Num lance de bola parada…
Foi uma vitória arrancada a ferros no último lance do jogo
Um golo marcado por Luís Conceição de livre directo no último lance do jogo (90+9’) deu a vitória ao Desportivo Fabril na partida que disputou no Campo da Boa Hora, com o Arrentela. Foi aquilo a que se pode chamar uma vitória arrancada a ferros numa altura em que poucos já acreditavam que pudesse vir a acontecer.
O Fabril entrou disposto a assumir o jogo e obrigou o guardião Maruilson s adua sboas intervenções, uma das quais na cobrande de um livre lateral. Respondeu o arrentela com uma excelente abertura de Paulo Costa para Hélder Leal que chegou um pouco atrasado. O Fabril volta a subir e na cobrança de um canto coloca outra vez à prova a qualidade de Maruilson. Tudo isto nos primeiros 10 minutos. A partir daqui, o Fabril passou a tomar conta do jogo e colocou-se em vantagem aos 13 minutos por intermédio de Nuno Nascimento que aproveitou da melhor forma a escorregadela de um adversário para inaugurar o marcador. A equipa do Lavradio sempre com um pendor bastante ofensivo ia fazendo uma boa circulação e o Arrentela sentia algumas dificuldades mas até ao intervalo o resultado não voltou a sofrer alteração.
Na segunda parte, o Arrentela entrou muito melhor e Vilar que havia sido lançado ao intervalo deu o primeiro sinal de perigo ao obrigar o guardião do Fabril a aplicar-se a fundo quando estavam decorridos apenas 54 minutos. Mais tarde, Paulo Costa isola-se e atira para defesa de Carlos Soares, o jogador do Arrentela volta a insistir e acaba por ser travado em falta pelo guarda-redes do Fabril que comete penalti, sendo expulso. Na cobrança do castigo máximo Paulo Costa atirou a contar restabelecendo igualdade. A jogar com menos um o Fabril passou um mau bocado até que Manuel Correia resolveu arriscar com a troca de um defesa (Letras) por um avançado (Cajó). O Fabril, mesmo em inferioridade numérica ia insistindo no ataque enquanto os arrentelenses tentavam a todo o custo segurar o empate. Atingidos os 90 minutos foram dados sete minutos de compensação mas como o jogo nesta altura sofreu várias interrupções o árbitro resolveu dar mais alguns minutos e foi já no período de compensação sobre compensação que o fabril chegou á vitória no livre cobrado por Luís Conceição que já na semana anterior havia também construído ma mesma forma a vitória da sus equipa no jogo então disputado com o Alcochetense.
A arbitragem de Micael Rechena foi de bom nível. Deixou jogar, aplicou bem a lei da vantagem e não teve grande necessidade de agir em termos disciplinares porque os jogadores também facilitaram a sua missão. No lance do penalti não tinha outra coisa a fazer e em relação ao tempo dado a mais a razão parece ter estado do seu lado porque na verdade os jogadores do Arrentela na tentativa de segurarem o empate queimaram demasiado tempo na parte final do jogo.
REPORTAGEM
JOÃO GÉMIO, jogador do Arrentela:
“Estamos com muita azia porque não merecíamos perder”
“Perder desta forma custa muito. Trabalhámos bem porque sabíamos o peso do adversário e perdemos mesmo no final já quando ninguém esperava, é o futebol. Na primeira parte houve algum domínio do Fabril mas a segunda parte foi totalmente dominada por nós. O tempo de descontos dado pelo árbitro foi de sete minutos e eles quando marcaram o golo da vitória já tinham passado dez. Depois de termos rectificado algumas coisas ao intervalo na segunda parte melhorámos bastante porque fomos à procura e acreditámos. O adversário respeitou-nos e nós fizemos o nosso papel. Nesta altura, no balneário, estamos com muita azia porque a equipa trabalhou muito contra um adversário de muita qualidade e não merecia perder. Temos que levantar a cabeça e continuar a trabalhar para conseguirmos o nosso objectivo que passa naturalmente pela manutenção”.
FLÁVIO, treinador-adjunto do Desp. Fabril:
“Foi uma vitória justa mas demasiado sofrida”
“Foi uma vitória alcançada a ferros no último lance do jogo mas devíamos ter feito mais para evitar esta situação. Com menos um, os jogadores tiveram o mérito de lutar e o esforço acabou por ser recompensado no final. Penso que é uma vitória justa pelo que fizemos contudo demasiado sofrida para o que gostamos de fazer. Na primeira parte tivemos o controlo total do jogo, fizemos o golo aos 13 minutos e poderíamos ter aumentado logo a seguir mas não fizemos e o tempo foi passando. Na segunda parte, o Arrentela viu que podia arrancar um pontinho e arriscou um bocadinho mais. Nós, tivemos algumas desatenções e numa delas sofremos um penalti que resultou no golo do empate e ficámos com menos um jogador; foram logo dois tiros de uma só vez. Mas, de qualquer forma, os jogadores estão de parabéns pela forma como se entregaram ao jogo e o Arrentela também pelo seu empenho, só é pena que tenha causado muita perca de tempo perto do final. Estamos naturalmente contentes com a vitória porque nos deu mais três pontos rumo ao objectivo”.
FICHA DO JOGO
Jogo no Campo da Boa Hora, em Arrentela
ÁRBITRO: Micael Rechena (Núcleo de Almada / Seixal), auxiliado por João Marques e João Domingos
ARRENTELA: Maruilson; André Antunes, João Gémio, Marco Dias, Jorge Santos (cap.); David Pombeiro, Flaviano (Samuel, 90’), Nhaga (Migas, 90+4’), Paulo Costa; Miguel Abreu e Hélder Leal (Vilar, 45’).
Suplentes não utilizados: Jesus, Brito, Abreu e Gonçalo
TREINADOR: Lívio Semedo
DESP. FABRIL: Carlos Soares; Adérito, Conceição, Mário Loja, Paulo Letras (Cajó, 72’); Espanta (cap.), Miguel Pimenta, Serginho (Banana, 56’); Joel (Bonifácio, 65’), Tiago Correia e Nuno Nascimento.
Suplentes não utilizados: Pablo, César, Miguel Lampreia e Catarino
TREINADOR: Manuel Correia
Ao intervalo: 0-1
Marcador: 0-1, Nuno Nascimento (13’); 1-1, Paulo Costa (66’) gp.; 1-2, Luís Conceição (90+9’).
Disciplina: cartão amarelo para Marco Dias (90+7’). Cartão vermelho a Carlos Soares (63’).
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