Peimari United continua a confiar nos nossos conterrâneos
Depois do excelente trabalho realizado a época passada, que culminou com o título e consequente subida de divisão, o Peimari United (Finlândia) continua a apostar nos atributos dos portugueses que se encontram ao serviço do clube.
Diogo Nobre, natural de Corroios, continua a ser o principal responsável pelo futebol do clube que nas suas fileiras conta também com o guarda-redes, Pedro Cardoso (ex-Almada], com o defesa Adimar (ex-Beira Mar de Almada) e agora também com o médio oriundo de Setúbal, Gonçalo Cruz que entrou para o lugar de Tiago Ramalho (Jardel) que optou por sair.
Para além da entrada do novo jogador também a equipa técnica que integra igualmente Hugo Henriques foi reforçada com a inclusão de um novo treinador estagiário da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, que irá ficar responsável pela equipa de iniciados e ajudar no resto dos escalões. Trata-se de André Miranda oriundo de Leiria que trabalhou um ano no escalão de Sub-11 do Sporting CP e na formação do Marrazes (onde também foi jogador sénior).
Para ficarmos a saber mais alguns pormenores sobre os objectivos do clube e em especial daquilo que os nossos conterrâneos pretendem fazer nesta nova época desportiva, o JORNAL DE DESPORTO falou com o treinador Diogo Nobre.
Goleada a abrir
O Peimari United iniciou o campeonato com uma goleada. Foi um bom começo...
Sim, não esperávamos tantas facilidades agora que jogamos numa divisão acima, mas a verdade é que entrámos com uma atitude avassaladora, marcámos 4 golos nos primeiros 15 minutos e os nossos adversários não estavam minimamente preparados para o que aconteceu. Depois, foi gerir e dar minutos aos mais jovens. Posso dizer que o nosso capitão saiu aos 45 minutos quando já ganhávamos por 7-0, porque temos jogo de novo esta 4ª feira. Neste momento posso dizer que os meus jogadores têm uma mentalidade vencedora, que tentei implementar nestes dois últimos anos, e não precisam sequer de discursos motivadores porque eles próprios, mais do que ninguém, querem ganhar todos os jogos e continuar a procura constante pela superação e excelência, cultura que tem sido implementada por nós (e que não era normal por aqui).
Este ano a equipa apresenta algumas novidades, em relação à época anterior, nomeadamente a nível de portugueses com a saída do Jardel e a entrada do Gonçalo. Quem é concretamente este Gonçalo?
Sim, infelizmente o Jardel, por opção própria, decidiu deixar-nos. Para nós foi uma grande perda. Depois disso, escolhemos o Gonçalo Cruz para ocupar a sua vaga, embora seja um jogador de características diferentes. Nascido em 93 é um jovem promissor que vem de Setúbal e durante as camadas jovens passou pelo Vitória, Belenenses e Marítimo. O ano passado jogou pelo Sesimbra já em seniores e este ano contratámo-lo ao U. Montemor. Joga preferencialmente a medio ofensivo (10), mas pode também fazer os corredores com qualidade. A sua versatilidade foi também um factor decisivo para trazê-lo, já que vamos perder alguns jogadores no verão que vão para o serviço militar obrigatório e ele pode cobrir diferentes posições. Foi-me recomendado vivamente pelo meu amigo Nuno Correia e teve uma boa estreia no campeonato com dois golos e duas assistências. Posso defini-lo como um jovem cheio de energia e vontade de aprender, que quer mostrar trabalho e conquistar a sua oportunidade no futebol profissional. Tem grande margem de progressão, e neste momento estamos a trabalhar alguns pontos que ainda tem de melhorar, para num futuro próximo poder sem qualquer dúvida integrar um plantel profissional. É um jogador explosivo, com alguma criatividade e remate forte, mexe-se bem sem bola e pressiona forte os adversários, o que faz com que assente bem no nosso modelo de jogo.
Esteve quase a fazer história na Taça da Finlândia
Antes do campeonato houve Taça onde ao que consta quase conseguiram um milagre. Pode descrever o que na realidade se passou?
Na história da Taça da Finlândia nunca uma equipa de divisões inferiores (abaixo da 3.ª) passou à 4.ª eliminatória (provavelmente pela forma como está organizada). Sabíamos que iria ser difícil mas tentámos ao máximo contrariar a história. Por isso, quando soubemos que íamos jogar contra um clube da 2.ª divisão (maioria do plantel profissional) sendo nós um plantel amador constituído por miúdos nascidos em 95/96, à excepção dos portugueses, sabíamos que iríamos ter uma “missão impossível”. Mas fizemos todos os esforços possíveis, eu e o Hugo fizemos centenas de km para ver o adversário jogar, perdemos horas na internet à procura de filmes, e até filmámos um jogo deles ao vivo com uma camara oculta. Tudo valeu para delinear a estratégia, que quase nos valia a vitória. Empatámos 2-2 nos 90 minutos mas depois infelizmente devido à nossa inexperiência marcámos um incrível autogolo que nos mandou para o prolongamento. Depois o banco deles com mais qualidade fez a diferença quando os nossos rapazes estavam já muito desgastados. Seja como for o terceiro golo deles no prolongamento foi com a mão, está filmado e é triste, mas valeu a atitude lutadora dos nossos rapazes. Foi o primeiro ano na Taça da Finlândia. Para o ano com mais experiência poderemos de novo tentar fazer história.
Quais são os objectivos para esta nova época?
O nosso grande objectivo é claro: subir de divisão de novo. Aliás como disse o ano passado, o projeto estabelecido é subir 3 divisões em 3 anos e penso estarmos no bom caminho. Eu, como treinador, gostaria de ter de novo o melhor registo defensivo possível. O ano passado acabámos a primeira volta com um só golo sofrido, se este ano conseguíssemos o mesmo seria incrível, assim, como seria fantástico, fazer de novo os 22 jogos só com vitórias. Sabemos que vai ser muito complicado, mas não custa nada tentar.
Primeira entrevista filmada da época de Diogo Nobre na Finlândia
https://vimeo.com/91400077
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