Pages

domingo, 30 de novembro de 2014

1.ª DIVISÃO DISTRITAL»» ALCOCHETENSE 1 COM. INDÚSTRIA 1

C. Indústria sofre empate na compensação…

Alcochetense voltou a desiludir em sua própria casa

O Comércio e Indústria esteve em particular evidência nesta jornada ao impor um empate no Campo António Almeida Correia, onde defrontou o Alcochetense que está a passar por uma fase bastante crítica devido aos resultados negativos registados nas últimas jornadas.

Este é já o quarto jogo consecutivo sem ganhar e a equipa, que é apontada como uma das favoritas à vitória final, caiu para um modesto 9.º lugar, uma posição nada condizente com o seu real valor. Nada está perdido porque a procissão só agora começou a sair do adro mas depois de um início muito forte no campeonato, com três vitórias nos três primeiros jogos, nada fazia prever que a equipa viesse a passar por esta crise de resultados.

Zé Pedro em declarações ao nosso jornal diz que não há motivos para alarme porque a equipa está a praticar bom futebol e a criar inúmeras oportunidades. O grande problema está na vertente da finalização que precisa de ser apurada.

Nesta partida, o empate até acabou por ser um mal menor porque foi obtido já em período de compensação num lance que suscitou algumas dúvidas ao treinador do Comércio e Indústria que contesta a falta que deu origem ao livre e a forma como o golo foi obtido [com a mão].

Com uma estratégia bem montada a equipa sadina colocou-se em vantagem ainda no decorrer da primeira parte com um golo de Paulo Vinícios. Os alcochetanos que começaram o jogo ao ataque foram criando diversas ocasiões mas o resultado manteve-se até ao intervalo, apesar de Zé Pedro ter tentado dar mais profundidade ao seu ataque com as duas alterações feitas logo após o golo sofrido.

Na segunda parte tudo continuou na mesma; ou seja, com o Alcochetense a procurar o golo e os setubalenses a tentarem aguentar a pressão para tentar surpreender nas transições. E, quando já poucos esperavam lá acabou por surgir o golo da igualdade que para o Alcochetense teve um sabor a pouco e para o C. Indústria um sabor agridoce.

Na próxima jornada o Alcochetense vai fazer uma viagem muito curta para um jogo que se prevê muito difícil devido à rivalidade existente entre as duas equipas. Estamos a falar do confronto a realizar no Campo da Liberdade entre o Olímpico do Montijo e o Alcochetense. Tarefa complicada aguarda também o Comércio e Indústria que embora jogue em casa tem pela frente o Alfarim, uma das boas equipas deste campeonato.



A OPINIÃO DOS TREINADORES

ZÉ PEDRO, treinador do Alcochetense:

“O nosso grande problema está na finalização”

“O C. Indústria veio com a intenção de pontuar e nesse sentido jogou com o bloco baixo na tentativa de poder surpreender nas transições rápidas de contra-ataque. Nós sabíamos que iria ser assim e assumimos desde logo o jogo praticando um futebol bastante ofensivo que originava muitos livres e cantos a nosso favor. Contudo, num lance de bola parada, aos 22 minutos, eles fizeram o golo e ficaram em vantagem. Depois do golo sofrido, a equipa teve um período menos bom, sentindo talvez a pressão da obrigatoriedade de ganhar porque jogava em casa, mas mesmo assim continuou com maior ascendente mas sem efeitos práticos porque quem saiu para o intervalo na frente do marcador foi o C. Indústria, apesar de não ter feito quase nada para isso. Na segunda parte o nosso guarda-redes não fez sequer uma única defesa. Nós estivemos sempre por cima no jogo e criámos várias situações claríssimas de golo mas o melhor que conseguimos foi o empate que aconteceu com alguma pontinha de sorte [que nos faltou noutras ocasiões] já nos instantes finais da partida. Para nós o empate sabe a muito pouco porque fomos sempre a melhor equipa e a única que mostrou vontade de ganhar. Nos dois últimos jogos o nosso objectivo passava por conquistar seis pontos porque jogávamos em casa mas só conseguimos um, estamos tristes por isso. Agora, vamos ter que rectificar algumas situações para melhorar a nossa prestação a nível da finalização porque é exactamente aí que está o nosso grande problema”.



CARLOS RIBEIRO, treinador do Com. Indústria:

“Pela forma como o jogo decorreu o empate tem um sabor agridoce”

“Fizemos tudo para conquistar os três pontos e realizámos um jogo quase perfeito mas acabámos por perder a concentração no lance que deu o empate que surgiu na sequência de uma falta que me pareceu não ter existido e ainda por cima pelo facto do golo ter sido marcado com a mão [como reconheceu o próprio jogador que o marcou, no final do jogo]. O árbitro que até fez um bom trabalho não viu e nós saímos deste jogo penalizados. Se me perguntassem antes do jogo se um empate em Alcochete seria bom, eu teria dito que sim, mas no final sou obrigado a dizer que teve um sabor agridoce. Por aquilo que os meus jogadores fizeram durante todo o jogo mereciam algo mais. Por volta dos 80 minutos tivemos duas boas hipóteses para fazer o 2-0 em lances de contra-ataque com os meus jogadores a aparecerem em superioridade na frente, mas não conseguimos marcar. Esta não é a primeira vez que sofremos golos no último minuto do jogo. por isso temos que melhorar os níveis de concentração e mantê-los até final para não voltarmos a ser surpreendidos”.



FICHA DO JOGO

Jogo no Estádio António Almeida Correia “Foni”, em Alcochete
ÁRBITRO: Fábio Varanda (Núcleo do Barreiro)

ALCOCHETENSE: Rogério Ziotti; Bruno Pais, Gil, Cunha (Ricardinho, 35’), Kiki; Piqueira, Rafael (Milton, 35’), Feiteira (Queijinho, 70’); Marco Véstia, Peter e Tiago Carvalho.
TREINADOR: Zé Pedro

COM. INDÚSTRIA: Bonifácio; Stefano, Dany, Samuel, Madruga (Cacela, 55’); Paulo Vinícius, Tavira, Diogo (Rui Faria, 80’); Daniel Baião, Bruno Gonçalves e Rafa (Luís Costa, 65’).
TREINADOR: Carlos Ribeiro

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: 0-1, Paulo Vinícius (22’); 1-1, Milton (90+4’).
Disciplina: Piqueira foi expulso aos 72’

Sem comentários:

Enviar um comentário