TAÇA AF SETÚBAL»» Banheirense 0 Amora 1 - JORNAL DE DESPORTO

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sexta-feira, 18 de abril de 2014

TAÇA AF SETÚBAL»» Banheirense 0 Amora 1

Banheirense foi um digno vencido…

Amora conquista troféu com golo olímpico de Carlitos

Quando aos 63’ Pedro Andrade guarda-redes do União Banheirense brindou os espectadores do Vila Amália com uma “fífia”, ficou escrito que o Amora seria o seguidor do Grandolense, na conquista da Taça da Associação de Futebol de Setúbal.

A partida até nem começou mal para os homens da Baixa da Banheira, que foram os primeiros a criarem problemas para a baliza adversária, logo no minuto inicial com Honório a rematar com perigo. Na resposta, Formiga também cria alguns embaraços a Pedro Andrade. Após uns minutos iniciais de domínio Banheirense, o Amora equilibrou a partida, que embora nem sempre bem jogada, ia deixando a grande massa humana que se deslocou ao Vila Amália minimamente satisfeita. Foi numa toada de parada e resposta, e com o perigo a surgir em ambas as balizas, que se atingiu o intervalo com o nulo no marcador.

Esperava-se a reacção das duas equipas para os segundos quarenta e cinco minutos, mas foi o Amora que entrou com a firme disposição de resolver o jogo. Muito pressionante, a equipa de Pedro Amora não deixava a formação Banheirense sair do seu último reduto. Aos 55’ a defesa da Baixa Banheira quase fazia autogolo, um minuto depois Carlitos tem uma “bomba” que esbarra na trave da baliza de Pedro Andrade. Era a equipa Amorense por cima do jogo, perante um adversário que tinha dificuldades em explanar o seu futebol. O golo que se adivinhava acabou por surgir com Pedro Andrade a não ficar muito bem na fotografia depois de ter feito aos 63’ uma enorme defesa após remate de Carlitos. No seguimento do lance, o Amora conquista um canto com Carlitos a marcar de forma directa para a baliza do Banheirense, com o guarda-redes Pedro Andrade a ver o esférico passar por cima de si entrando na sua baliza. Estava aberto o marcador e entregue a Taça à equipa do Amora.

O técnico Ricardo Pardal ainda tentou chegar ao golo da igualdade operando uma série de alterações na sua equipa mas estava escrito que a Taça iria mesmo direitinha à a sala de troféus da equipa do concelho do Seixal.

Fechando-se muito bem na sua defensiva, o Amora não permitiu mais veleidades ao adversário, sendo de realçar o seu guarda-redes [Pombo] que no último minuto do prolongamento, negou com uma grande defesa, a última esperança do Banheirense levar o encontro para prolongamento, num lance em que o outro guarda-redes [De Andrade] quase marcava.

Taça bem entregue, numa final não tão bem jogada como a foi a da época anterior. No entanto quem se deslocou a Sesimbra para assistir a esta final, não deu o seu tempo por mal empregue, com a felicidade do tempo também ajudar.

José Palma e seus assistentes estiveram em bom plano. Foram dignos de uma final.

CRÓNICA DE PAIS CORREIA

                                                                                                            
                                                                                                                  












Vídeos de Nelson Patriarca



REPORTAGEM...


AMÂNDIO JESUS, director desportivo do Banheirense

“A partir do golo praticamente não houve jogo
porque reinou a falta de fair-play e o antijogo”

