1.ª DIVISÃO DISTRITAL»» U. SANTIAGO 2 BANHEIRENSE 1

O Banheirense merecia melhor sorte…

U. Santiago ganha com auto golo no período de compensação

Em Santiago do Cacém defrontavam-se duas das boas equipas deste campeonato e a expectativa era grande para saber até que ponto uma se conseguia superiorizar à outra. A jogar em casa, o U. Santiago [que é apontado como um dos principais favoritos à vitória final] queria entrar com o pé direito da competição mas o Banheirense estava disposto a lutar também por um resultado positivo e então o que se pode dizer é que foi um jogo que decorreu sempre com muito interesse.

Depois de uma primeira parte que terminou com o marcador em branco, o Banheirense conseguiu colocar-se em vantagem por intermédio de Daniel, quando estavam decorridos 55 minutos de jogo. Como o resultado não lhe interessava nada, a equipa do U. Santiago partiu decididamente à procura da igualdade que veio efectivamente a acontecer aos 68 minutos numa boa jogada de entendimento entre Neves e Daniel Direito, com este a finalizar. Logo a seguir o U. Santiago atira uma bola à barra mas o Banheirense não desanimou e voltou a insistir na procura do golo que acabou por acontecer mas para o adversário que conquistou assim os três pontos com alguma dose de felicidade, como aliás foi reconhecido pelo treinador do U. Santiago, João Direito.

Na próxima jornada o U. Santiago desloca-se ao Campo da Verderena para defrontar o Barreirense e o Banheirense recebe no Vale da Amoreira a equipa do Alfarim que vai fazer a sua estreia no campeonato em virtude do seu jogo com o Amora [da 1.ª jornada] ter ficado adiado devido à sua participação na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal.



A OPINIÃO DOS TREINADORES

JOÃO DIREITO, treinador do U. Santiago:

“O golo da vitória foi tardio e se calhar inadequado para a justiça do jogo”

Foi um jogo bastante competitivo. Na 1.ª parte o Banheirense, como é seu hábito, muito bem orientado, mostrou-se muito organizado e sabia bem ao que vinha e complicou-nos um pouco a vida criando algumas situações de apuro. Também não conseguíamos ter bola no ataque, nem sequer fazer dois passes seguidos para conseguirmos ter mobilidade e ser mais incisivos na zona de finalização e o jogo transformou-se um pouco em transições mas com o Banheirense mais consistente nas suas acções de jogo. Na segunda parte, o Banheirense manteve a sua toada, nós reorganizámo-nos melhor no meio campo mas uma falha nossa permitiu que Banheirense numa boa jogada chegasse ao golo. Nos cinco minutos seguintes o U. Santiago andou um pouco por baixo mas depois melhorámos com as alterações efectuadas ficámos com mais mobilidade ofensiva, fomos mais incisivos e numa boa jogada do Daniel Direito com o Neves chegámos ao empate. Continuámos a insistir, atirámos uma bola ao poste, na resposta o Banheirense também criava perigo e nos descontos acabámos por ser felizes na sequência de um canto com um jogador adversário a introduzir a bola na sua própria baliza. Foi um golo tardio e se calhar inadequado para a justiça do jogo mas a realidade do futebol é isto mesmo. Em minha opinião o resultado mais adequado era o empate".



RICARDO PARDAL, treinador do Banheirense:

“Brilhante entrega e atitude dos meus jogadores”

“Foi um resultado extremamente injusto, mas o futebol é assim mesmo. Sabíamos da qualidade do adversário e da dificuldade em jogar em Santiago mas preparámos muito bem esta partida e viemos à procura dos três pontos. Os jogadores mostraram isso do primeiro ao último minuto mas a falta de sorte [tivemos muito boas oportunidades para fazer mais golos] não permitiu que tivéssemos conseguido mais e melhor. Houve também uma grande penalidade flagrante [sobre o nosso jogador Tiago] quando vencíamos já por 1-0 [mesmo em frente ao nosso banco] que não foi assinalada pelo árbitro, talvez num dos poucos erros que cometeu, mas que eu até compreendo, pois a pressão era muita e acabava ali com o jogo, mas a verdade é que a falta existiu e como tal deveria ter sido marcada, mas faz parte do futebol. O desgaste que o relvado provocou aos meus jogadores, que assumiram sempre as despesas do jogo, impediu-nos de sair daqui com a vitória porque acabámos por sofrer dois golos o último dos quais aos 90+4 minutos num lance de infelicidade em que fizemos auto golo que fez ainda mais aumentar a injustiça no resultado. Saímos tristes pelo resultado mas extremamente confiantes para o futuro, pois as indicações dadas pelos atletas fazem-nos acreditar que estamos no bom caminho. E se a semana passada critiquei duramente a atitude dos meus jogadores, hoje não tenho nada a apontar-lhes. Esta sim é a atitude que pretendo e que implemento nas minhas equipas. Hoje sinto-me orgulhoso pelo que estes meninos fizeram em campo. Agora é voltar ao trabalho e pensar já no próximo jogo, frente a mais um osso duro de roer, como são todos os adversários do nosso campeonato”.



FICHA DO JOGO

Jogo no Campo Municipal Miróbriga, em Santiago do Cacém
ÁRBITRO: Ricardo Figueiredo (Núcleo de Setúbal)

U. SANTIAGO: Rafael; Alexandre, Baixinho, André Oliveira; Fábio Oliveira, Ramirez; Daniel Direito, Abdul (João Generoso, 70’), Diogo Filipe (Bachir, 75’); Ruan e Catarino (Neves, 65’).
TREINADOR: João Direito

BANHEIRENSE: Andrade; Honório, Valdo, Hernâni, Morgado (Rafa, 67’); Abu, Nelson, Nico; Bruninho (Tiago, 60’), Daniel e Zé Carlos (Ruben, 75’).
TREINADOR: Ricardo Pardal

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: 0-1, Daniel (55’); 1-1, Daniel Direito (68’); 2-1, auto golo (90+3’).