ARRENTELA QUEIXA-SE FORTEMENTE DA ARBITRAGEM
O Arrentela, que vinha de um empate obtido na jornada anterior em Almada, não conseguiu evitar a derrota na partida que realizou em casa com o C. Indústria.
Dois golos marcados nos últimos minutos deram a vitória à equipa sadina numa partida que ficou marcada por muitas queixas dos arrentelense que ficaram reduzidos a 10 unidades por expulsão de Tiago Pereira, um minuto depois de ter desperdiçado uma grande penalidade por Paulinho. Para além, destes factos o Arrentela adianta também que o golo do empate foi marcado numa altura em que o auxiliar tinha a bandeirola levantada a assinalar fora de jogo ao avançado da equipa sadina e lamentam que o golo que ditou a derrota fosse marcado nove minutos depois dos noventa quando o árbitro havia dado apenas sete de compensação.
Depois de uma primeira parte sem golos e apesar de jogar com menos um elemento o Arrentela entrou melhor na segunda metade e adiantou-se no marcador por intermédio de Ruben Yago, aos 60 minutos. A equipa setubalense empatou aos 85 [da forma já descrita] e alcançou a vitória já para além do tempo de compensação dado pelo árbitro que certamente terá dado mais compensação sobre compensação.
Na próxima jornada, o Arrentela desloca-se a Santiago do Cacém e o C. Indústria recebe o Amora, no Campo da Bela Vista.
A OPINIÃO DOS TREINADORES:
LÍVIO SEMEDO, treinador do Arrentela:
“Assim que marcámos o golo o campo começou a inclinar”
“A primeira parte foi mal jogada de parte a parte mas com algum sinal mais do C. Indústria. Nós entrámos no jogo algo apáticos e através dessa apatia o Comércio Indústria ganhou alguma posse de bola, supremacia e teve alguns remates de longe que o nosso guarda-redes foi defendendo. Tivemos uma grande penalidade a nosso favor perto do final da primeira parte mas não concretizámos. E aqui tenho que assumir a responsabilidade da falha do meu jogador porque através das observações feitas o guarda-redes normalmente atirava-se para o lado direito e eu pedi ao jogador que atirasse para o lado contrário só que ele adivinhou e acabou por defender. Fomos para o intervalo com 0-0 mas apenas com 10 jogadores por expulsão, sem nexo, de Tiago Pereira aos 35 minutos, num lance completamente dividido numa bola que vem pelo ar. Na segunda parte entrámos muito bem e conseguimos colocar-nos em vantagem aos 60 minutos mas a partir daí o campo começou a inclinar completamente, com o árbitro a tomar atitudes em desfavor do Arrentela como foi o caso do golo do empate que surgiu a cinco minutos do fim numa altura em que o auxiliar está com a bandeirola levantada a assinalar fora de jogo e o árbitro a sancionar o golo. Depois o árbitro dá sete minutos de compensação e o C. Indústria marca o golo da vitória já com nove minutos depois dos noventa”.
“O que se está a passar é vergonhoso”
No final da partida, Lívio Semedo não escondia a sua indignação relativamente às arbitragens nos últimos jogos da sua equipa.
“Estou há quatro jogos no Arrentela, o primeiro que fiz foi em Alcochete que ganhou sem qualquer interferência do árbitro mas sim pela qualidade dos seus jogadores, já o mesmo não posso dizer dos outros três; ou seja, com o Alfarim, Almada e agora com o C. Indústria, que foi uma arbitragem tendenciosa e vergonhosa. Não sei se tem algo a ver com o que se passou na primeira jornada em Alfarim mas a verdade é que há uma diferença abismal no tratamento do Arrentela em relação às equipas adversárias. Ficamos sistematicamente com 10 jogadores e em Almada acabámos mesmo com 9, em lances que nem para amarelo era quanto mais para vermelho. Parece que o Arrentela é uma equipa de indisciplinados e na verdade não é nada disso que acontece. Eu, desde que cheguei, tenho pedido aos jogadores que se preocupem apenas em jogar à bola e cumpram o que lhes peço, mas assim com tantas injustiças torna-se difícil levantar aquelas cabeças. Se querem mandar o Arrentela para a 2.ª Divisão que digam, escusa o presidente e o clube de andarem a gastar dinheiro e escusamos nós de andar a perder tempo. O que se está a passar é vergonhoso e a própria Associação ao nomear um árbitro de Setúbal para um jogo do C. Indústria parece que está a pactuar com toda esta situação”.
CARLOS RIBEIRO, treinador do Com. Indústria:
“Os golos só surgiram no fim mas podiam ter acontecido no início”
“Foi um jogo característico de duas equipas que se encontram no fundo da tabela. As equipas estavam receosas uma da outra. Mas, mesmo assim, nós entrámos melhor e estivemos sempre por cima na primeira parte. Na segunda eles foram melhores, mesmo estando a jogar com menos um jogador, defenderam melhor e souberam esperar pelo erro. Por aquilo que fizemos nos primeiros 35 minutos merecíamos ir para o intervalo em vantagem. E, se isso acontecesse eles dificilmente iam recuperar porque a minha equipa quando se apanha em vantagem é muito forte. No meu entender foi um jogo equilibrado mas fraquinho que teve um justo vencedor. Os golos só surgiram no fim mas podiam ter acontecido no início porque também aí tivemos boas hipóteses. Talvez tenha sido uma vitória conseguida com alguma dose de felicidade mas também noutras situações tínhamos sofrido vários golos nos descontos. Portanto, algum dia tínhamos que ser premiados. Como trabalhamos, de vez em quando também merecemos ter essa felicidade”.
FICHA DO JOGO
Jogo no Campo da Boa Hora, em Arrentela
ÁRBITRO: Tiago Marques (Núcleo de Setúbal)
ARRENTELA: Jesus; Antunes, João Gémio, Marco Dias (ex-Pinhalnovense), Jorge Santos; Brito, Paulinho (Sanches, 87’), Ruben Yago (Dário, 90’); David Pombeiro (Vilar, 75’), Tiago Pereira e Abreu.
TREINADOR: Lívio Semedo
C. INDÚSTRIA: Rafa; Ivo, Filipe, Pedro Santos, Madruga; Tavira (Sousa, 45’), Miguel (Luís Costa, 75’), Daniel, Abdul (Carrilho, 65’); Bruno Gonçalves e Gonçalo.
TREINADOR: Carlos Ribeiro
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: 1-0, Ruben Yago (60’); 1-1, Bruno Gonçalves (89’); 1-2, Sousa (90+9’).
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