“Na primeira-parte o Banheirense foi claramente superior. Teve mais posse de bola, o domínio do jogo e foi a equipa que criou mais lances de perigo. O Amora ia respondendo como podia, essencialmente, através de lances de bola parada, táctica que utilizou ao longo de todo o encontro. Na segunda-parte, com a saída de Ramirez, por lesão, ao intervalo, a minha equipa perdeu poder de choque e tivemos mais dificuldade a recuperar as bolas, acabando o Amora por chegar ao golo, através de um canto directo, com a trajectória da bola a surpreender o nosso guarda-redes. A partir do golo, podemos dizer que praticamente não houve jogo, uma vez que reinou a falta de fair-play e o antijogo, chegando inclusivamente a haver quatro bolas em campo atiradas pelo banco do Amora. No período de descontos, tivemos por duas vezes, oportunidades claras de marcar, que a acontecer colocaria justiça no marcador, mas infelizmente para nós isso não aconteceu. Em relação ao trabalho do árbitro José Palma, tendo em conta que é um árbitro experiente, deixou-me surpreendido ao não expulsar o número 8 do Amora, quando este já tinha amarelo, poderia aí ter-se alterado o rumo do jogo. Na segunda parte, ao utilizar tamanhas vezes o apito empurrou a nossa equipa para trás, beneficiando desta forma o adversário, ao pactuar, de forma evidente, com o antijogo praticado pelo Amora. Por último, quero agradecer aos meus jogadores e técnicos, pelo esforço, dedicação e humildade com que se entregam a cada jogo e que nos permitiu estar hoje nesta final; aos elementos directivos, pelo apoio que nos dão; e, aos adeptos, que encheram três autocarros para estarem connosco a apoiar-nos neste dia tão importante para a história do clube”.



PEDRO AMORA, treinador do Amora:

“Este é um troféu que fica para a história do clube
e também o meu primeiro título como treinador”

“A primeira parte não foi muito bem jogada de parte a parte mas equilibrada, com muita luta, muito querer e o resultado poderia ter pendido para qualquer dos lados, apesar de terem havido poucas oportunidades. A segunda parte foi totalmente nossa. Não me lembro de nenhum remate de perigo que o Banheirense tenha feito, a não ser no tempo de descontos num lance em que o guarda-redes deles quase conseguia marcar. Portanto, foi uma vitória inteiramente justa de uma equipa que tem trabalhado muito durante o ano todo e que está a fazer um campeonato excepcional. A Taça acaba por ser a cereja no topo do bolo. Este é um justo prémio para os jogadores que tiveram uma boa atitude, um bom empenho e muita ambição em especial durante a segunda parte. Quero também dar os parabéns ao Banheirense porque vendeu cara a derrota. Este é um troféu que fica para a história do clube, o primeiro título para esta direcção, para alguns jogadores e também o meu primeiro título como treinador. Na próxima temporada vamos estar na Taça de Portugal que é igualmente importante para o clube não só a nível desportivo mas também em termos financeiros. Quero também dar os parabéns aos jogadores pela excelente época que têm feito e dizer que esta vitória pode ser também muito importante em termos de campeonato porque para a semana vamos ter um jogo que pode decidir muita coisa em relação à luta pela conquista do título. Se tivéssemos perdido os níveis de confiança eram menores. Assim, as coisas são bem diferentes. Em relação à arbitragem não há nada a dizer. O seu trabalho foi aceitável, não houve casos e deixou jogar, embora por vezes o adversário se mostrasse bastante agressivo”.


FICHA DO JOGO

Jogo no Estádio Vila Amália, em Sesimbra
ÁRBITRO: José Palma (Núcleo de Setúbal), auxiliado por Fábio Duque (Setúbal) e João Lourenço (Pinhal Novo); 4.º árbitro, Sérgio Lobo (Almada / Seixal)

BANHEIRENSE: De Andrade; Honório, Hernâni, Euclides, Coelho (Tiago, 83’); Mário, Ramirez (Morgado, 45’), Márcio Abu; Hugo Lúcio (Nico, 58’), João Racha e Celé.
TREINADOR: Ricardo Pardal

AMORA: Pombo; Balela, Freire, Alex, Jandir; Rigor (Maside, 66’), David Martins, Hugo Graça; Formiga (Joca, 80’), David Rodrigues (Lorete, 90+2’) e Carlitos.
TREINADOR: Pedro Amora

Ao intervalo: 0-0
Marcador: 0-1, Carlitos (63’)
Disciplina: cartão amarelo para Freire (15’), Márcio Abu (30’), Rigor (45’), Pombo (90+2’) e Lorete (90+4’).

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