“Houve jogadores que não sentiram
o símbolo que traziam ao peito”
André Antunes, é defesa, tem 21 anos, como futebolista passou pelo C. Piedade e Seixal mas já está há três anos no Atlético Clube de Arrentela.
Esta época foi titular em 20 jogos, dos quais terminou 16, sendo substituído nos restantes. Perfez um total de 1655 minutos e marcou três golos, um contra o Faralhão para a Taça AF Setúbal e os outros dois contra o Palmelense e Beira Mar de Almada, sendo este último o que garantiu a manutenção da sua equipa no Campeonato Distrital da 1.ª Divisão.
Em termos pessoais a época não começou muito bem porque foi expulso logo no primeiro jogo do campeonato em Alfarim mas depois fruto do seu trabalho e empenho começou a impor-se e passou a ser titular indiscutível da sua equipa que realizou uma época algo atribulada que motivou o afastamento de dois treinadores.
O Jornal de Desporto foi ao encontro do jogador e falou com ele sobre os momentos mais marcantes da temporada que acabou de forma bastante positiva tanto para si como para o clube que representa.
“Fiquei muito feliz com o golo que marquei”
Qual o sentimento com que ficaste após o golo que marcaste no último jogo do campeonato que garantiu a permanência do Arrentela na 1.ª Divisão?
Fiquei muito feliz, obviamente. Não só porque marquei o golo mas também porque ajudei esta grande equipa e este grande clube. Era o que eu e todos nós queríamos, fazer golos para garantirmos o nosso grande objectivo.
Como é que entraram em campo frente ao Beira Mar, com alguma ansiedade ou confiantes na concretização do objectivo?
Nós sabíamos muito bem o valor que tínhamos. Por isso, entrámos confiantes e concentrados. Foi assim que entrámos no jogo e conseguimos marcar logo aos três minutos. Sabíamos que não ia ser fácil mas nós como equipa somos fortíssimos e acabámos por conseguir o que queríamos.
Esta época decorreu de forma algo atribulada devido a alguns resultados e exibições menos bem conseguidas que motivaram a saída de dois treinadores. Vocês jogadores sentiram essa instabilidade?
Sim, claro que sentimos alguma instabilidade. Numa época ter três treinadores é sinal que as coisas não estavam bem. Mas, sinceramente, eu como jogador do Arrentela e um dos mais antigos do plantel, sabia bem que a culpa não era dos treinadores mas essencialmente de alguns jogadores que não sentiram o símbolo que traziam ao peito e quando é assim torna-se complicado.
“Foi um grande orgulho fazer parte deste plantel”
Em tua opinião qual foi o momento mais importante da época?
Foi sem dúvida o último jogo. Apesar de termos conseguido o objectivo só na última jornada para mim foi um grande orgulho mais uma vez fazer parte deste plantel e deste grande clube.
Em termos pessoais a época correu da forma desejada?
Sim, correu muito bem. Não comecei muito bem com o mister José Carlos, mas depois passei a jogar regularmente com o “grande mister Lívio” que para mim foi mais que um amigo porque é um grande homem dentro e fora dos relvados. Depois, terminei em beleza com o mister Vítor Oliveira que nunca duvidou das minhas capacidades e sempre me apoiou tanto antes como depois dos jogos.
O Fabril foi o campeão, consideras que foi mesmo a melhor equipa do campeonato?
Sim, sem dúvida nenhuma. Conheço vários jogadores do Fabril, inclusive o director desportivo [Paiva] e sei sem sombra de dúvidas que tem uma grande equipa. Aliás, a diferença pontual com que terminou o campeonato é bem reveladora disso.
Na próxima época vais continuas no Arrentela?
Quanto a isso, ainda é muito cedo para dizer. Sei que tenho qualidade e ainda sou novo, só o futuro dirá.
Para além das questões abordadas há algo mais que queiras salientar?
Gostava de deixar aqui um grande agradecimento ao senhor Domingos Rolo que sempre confiou em nós e ficou connosco até ao último segundo, ao mister Lívio Semedo e ao Hugo que foram muito importantes para mim e para nós [Atlético Clube de Arrentela] porque sempre se preocuparam e preocupam comigo porque são homens que vivem e respiram futebol. Obrigado pelos bons momentos que passámos. E, por fim, ao mister Vítor Oliveira que acabou a época connosco, um grande abraço e que tenha muita sorte no futebol. Desejo-lhe o dobro que deseja a mim.
Boa Tarde como mãe estou muito feliz com o desempenho do meu filho , agradecendo aos treinadores com que mantive contato sr. Domingos Rolo e Livio , os grandes HOMENS que são que desempenham as funções deles por AMOR ao que fazem mas não por aquilo que possam vir lucrar.
ResponderEliminarTenho pena que realmente os bons HOMENS e PROFISSIONAIS saírem ,
Mas a ingratidão das pessoas é assim sem principios e sem ética profissional e veem as pessoas como fraldas descartáveis , mas esquecem se que os últimos 5 ou 6 jogos não foram sucesso de que entrou mas sim de quem trabalhou com a equipa ao longo da época ,
O lema do clube parece me a mim que é a vitoria é vossa e as derrotas é dos treinadores ! ERRADO .
Quando não há motivação da equipa é porque se paga algo que transcende aos treinadores mas sim á própria instituição (Pessoas que lideram só com interesses pessoais nada funciona)
Ou gostamos do símbolo e do clube ou não vale pena.