ALCOCHETENSE ACREDITOU ATÉ AO FIM
Em partida complicada disputada no Campo da Bela Vista, o Alcochetense não foi além de uma igualdade frente ao Comércio Indústria, atrasando-se na luta pela promoção.
E foi a equipa da casa que começou a criar problemas a Marco Nunes, com Carrilho a rematar para o guardião alcochetano defender com dificuldade. Dois minutos depois o Comércio Indústria coloca-se na frente do marcador através de livre apontado por Rui Faria, com o guarda-redes alcochetano a ser traído pelo ressalto do esférico, fruto das más condições do relvado.
A partir daqui a equipa visitada baixa as suas linhas e dá ao adversário o controlo do jogo. Aproveita o Alcochetense para reagir ao golo sofrido, não permitindo que o seu adversário até ao fim do primeiro tempo, colocasse mais alguma vez em perigo a sua baliza. Uma mão cheia de ocasiões para o Alcochetense poderia fazer com que o jogo fosse para o intervalo com outros números, não estivessem os homens mais avançados dos alcochetanos tão perdulários e o guarda-redes Rafa a realizar uma série de grandes defesas, negando o golo ao adversário. Se Ricardo Dâmaso (11’ e 22’), Piqueira (21’) e Alex Serafim (24’ e 44’) tivessem sido mais eficientes teriam dado outra expressão ao marcador.
Nota para a expulsão do técnico Carlos Ribeiro ainda antes do intervalo por palavras dirigidas ao auxiliar do lado dos bancos.
A vantagem mínima a favor da equipa da casa com que se atingiu o intervalo, era penalizador para o Alcochetense.
Para os segundos quarenta e cinco minutos, esperava-se uma nova reacção dos homens de Alcochete face à desvantagem no marcador. No entanto, é a equipa da casa que dá o primeiro sinal de perigo, por duas vezes, aproveitando duas desconcentrações defensivas dos verde e brancos. E se Gonçalo na primeira ocasião (46’) atira o esférico ao poste, com Marco Nunes batido, na segunda (59’) o mesmo jogador não falha e coloca a sua equipa em vantagem por dois golos. Depois, só deu Alcochetense com o técnico Quim Serafim a alargar a sua frente de ataque com a entrada sucessiva de mais três homens (Tiago Carvalho, 54’; Marco Véstia, 59’ e Peter Caraballo, 76’), ainda antes de se atingir o quarto de hora final, altura em que a equipa visitante reduziu a desvantagem, através de uma grande penalidade (69’) cometida sobre Marco Véstia. Ricardo Dâmaso chamado a bater o castigo, permite a defesa a Rafa. Era a formação de Quim Serafim que o procurava o golo, perante um adversário que se limitava a defender no seu meio-campo. O primeiro golo do Alcochetense chegou por Djão aos 73’ após assistência de Peter Caraballo e quase ao mesmo tempo a equipa da casa fica reduzida a dez unidades por expulsão de Rui Faria (74’). A partida caminhava para o final e os verde e brancos acreditavam que era possível reverter o resultado. E se não o conseguiram na totalidade, tiveram o espirito de sacrifício para chegarem á igualdade e dividirem os pontos em disputa, através de um golo de Venâncio marcado aos 81’ após excelente cruzamento de Ricardo Dâmaso.
O empate com que se atingiu o final do encontro, é um mal menor para o Alcochetense, deixando a equipa da casa com os nervos em franja, contestando muito o trabalho da equipa de arbitragem.
Não fazendo um grande trabalho, longe disso, a juíza Sílvia Domingos teve grandes dificuldades pra segurar o jogo. Errou em alguns juízos tanto técnicos como disciplinares e acabou a partida a ser bastante contestada pela equipa da casa.
A OPINIÃO DOS TREINADORES:
CARLOS RIBEIRO, treinador do Comércio Indústria:
“Assim é impossível fazer melhor”
“Creio que este jogo merecia uma melhor equipa de arbitragem, mais condizente com a qualidade das duas equipas que estiveram aqui presentes. Posso dizer aos sócios do Comércio Indústria que podem continuar a confiar nestes jogadores. Continuamos todas as semanas a levar com equipas de arbitragens destas. Assim é impossível fazer mais e melhor”.
JOAQUIM SERAFIM “QUIM”, treinador do Alcochetense:
“O resultado é curto para as nossas pretensões”
“Hoje a minha equipa começou incaracterística porque não pressionou e acabámos por ter que andar atrás do prejuízo. Arriscámos tudo na fase final do jogo. O resultado é curto para as nossas pretensões mas após estarmos em desvantagem por dois a zero, no final até acabou por ser positivo”. Quando questionado sobre o atraso na luta pela promoção, disse: “Está mais complicado, mas ainda há muito campeonato. Vamos esperar pelos outros resultados e, continuar a trabalhar e a batalhar para irmos atrás do nosso sonho que é a promoção”.
PAIS CORREIA
FICHA DO JOGO
Jogo no Campo da Bela Vista, em Setúbal
ÁRBITRO: Sílvia Domingos (Núcleo de Almada / Seixal), auxiliada por Tiago Rodrigues e Jorge Sinquenique
C. INDÚSTRIA: Rafa; Ivo, Nuno, Filipe, Madruga; Fábio, Tavira, Rui Faria, Daniel (Sousa, 90+1’), Abdul; Carrilho (Gonçalves, 72’) e Gonçalo (Pedro Santos, 79’).
Suplentes não utilizados: Nelo, Miguel, Trabuca e Luís Costa.
TREINADOR: Carlos Ribeiro
ALCOCHETENSE: Marco Nunes; Óscar, Piqueira (Peter Caraballo, 76’), Pedro Batista, Venâncio; Alex Serafim, Ricardo Dâmaso, Djão; Zé Pedro (Marco Véstia, 59’), Cunha e Tiago Feiteira (Tiago Carvalho, 54’).
Suplentes não utilizados: Miguel Brás, Gil Costa, Queijinho e Gonçalo.
TREINADOR: Joaquim Serafim (Quim)
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: 1-0, Rui Faria (8’); 2-0, Gonçalo (59’); 2-1, Djão (73’); 2-2, Venâncio (81’).
Disciplina: Piqueira (44’), Filipe (44’), Pedro Batista (52’), Ivo (57’), Alex Serafim (60’), Madruga (63’), Nuno (69’), Rui Faria (69’ e 74’), Carrilho (69’) e Pedro Santos (82’). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Rui Faria (74’).
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