“Se o treinador entender poderei estrear-me em Sesimbra”
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Bergsoy vs Volda
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O jogador, de 25 anos, esteve na Noruega ao serviço do Bergsoy IL, clube da 3.ª Divisão, treinado por Hugo Vicente (ex-Paio Pires, Benfica e Sp. Braga), que concluiu o campeonato em 4.º lugar à frente de algumas equipas B de clubes da 1.ª Divisão. Para além de jogador, Gonçalo Salgueiro exerceu também com sucesso as funções de treinador, tendo, a sua equipa, a de Iniciados, terminado o campeonato de Outono em segundo lugar.
A experiência foi positiva e a hipótese de continuar por lá ficou em aberto mas no seu regresso a Portugal surgiram outras perspectivas de vida e optou por continuar por cá e desta forma regressar ao Beira Mar de Almada, clube que havia representado nas últimas três temporadas.
Mas, vamos então saber mais alguns pormenores sobre este seu regresso ao Campeonato Distrital da 1.ª Divisão e em particular ao clube almadense que procura melhorar a sua posição na tabela classificativa. Não temos dúvidas que se trata de um excelente reforço para a equipa orientada por João Luís, dada a sua qualidade e experiência como jogador
“O que ganhava na Noruega, se fosse em Portugal, era um grande ordenado”
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Treinador da equipa de Iniciados (G-13)
Bergsoy IL
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Bem, depois de tudo o que de bom se passou na Noruega se calhar muitos não vão compreender esta opção. Foi uma opção pessoal. Como vos tinha dito, quando vim, ainda não sabia se vinha para ficar. Acontece que, economicamente o que ganhava na Noruega, se fosse em Portugal era um grande ordenado. Mas, sinceramente, tanto eu como o Fábio, não sabíamos era que podíamos gastar tanto como se gastava. Ou seja; de um grande ordenado, o que ficava para nós era quase nada e quando fizemos as contas, chegámos à conclusão que não compensava estar tão longe do nosso país. Também houve algumas falhas de comunicação nas habituais “promessas” e claro, tudo isso nos fez pensar. É óbvio que lá na Noruega poderíamos “subir” na carreira dado a qualidade do futebol naquele país não ser tão elevada como em Portugal. Mas, quando vim para Portugal fui a uma entrevista de emprego numa grande empresa da minha área e tive a sorte de ser chamado. E aí, ficaram desde logo desfeitas todas as dúvidas. O regresso ao Beira Mar aconteceu porque foi um clube que sempre gostei, desde que o passei a representar, tal como a grande maioria dos clubes por onde passei, nomeadamente o Paio Pires onde joguei com o mister Hugo. Este foi também um clube onde os adeptos me recebem muito bem e onde toda a gente gosta de mim. Mas, voltando ao Beira Mar, é um clube onde tenho alguns dos meus melhores amigos, como o Barral e o Ivo. Foi isto que me levou a optar pelo Beira Mar, apesar de ter havido algumas propostas monetariamente mais aliciantes.
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Jogo Larsnes vs Bergsoy
IL em que Gonçalo Salgueiro, fez 2 assistências
e sofreu uma entrada dura que deu vermelho directo a um jogador do Larnes na vitória por 3-2 do Bergsoy no terreno do grande rival. |
Quando voltei da Noruega a minha ideia não era parar porque me queria manter activo. Por isso, procurei fazer logo alguns treinos com a equipa do Beira Mar embora soubesse que se viesse a ficar só poderia ser inscrito em Janeiro. Quase não tive férias. Mal o campeonato da época passada acabou fui logo para a Noruega apanhando o campeonato a meio, começando logo a jogar uma semana depois de lá ter chegado. Foram muitos jogos nas pernas e quando vim trazia um problema na virilha. Fui obrigado a parar cerca de mês e meio. Assim sendo, só comecei a treinar já no final de Dezembro.
“Estou apto para jogar e pronto para ajudar”
Já estás apto para jogar?
Sim. Apto para jogar e pronto para ajudar. No Beira Mar, sou mais um a ajudar para que a equipa no final da época acabe o campeonato de cabeça erguida e com os objectivos cumpridos. E, como quem manda é o treinador, só quando sair a convocatória saberei se vou ou não estrear-me na próxima jornada, no jogo que temos em atraso, contra o Sesimbra.
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| Gonçalo Salgueiro domina a bola num derby com o Almada |
Essa é uma pergunta muito difícil. Eu gosto muito do nosso país e de viver em Portugal mas acho que tudo depende da situação económica do país e, claro, de aparecer ou não uma boa proposta. Gosto muito do nosso país mas acho que devemos estar sempre preparados para tudo. Por isso, só o tempo dirá.
Gostaste da experiência?
Sim. Como já tinha dito, foi uma experiência que vai marcar para sempre a minha vida. Queria deixar um agradecimento a todos os amigos e colegas de equipa que lá deixámos e com os quais ainda mantemos contacto (e espero que assim continue), aos jogadores da equipa de iniciados que treinámos, com os quais ainda mantemos contacto também. Às pessoas do Bergsoy que fizeram tudo o que estava ao seu alcance para me manter; ao mister Hugo, que apostou em mim e que mais uma vez conseguimos cumprir todos os objectivos e a nível individual fazer bons jogos, com ele no comando; ao Fábio, que foi o meu parceiro de todas as horas e que também optou por não continuar pelas razões que já foram tornadas públicas; e, claro, à minha família e namorada que sempre me apoiaram em todas as decisões.
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