“Vamos começar logo a seguir à 1.ª eliminatória da Taça de Portugal”
Os campeonatos distritais da 1.ª e 2.ª divisão deverão começar a 19 de Outubro.
Pelo menos foi esta a ilação que tirámos da conversa que tivemos com o presidente da AFS, Joaquim Sousa Marques que abordou também outros assuntos como foi o caso da forma como decorreu a época de 2013/2014, da forte concorrência do campeonato do Inatel que tem impedido o aparecimento de mais clubes na 2.ª divisão distrital, descida do Barreirense à 1.ª divisão distrital, subida dos juniores ao campeonato nacional da 1.ª divisão e do Torneio Lopes da Silva que se vai realizar no concelho de Almada.
O campeonato da 2.ª divisão distrital
e a forte concorrência do Inatel
Qual o balanço que faz da época desportiva de 2013/2014?
Foi uma época em que tudo decorreu com a normalidade desejada porque não houve situações que nos tivessem causado embaraços de maior. Em termos desportivos, foi uma época à semelhança das anteriores, onde houve bastante competitividade. Não foi nas últimas jornadas que os campeonatos mais importantes se decidiram mas houve bastante equilíbrio até dado momento da competição e acima de tudo porque as equipas, apesar das dificuldades que vão sentindo para manterem a sua actividade, conseguiram manter um desempenho bastante interessante tanto na 1.ª como na 2.ª Divisão. Nos escalões de formação houve algum crescimento e provas bastante competitivas pormenor que nos deixa satisfeitos porque é na formação que os clubes devem apostar para fazer face às dificuldades. A formação tem que ser o pilar sustentado do futebol distrital e dos clubes.
A maior parte dos clubes queixa-se dos elevados custos com as inscrições mas curiosamente nos últimos anos tem havido um aumento de clubes na AF Setúbal. Como se explica este fenómeno?
Isto acontece porque os clubes têm feito um esforço muito grande em termos de requalificação e construção de novas infra-estruturas e isso tem funcionado como atractivo para os jovens que aparecem cada vez em maior número a querer praticar a modalidade e então são vários os clubes a inscreverem por vezes 2, 3 ou 4 equipas no mesmo escalão facto que nos tem obrigado a adaptar os regulamentos. Nos escalões mais elevados já não é bem assim porque têm outro tipo de custos, embora a AFS não tenha aumentado as taxas nos últimos tempos. O grande problema é que no distrito tem havido uma forte concorrência com o campeonato do Inatel que tem condições e subsídios que não existem no futebol associativo. Vamos ter que superar estas dificuldades e nesse sentido já avançámos com uma nova competição sénior a que chamámos torneio popular só que este não teve a adesão desejada por parte dos clubes. No próximo ano não vamos caminhar nesse sentido. Iremos fazer um compasso de espera para regressar depois daqui a dois anos e tentar perceber se há espaço para a competição num contexto menos competitivo e mais informal. Sabemos que temos que dar condições aos mais jovens para que estes possam continuar a praticar a modalidade e que não podemos estancar o futebol sénior no nosso distrito que tem história e uma presença forte nas competições nacionais.
O grande problema parece estar na 2.ª Divisão Distrital de Seniores que é disputado por um número demasiado escasso de clubes
É um facto. O ano passado surgiu uma equipa nova mas porque o projecto provavelmente não era sustentado, não teve sucesso. Vamos ver este ano se há alguma equipa que tenha abandonado recentemente com condições para regressar. Estamos atentos a isso. Mas, é bom que se diga que continuamos a incentivar a prática da modalidade aos mais jovens porque os jogadores até aos 21 anos pagam apenas 50% das inscrições. Esta é uma forma de incentivar os clubes a optarem nos jovens e nas suas escolas de formação.
A descida do Barreirense e a subida do Beira Mar de Almada
O desejo é que os nossos clubes permanecem o mais tempo possível nos campeonatos nacionais. No caso do Barreirense isso não foi possível e acabou por descer no ano em que havia subido. Ainda foi ao play-off mas não conseguiu os seus intentos e acabou por regressar à 1.ª Divisão Distrital. É menos uma equipa que temos no nacional. Agora cabe ao clube reequacionar o seu projecto mas o importante é que se mantenha na prática do futebol porque se trata de um clube histórico e tem uma escola de formação forte. Seria interessante que pudesse dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser feito e que os seus jogadores da formação possam mais tarde continuar a representar o clube no escalão de seniores.
Na formação há a salientar a subida dos juniores do Beira Mar de Almada à 1.ª Divisão Nacional.
É verdade. Este ano vamos ter duas equipas a disputar o Campeonato Nacional de Juniores da 1.ª Divisão. É de saudar o trabalho que o Beira Mar de Almada tem feito ao longo dos anos na sua formação. Vai sentir por certo algumas dificuldades porque vai defrontar equipas com outra dimensão mas certamente também terá os seus argumentos. Com a força que tem vai com certeza preparar-se para o desafio.
A realização do Torneio Lopes da Silva no distrito de Setúbal e em particular no concelho de Almada foi uma prova de confiança que a FPF deu à AF Setúbal?
É assim que eu entendo. É uma prova muito importante porque envolve todas as associações a nível nacional e porque é também a prova rainha dos torneios inter-associações e ainda por cima porque se realiza no ano do centenário da FPF. Ser convidado a co-organizar a prova com a FPF, entendo que seja um voto de confiança e ao mesmo tempo uma recompensa pelo trabalho que tem sido feito em todo o distrito a nível do futebol de formação. Fiquei agradado e reconhecido com o convite. Agora, vamos tentar fazer o melhor para que tudo corra bem para que assim possamos dignificar a nossa região, a AF Setúbal e sobretudo o concelho de Almada porque é aqui que a competição se vai realizar.
Com a reestruturação dos nacionais de futsal
Campeonato Distrital deverá tornar-se mais interessante
A nova época já está a ser planificada?
Durante esta semana vamos divulgar as datas das primeiras provas mas posso desde já adiantar que não vai haver grandes novidades em relação ao que se passou esta época. Irá haver apenas pequenos ajustes em algumas provas com o objectivo de melhorar um ou outro pormenor mas em termos de datas das competições elas vão ser muito semelhantes às da época anterior. Vamos começar com a Taça AFS, no fim-de-semana a seguir à primeira eliminatória da Taça de Portugal [6 de Setembro] e depois concluída a fase de grupos que terá cinco jornadas, começarão os campeonatos distritais da 1.ª e 2.ª Divisão. Temos previsto que a 1.ª Divisão termine a 31 de Maio. Quanto à 2.ª Divisão é prematuro estar a falar nisso porque ainda não se sabe o número de clubes que vai participar. Há ainda uma folga para o Torneio das Regiões mas de momento nada mais podemos dizer porque a FPF ainda não avançou com as datas.
No que respeita ao futsal esta foi uma época atípica porque o campeonato foi muito curto, a nível de seniores. Face à reestruturação dos campeonatos nacionais, há muitas equipas que não conseguiram permanecer na 2.ª Divisão [não vai haver 3.ª] e caíram nos distritais. Assim sendo, estamos convencidos que vamos ter condições para fazer um campeonato com maior dimensão. É claro que vamos também continuar a apostar no futsal de formação que tem crescido bastante e está perfeitamente consolidado em todos os escalões. Temos tido equipas nossas com excelente desempenho como é o caso da Escola D. João I que vai disputar na próxima época o Campeonato Nacional de Sub-20 e o Núcleo Sportinguista da Costa de Caparica que tem tido um desempenho muito importante no que diz respeito à formação
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