“Vai ser uma experiência enriquecedora e gratificante”
Em entrevista ao nosso jornal, André Narciso fala do trabalho realizado, das suas ambições pessoais, da sua integração no quadro de árbitros da Liga [com os quais vai estagiar] e do desafio que abraçou na presidência do núcleo de árbitros da cidade de Setúbal.
“Este é apenas um pequeno passo na minha carreira”
O primeiro lugar obtido na categoria C2 é sinal de que a época correu bem!
Sim, foi bastante positiva. Surge na sequência de um trabalho árduo que se prolonga já há alguns anos, em colaboração com os meus assistentes. Um deles, o António Traguedo já está comigo há seis anos e o outro, o João Lisboa, há três. Temos trabalhado muito com o objectivo de nos aperfeiçoarmos e esta época fomos recompensados. O primeiro lugar alcançado é apenas um pequeno passo na minha carreira que me permite entrar para um grupo restrito de árbitros [10] que vão realizar um estágio de elite que apura apenas dois para a primeira categoria. Com os pés bem assentes na terra vamos trabalhar um pouco mais para tentarmos dignificar a cidade de Setúbal e a AF Setúbal e ao mesmo tempo dar o passo final para poder atingir o objectivo.
Que passa naturalmente por chegar à categoria C1?
Exactamente. Agora há que chegar a uma fase intermédia do estágio. Se conseguir dar este passo final rumo ao estágio ficarei durante toda a época a estagiar com os árbitros da Liga naquela que será uma experiência enriquecedora e gratificante. Tenho trabalhado bastante mas agora ainda vou querer trabalhar ainda mais, dando o máximo, para no final da próxima época poder alcançar outro primeiro lugar e garantir assim a subida à categoria C1.
Durante a próxima temporada vou pertencer ao quadro da Liga que garante no mínimo lugar na categoria C2. Portanto, na época de 2014/2015 apitarei jogos da 2.ª Liga e Campeonato Nacional de Juniores. Depois, no final da época, com base nos parâmetros das classificações os dois melhores serão promovidos à categoria C1.
Quer dizer que está esperançado em conseguir um desses lugares?
Terá que ser esse o objectivo. Porque para além das minhas ambições pessoais tenho a noção de que Setúbal, num futuro próximo, precisa de ter mais árbitros a este nível para dignificar mais o passado recente. Neste momento temos só dois árbitros na Liga [Bruno Esteves e Bruno Paixão] e era importante ter mais. O Conselho de Arbitragem está a fazer um grande esforço nesse sentido e tem vindo a trabalhar muito bem. Por isso, só tenho que agradecer ao presidente Aníbal Guerreiro e ao meu Núcleo. Vamos continuar o bom trabalho para alcançar o sucesso.
Que mais lhe apetece dizer nesta altura?
Que este ano abracei o desafio de ser presidente do Núcleo de Árbitros de Futebol da Cidade de Setúbal. Tem sido um desafio tremendo mas tenho conseguido partilhar experiências e alguns associados, sobretudo os mais novos, já me vêem como um pequeno exemplo para aquilo que eles querem atingir. Neste sentido, a mensagem que deixo é para que consigam crescer em primeiro lugar como pessoas e depois como árbitros, trabalhando em equipa e com método. Se assim fizerem vão com certeza alcançar bons resultados desportivos.
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