1.ª DIVISÃO DISTRITAL»» PAIO PIRES 0 BANHEIRENSE 0

Paulo Silva foi um gigante na baliza paiopirense

Banheirense só se pode queixar de si próprio...

Em jogo antecipado da 23.ª jornada do campeonato distrital da 1.ª divisão realizado no Campo Vale d’Abelha, Paio Pires e União Banheirense não conseguiram melhor que um empate a zero.

A repartição de pontos foi um mal menor para a equipa da casa que mostrou muita vontade mas poucos argumentos para conquistar algo mais ao contrário dos forasteiros que se revelaram mais fortes e estiveram sempre mais perto de alcançar os três pontos. Aos paiopirenses valeu em algumas ocasiões a falta de pontaria dos jogadores adversários e noutras a soberba actuação de Paulo Silva que, por duas ou três vezes, negou autenticamente o golo à formação da Baixa da Banheira.

O Paio Pires entrou com muita vontade, procurando assumir o jogo mas encontrou pela frente um adversário disposto a contrariar a intenção. O Banheirense controlava a zona do meio campo e tentava explorar as transições rápidas entretanto barradas pela forma assertiva como a defesa alvinegra ia actuando.

Até aos 20 minutos o jogo decorreu de forma mais ou menos equilibrada com a bola a andar sempre muito longe de ambas as balizas e a primeira situação de perigo acabou por surgir no minuto seguinte para o Banheirense com Honório a proporcionar uma grande defesa a Paulo Silva que, com um excelente golpe de rins, desviou a bola com a ponta dos dedos sobre a barra da sua baliza. O Paio Pires respondeu aos 28 minutos obrigando Andrade a uma boa intervenção mas até ao intervalo pouco mais digno de registo aconteceu.

Na segunda parte, a equipa da Baixa da Banheira pegou no jogo e o Paio Pires – que se revelou completamente inofensivo em termos atacantes, passou por momentos bastante complicados, valendo então a acção do experiente Paulo Silva que foi um dos grandes obstáculos da equipa adversária ao defender um remate de longe de Rafael Silva (62’), uma outra bola que levava o selo de golo (90+2’) e que foi evitada de forma espectacular e uma outra situação em que João Racha completamente isolada não o conseguiu desfeitear.

No final o empate premeia o labor e o empenho da equipa visitada que trabalhou bastante sobretudo no aspecto defensivo e ao mesmo tempo penaliza a formação visitante que só se pode queixar de si própria porque não conseguiu materializar em golos as diversas oportunidades criadas.

Na próxima jornada que se realiza já esta quinta-feira, dia 1 de Maio, o Paio Pires desloca-se a Setúbal para defrontar o C. Indústria e o Banheirense viaja até Alcochete onde joga com a equipa local.

João Marques e seus auxiliares realizaram um trabalho bastante aceitável. Começou por deixar jogar mas depois com o desenrolar do jogo e com o calor da luta que originou alguns lances mais rijos foi obrigado a agir de forma mais insistente no aspecto disciplinar. Demonstrou sempre muita serenidade, nunca deixou de ter o jogo na mão e no final todos ficaram satisfeitos com a sua actuação.



REPORTAGEM:

SÉRGIO ALEGRIA, treinador do Paio Pires:

“Perante este adversário, que foi forte, demos uma boa resposta”

“Jogámos contra uma equipa forte, que tem feito um bom campeonato e que vem da final da taça distrital. O Banheirense, foi uma equipa que nos causou sempre muitos problemas porque tem jogadores consistentes e muito rápidos. Na primeira parte fizemos um jogo muito equilibrado em que não houve domínio por parte de nenhuma das equipas. Depois sim, na parte final do jogo, numa altura em que ele já estava partido, houve uma tentativa por parte do adversário de explorar a velocidade dos seus jogadores mas por tudo aquilo que fizemos creio que não merecíamos ser derrotados. Continuamos a ter uma presença assídua de 22 / 24 jogadores nos treinos e esta dedicação deve ser recompensada com melhores resultados e com uma melhor posição na classificação porque não é fácil trabalhar com a falta de condições com que nos debatemos, nomeadamente a nível da iluminação. Neste momento estamos a trabalhar somente com metade do campo iluminado. E aqui, talvez a CMS pudesse dar um passo em frente com a colocação de máquinas para renovar a parte eléctrica no nosso campo. Precisamos de melhorar a estrutura e as condições de trabalho para que dentro do campo isso se reflicta em melhores resultados. Mesmo assim, perante este adversário que foi forte, demos uma boa resposta. Tenho pena que tenhamos conseguido apenas um ponto porque os três sabem sempre melhor”.




AMÂNDIO JESUS, Director Desportivo do Banheirense:

“Em minha opinião perdemos dois pontos”

”Em minha opinião perdemos dois pontos porque em termos de jogo jogado fomos superiores, a única equipa que quis ganhar o jogo e criámos mais oportunidades de golo, só que não as concretizámos e por vias disso fomos penalizados. A finalização foi a nossa grande pecha porque a haver um vencedor teria que ser o Banheirense. Viemos aqui para ganhar porque queremos manter o sexto lugar na tabela e jogámos para isso mas não conseguimos. Saímos daqui com a cabeça em baixo porque realmente não era este o resultado que pretendíamos. Em relação à arbitragem, não houve casos, penso que o João Marques esteve à altura dos acontecimentos e não teve qualquer influência no resultado. Uma falha ou outra não belisca em nada o seu trabalho. Está de parabéns”.


FICHA DO JOGO

Jogo no Campo Vale d’Abelha, em Paio Pires
ÁRBITRO: João Marques (Núcleo de Almada / Seixal), auxiliado por Rui Nunes e Eder Delgado

PAIO PIRES: Paulo Silva; Tiago Rosa, Márcio Duro (cap.), Rafael, Ruben; João Martins, José João, Paulo Fernandes, André Pinto (Fusco, 53’); Tiago Silva (Raposo, 60’) e Luís Almeida (João Brito, 70’).
Suplentes não utilizados: Frade, Daniel Sampaio, Paulo Jota, Michael
TREINADOR: Gonçalo Dórdio / Sérgio Alegria

UNIÃO BANHEIRENSE: Andrade; Inácio (João Pais, 55’), Hernâni, Euclides, Rafael Silva; Honório, Márcio Abu, Celestino; Morgado (Hugo Lúcio, 78’); Correia (João Racha, 55’) e Nico.
Suplentes não utilizados: Mário Morgado, Eliseu, Jorge Palma, Coelho
TREINADOR: Ricardo Pardal

Resultado final: 0-0
Disciplina: cartão amarelo para Celestino (12’), Rafael (20’), Euclides (62’), João Racha (65’), Raposo (67’), Ruben (73’), Morgado (76’), Fusco (81’), João Pais (90+1’).