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domingo, 15 de junho de 2014

ARBITRAGEM»» Árbitros de Almada e Seixal fecham época de 2013/2014

Notada ausência da APAF

NAFAS junta uma centena de árbitros na sua festa de encerramento

O Núcleo de Árbitros de Futebol de Almada e Seixal levou a efeito, este sábado, 14 de Junho, a festa de encerramento da época desportiva de 2013/2014 que começou logo pela manhã com a realização no Campo do Pragal, em Almada, de um jogo de futebol entre solteiros e casados que terminou com o resultado de 4-3 favorável aos casados. Depois, a festa continuou à volta da mesa no Clube Knock Out, em Vale Figueira (Sobreda), onde marcaram presença Joaquim Sousa Marques, presidente da AF Setúbal; Aníbal Guerreiro, presidente do Conselho de Arbitragem; João Queimado, da Junta de Freguesia de Corroios; Fernando Matos, presidente do Almada Atlético Clube; e representantes dos Núcleos de Árbitros do Barreiro, Pinhal Novo e Setúbal, para além de outros convidados e cerca de uma centena de associados.

Sousa Marques, o primeiro orador da tarde, depois de saudar todos os presentes salientou a difícil tarefa que é ser árbitro de futebol e deixou uma mensagem aos mais novos para que “saibam aprender com os mais experientes e saibam também defender o símbolo que trazem ao peito e a associação que representam”. O presidente da AF Setúbal enalteceu também o papel dos núcleos “sem os quais seria muito mais difícil trabalhar”.

Seguiu-se depois a entrega de alguns prémios a associados que se destacaram ao longo da época nas actividades desenvolvidas pelo NAFAS. Pedro Almeida foi o primeiro a ser distinguido com o prémio assiduidade individual; João Marques, Micael Rechena e Rui Chixareiro receberam o prémio assiduidade equipa e João Marques o prémio teste escrito, oral e vídeo. Bruno Esteves, o apresentador de serviço, fez questão de sublinhar que "ao longo da época foram feitas 23 sessões com 682 presenças", facto que demonstra bem a vitalidade do núcleo e o trabalho desenvolvido sobretudo por José Manuel Esteves, José Peixoto e Manuel Oliveira Antunes.

O presidente do Conselho de Arbitragem, Aníbal Guerreiro, começou por abordar o tema classificações. “No início da época havia dito que todos os árbitros iriam ter classificação e a promessa foi cumprida, deu muito trabalho mas conseguimos. Feitas as contas, verificamos que o Núcleo de Almada / Seixal teve seis primeiros lugares”. O dirigente máximo dos árbitros setubalenses realçou também a “disponibilidade dos núcleos para as sessões obrigatórias” e a “colaboração prestada ao Conselho de Arbitragem por José Manuel Esteves”.

O momento protocolar terminou com a intervenção do presidente do NAFAS, Hernâni Fernandes, que falou sobre o trabalho desenvolvido ao longo da época mas lamentou a ausência da APAF que, apesar de convidada, primou pela sua ausência.

No final da festa realizou-se um torneio de matraquilhos que decorreu de forma bastante animada.


Captação de novos árbitros, novo regulamento da arbitragem
e policiamento são factores que preocupam


Hernâni Fernandes, em declarações ao nosso jornal, considera positiva a época desportiva que agora terminou embora tivessem havido algumas coisas menos boas mas ao mesmo tempo mostrou-se algo preocupado com a captação de novos árbitros, com o novo regulamento da arbitragem que coloca dificuldade de progressão e com a questão do policiamento que prejudica não só os clubes mas também os árbitros que se sentem desconfortáveis com isso.

Foi positiva para o NAFAS esta época desportiva?
Fizemos coisas positivas embora também tivessem havido coisas menos boas mas no geral podemos dizer que foi uma época positiva. A nível distrital, tivemos cinco primeiros lugares e isso foi bastante positivo como positivo foi também o desempenho de António Taia que ficou igualmente em primeiro lugar e agora vai fazer exames para observador a nível nacional. A parte menos boa aconteceu precisamente a nível nacional onde o João Marques e o André Duque que estavam a estagiar não conseguiram subir ao segundo escalão da arbitragem e vão ter que regressar ao distrital.

E em relação a novos árbitros, como está o NAFAS?
Estão a começar a aparecer mas é uma luta muito difícil que ainda temos pela frente, a captação. Temos árbitros com 3 e 4 anos de arbitragem que estão a começar a aparecer nos primeiros lugares com possibilidade de subirem aos nacionais mas falta-nos ainda árbitros jovens [17 e 18 anos] para começarem a dar os primeiros passos. Esta tem sido a nossa grande dificuldade porque não é fácil convencer um jovem daquela idade a entrar para o mundo da arbitragem.

Que pensa sobre as novas regras da arbitragem. São benéficas para os árbitros ou nem por isso?
Eu tenho uma opinião muito pessoal sobre isso. Penso que com o novo regulamento os árbitros têm o topo muito mais difícil de atingir. Não basta ter qualidade, mas também ter sorte para conseguir estar na hora certa no momento exacto para conseguir os seus objectivos. Daí a necessidade de começar o mais cedo possível.

Qual o balanço que faz então do trabalho realizado e quais as suas principais preocupações em relação ao futuro?
Foi um ano de muito trabalho e uma luta muito difícil para arbitragem. A minha grande preocupação continua a ser a questão do policiamento, problema que não é só dos árbitros mas também dos próprios clubes que não se sentem confortáveis em deslocações a determinados campos. Foi uma medida tomada pelo Governo que penaliza os clubes com o pagamento de taxas incomportáveis. As entidades organizadoras fazem jogos sem policiamento e isso constitui também um problema para todos nós mas em especial para os árbitros jovens que não se sentem confortáveis porque por trás e do outro lado estão os pais dos jogadores e outros familiares a fazerem barulho e a ofender. Não é fácil para um miúdo entrar para a arbitragem com estas condições.

Que dizer da ausência da APAF nesta iniciativa?
Nós estávamos habituados a que estivesse sempre presente nos nossos eventos e pela segunda vez consecutiva não apareceu. Como núcleo mais antigo do país acho que merecíamos mais respeito por parte desta entidade.

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