos que íamos defrontar um candidato ao título e que seria um jogo muito difícil para nós. Chegámos aqui durante a semana, tentámos conhecer os jogadores e acabámos por escolher estes onze que tiveram uma grande atitude e justificaram plenamente o empate. Na primeira parte a melhor oportunidade foi do Arrentela quando o Didi se isolou e desperdiçou devido talvez à inexperiência própria da sua idade e quase no fim uma outra grande oportunidade que só não resultou em golo porque o guarda-redes do Amora fez uma grande defesa. Todos nós sabemos que não há vitórias morais mas os jogadores estão de parabéns por aquilo que fizeram. A continuar assim não tenho dúvidas que os bons resultados vão aparecer e que o Arrentela irá fazer um campeonato tranquilo. Quero também dizer que entrámos um pouco limitados para este jogo porque temos muita gente lesionada e isso obrigou-nos a levar para o banco três juniores. Estamos numa casa onde as pessoas merecem que tudo chegue a bom porto sendo de realçar o seu presidente que tem sido incansável no sentido de proporcionar todas as condições para que o clube consiga fazer um bom campeonato. Sobre o jogo volto a dizer que o empate era o resultado mais justo”.
CARLOS REBOCHO, treinador adjunto do Amora:
“Vitória difícil obtida perante um adversário muito aguerrido”
“Foi uma vitória muito difícil obtida num campo complicado perante um adversário muito aguerrido, mas o importante foram os três pontos. Creio que na grande maioria do tempo tivemos o jogo controlado. É evidente que depois do nosso golo houve períodos em que o Arrentela apostou tudo e complicou-nos um pouco a tarefa mas que me lembre houve apenas um lance de perigo na nossa área. Apesar do ímpeto que colocaram em jogo não criaram grande perigo. Quase a acabar o Madureira fez uma boa defesa que segurou a nossa vitória mas ele está lá para isso mesmo e nós antes disso também poderíamos ter marcado em mais por mais que uma vez. O segundo golo dava-nos mais tranquilidade mas não o conseguimos porque não estivemos muito bem no último terço do campo e no aspecto da finalização. De qualquer forma, como estávamos a ganhar procurámos conservar a vantagem até ao final. Em minha opinião foi um jogo bem disputado em que o Amora foi superior e mereceu a vitória, embora não tenha sido nada fácil de conseguir”.
FICHA DO JOGO
Jogo no Complexo Desportivo da Boa Hora, em Arrentela
ÁRBITRO: Miguel Figueiredo (Núcleo de Setúbal), auxiliado por Rui Ramos e Acácio Guedes
ARRENTELA: Ricardo Freitas; Bruno Almeida, Rui Longo, Nuno Ferreira, Fábio Geia; Edson Mendes, Tiago Amaral, João Martins (Júlio Dias, 62’); Mauro Correia, Flaviano Rosa (Flávio Santos, 77’) e Didi (Luís Almeida, 73’).
Suplentes não utilizados: Bruno, Luís Casaleiro, Pedro Alexandre e Edmilson
TREINADOR: Nuno Pinto
AMORA: Madureira; Balela, Alex, André Freire Filipe; Paulo Pereira, Ricardo Rigor (Carrilho, 45’), Hugo Graça; Carlitos; Paulo Tavares (Domingos, 85’) e Nascimento (Joca, 70’).
Suplentes não utilizados: Botelho, Lacão, Láudio e Mauro
TREINADOR: Pedro Amora
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: 0-1, Paulo Tavares (52’)
Disciplina: cartão amarelo para Ricardo Rigor (38’), Ricardo Freitas (49’), Rui Longo (50’), Filipe (57’), Nuno Fernandes (76’), Paulo Tavares (78’), Balela (89’).
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