Honório com um golo marcado na primeira parte do prolongamento colocou o Banheirense na final
O seu adversário vai ser o Amora que na outra meia-final derrotou, em casa emprestada (Campo da Boa Hora, em Arrentela), o Alcochetense por duas bolas a uma.
O tempo chuvoso que se fazia sentir não deixou o relvado nas melhores condições e os jogadores que se ressentiram disso não produziram futebol de grande qualidade. Por essa razão, e face às circunstâncias, pode dizer-se que foi um jogo sobretudo de muita luta.
O Almada, com a expulsão do seu capitão de equipa por acumulação de amarelos no início da segunda parte ficou com a tarefa mais complicada. A equipa da Baixa da Banheira ficou em superioridade numérica mas mesmo assim o resultado manteve-se inalterável até ao final do tempo regulamentar.
O golo que colocou o Banheirense na final foi marcado por Honório quando estavam decorridos seis minutos da primeira parte do prolongamento.
A OPINIÃO DOS TREINADORES:
RICARDO PARDAL, treinador do Banheirense:
“Podíamos ter resolvido muito mais cedo
a passagem à final”
“Vitória
justíssima da minha equipa. Dominámos do princípio ao fim, podíamos ter
resolvido muito mais cedo a passagem à final. Falhámos golos inacreditáveis e jogámos
todos os 120 minutos ao ataque, com o Almada fechado lá atrás à procura de um
lance de bola parada para tentar chegar à nossa baliza. Fomos a única equipa
que jogou para ganhar, sem medos, sem receios, que teve 75% posse de bola, que
teve a atitude competitiva que se exige numa meia-final, que tudo fez para
vencer esta partida e que chegou à vitória sem qualquer contestação. Quem
esteve a assistir ao jogo, viu o Banheirense ao ataque do princípio ao fim. É
esta a nossa forma de jogar e foi desta forma que com todo o mérito estes
atletas deram uma alegria enorme aos Banheirenses. Aconteça o que acontecer
daqui para a frente ficam na história deste clube. Não posso deixar passar em
claro o facto do treinador do Almada (clube que me merece o maior respeito) me
ter faltado ao respeito e que não admita que nós fomos muito, mas mesmo muito
melhores. Somos uma equipa técnica jovem, mas não somos nem parvos nem ingénuos
e muito menos incompetentes. Ficava-lhe bem ter reconhecido a nossa
superioridade (já no jogo do campeonato não o fez) e não tentar arranjar
desculpas esfarrapadas com a arbitragem, que sinceramente teve uma actuação a
roçar a perfeição. Uma equipa que não consegue criar perigo, nem ter bola, a
culpa pode ser de todos, menos do árbitro. Um obrigado a todos os Banheirenses
pelo apoio, têm sido fantásticos e um agradecimento especial a um treinador que
me marcou profundamente e ao qual quero dedicar esta vitória, Mister Mário
Parreira”.
ÉLIO SANTOS, treinador do Almada: (em actualização)
“Penso
que acertaram em cheio na expulsão do Cirilo”
“Jogo
disputado de forma intensa e muito correcta com as duas equipas a mostraram que
queriam estar na final. Divido o jogo em duas partes completamente distintas; a
primeira, até sensivelmente até aos 60 minutos altura em que aconteceu a expulsão
do Cirilo. Até aí, o Almada havia demonstrado grande determinação em querer
chegar ao golo, embora tivesse sido grande a intensidade do adversário. Nós,
nunca virámos a cara, nunca fomos uma equipa recuada e nunca baixámos as linhas
no sentido de defender o resultado e tivemos duas ou três oportunidades já
mesmo com 10 jogadores. Depois, os restantes minutos foram realmente muito
complicados porque o Banheirense é uma equipa muito intensa que joga um futebol
muito directo e que causa um certo desgaste a qualquer adversário. Portanto, se
já era complicado jogar de 11 contra 11, com 10 ainda ficou pior. Penso que
acertaram em cheio na expulsão porque o Cirilo é um jogador nuclear que pauta
todo o jogo ofensivo da equipa, o homem das bolas paradas e tem características
que qualquer treinador gostaria de ter. Mas, nem mesmo assim deixámos de demonstrar
vontade de ganhar e a prova disso é que metemos dois pontas de lança e um médio
ofensivo a cerca de 15 minutos do fim. Não queríamos ir para prolongamento e
acabámos por perder com um golo sofrido no meio de uma grande confusão, depois
de um outro jogador do Banheirense ter aparecido na cara do guarda-redes de
forma algo estranha. Nos últimos minutos ainda tentámos chegar ao golo mas não conseguimos.
Terei que dizer que a vitória do Banheirense é justa porque quem vence merece
sempre ganhar mas fiquei triste pela forma como não conseguimos disputar os 120
minutos em igualdade de circunstâncias. A vida continua e por isso vamos
começar já a pensar no próximo adversário que é o Arrentela. Independentemente
dos incidentes registados no final, quero desejar felicidades à equipa de
arbitragem que fez um bom trabalho muito embora em minha opinião não tivesse
estado bem na expulsão do Cirilo. Poderia ter tido uma atitude diferente porque
se tratava de uma meia final”.
FICHA DO JOGO
Jogo no Complexo Municipal do Vale da Amoreira, na Baixa da Banheira
ÁRBITRO: Paulo Rodrigues (Núcleo
do Barreiro)
BANHEIRENSE: Andrade, Zaga (Mário,
45’), Hernâni, Coelho (cap), Euclides (Nico, 75’), Abu, Tiago (Lúcio, 67’) Celestino,
Racha, Morgado, Honório (Pais, 97’)
TREINADOR: Ricardo Pardal
ALMADA: ALMADA: Madureira;
Chaves, Carlos Soares, Bruno Mareco, Chiquinho; Nicolau, Cirilo, Dinis; Bruno
Pais (Paulo Tavares, 73’), Luís Costa (Williams, 75’) e Fábio Nunes (João do
Carmo, 75’).
TREINADOR: Élio
Santos
Ao intervalo: 0-0
No final do tempo regulamentar: 0-0
Marcador: 1-0, Honório (96’)
Sem comentários:
Enviar um comentário