“Ser campeão distrital é o nosso grande objectivo”
O Grupo de Futebol Azul e Ouro tem-se vindo a afirmar cada vez mais no panorama desportivo regional, nomeadamente a nível do Inatel, como pode ser comprovado pelos últimos resultados obtidos.
Excelente foi o desempenho da equipa que na época de 2013/2014 foi vencedor de grupo nas duas primeiras fases com um total de 12 vitórias, 5 empates e apenas uma derrota com 39 golos marcados e 17 sofridos. Na final, disputada com o Vale de Milhaços, no Complexo Municipal Carla Sacramento (Amora – Seixal), a equipa esteve também muito bem mas acabou por ser derrotada na lotaria das grandes penalidades (1-3), depois do tempo regulamentar ter chegado ao seu limite com o marcador igualado a uma bola.
O feito conseguido pela equipa do clube da Baixa da Banheira, fundado em Dezembro de 1993 por um grupo de amigos que gostavam de praticar futebol - merece nota de destaque, devido essencialmente à qualidade e categoria dos seus jogadores que vivem de uma forma especial o clube.
Entretanto, será de referir que o Azul e Ouro em determinada altura da sua existência sentiu algumas dificuldades em encontrar campo para treinar e jogar. Somente depois de vários contactos com entidades locais e associações que geriam o campo municipal (Vale da Amoreira), foi possível utilizar as instalações. Antes disso, foi obrigado recorrer a outros espaços desportivos, como por exemplo o Montijo e o Campo do Vinhense.
“Nos últimos 4 anos fomos a duas finais distritais”
Valter Gomes, ex-jogador do clube, que assumiu este ano o comando técnico da equipa, em entrevista ao nosso jornal, conta como surgiu a hipótese de vir a ser o treinador, dos objectivos para a nova época, da entrada e saída de alguns jogadores e das dificuldades sentidas ao longo dos tempos.
Depois de alguns anos como jogador, assumiu o comando técnico do Azul e Ouro. Como é que surgiu esta hipótese?
No início da época já tinha decidido que seria a minha última temporada como jogador pois julgava que era a altura certa. Depois, em Janeiro sofri uma grave lesão com a fractura da tíbia e perónio e aí foi apenas um aceitar do destino. A proposta foi feita numa reunião em que o nosso treinador Luís Rodrigues me lançou o desafio, o presidente concordou e eu aceitei.
O Azul e Ouro na época passada fez um excelente campeonato que culminou com a presença na final da Taça Distrital. E esta época como vai ser, já estão definidos os objectivos?
Sim, os objectivos já estão definidos. Passam por dar continuidade ao excelente trabalho que tem vindo a ser realizado nos últimos 4 anos em que fomos a duas finais distritais, primeiro com Ricardo Pardal como treinador e agora com Luís Rodrigues. Temos o objectivo de sermos campeões distritais e é por isso que vamos lutar, mesmo não tendo as mesmas condições que outros clubes. Aqui os jogadores pagam para jogar
Está consciente da responsabilidade que vai ter na qualidade de treinador?
Sim, estou consciente da responsabilidade que vou ter mas acredito que vou estar à altura pois conheço o clube como ninguém e sei que vou dar de mim o máximo em prol do clube e dos meus jogadores
Em relação ao plantel. Prevêem-se muitas alterações?
Sim, vamos sofrer algumas alterações porque vão sair alguns jogadores-chave da equipa para campeonatos distritais mas é algo a que já estamos habituados porque todos os anos saem jogadores. Tínhamos alguns alvos identificados e conseguimos alcançá-los por isso estamos tranquilos em relação ao futuro.
“Estamos a negociar um espaço para a nossa sede”
O Grupo de Futebol Azul e Ouro tem passado ao longo dos tempos por algumas situações complicadas. Contudo, graças ao empenho, trabalho e dedicação dos seus dirigentes tem sabido contorná-las. Quer falar-nos um pouco mais do clube, contando-nos um pouco da sua história?
Sem dúvida. A história deste clube tem sido de uma luta constante contra as adversidades. Desde não termos uma sede digna desse nome e termos andado vários anos com as malas às costas, ao facto de não termos fontes de receita, de treinarmos no Municipal do Vale da Amoreira onde pagamos para treinar e jogar. Posso dizer que o clube sobrevive graças aos seus atletas, por isso dizemos-lhe sempre que o clube também é deles. É uma luta constante mas talvez seja por isso que somos um clube tao especial. Quem passa nesta casa jamais se esquece porque no fim todos os sacrifícios valem a pena.
Como perspectiva o clube nos tempos mais próximos. Acredita que há margem de progressão?
Acredito no futuro do clube e já estamos a trabalhar nesse sentido. Estamos a negociar um espaço para a nossa sede e vamos ter uma nova direcção onde creio que iremos conseguir reunir um número de pessoas com qualidades humanas que nos vão ajudar a evoluir e que façam com que o clube a nível de estruturas possa estar a um nível semelhante ao que a equipa de futebol atingiu e aí criarmos condições para outros patamares.
Há algo mais que queira dizer?
Gostaria de deixar aqui um pedido aos nossos sócios e amigos no sentido de continuarem a apoiar este clube e estes jogadores que são uns autênticos heróis porque pagam para jogar e lutam e honram a nossa camisola como poucos
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