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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

PORTUGUESES LÁ POR FORA… HUGO FIRMINO está em Angola

Começou a jogar no Beira Mar de Almada

“Esta talvez tenha sido uma das melhores épocas da minha carreira”

Hugo Firmino, tem 24 anos, é avançado [ponta de lança], começou a jogar futebol no Beira Mar de Almada, clube que ainda chegou representar no escalão de seniores, já passou por diversos clubes [Torreense, Encarnacense, Anagennisis (Chipre), Odivelas, Portosantense, Moura] e actualmente está em Angola ao serviço do Recreativo da Caála, depois de na época anterior ter representado o Interclube.


O jogador, que faz parte da equipa treinada por Ricardo Formosinho, tem feito boas exibições no “Girabola” e, porque tem dupla nacionalidade, esta época esteve perto de fazer parte da selecção angolana nas qualificações para a Taça CHAN , CAN Africano e na qualificação para o Campeonato do Mundo, no jogo com a Libéria. Alguma burocracia relacionada com a documentação não tornou possível a sua estreia mas tudo indica que a primeira internacionalização estará para breve.

Vamos então ficar a conhecer melhor Hugo Firmino mais um futebolista oriundo de um clube da margem sul do Tejo a brilhar no estrangeiro.


“Foi no Beira Mar de Almada que comecei”


Ainda se lembra dos tempos em que jogou no Beira Mar de Almada?
Sim, claro que sim. Foi exactamente no Beira Mar de Almada que iniciei a minha carreira. Só tenho que estar grato a todos os que me acompanharam e me meteram no caminho certo. O mister Ricardo Estrelado naquela altura foi como um pai porque acreditou em mim e com 16 anos estava na equipa principal.

Pode então dizer-se que o clube almadense foi o ponto de partida para mais altos voos?
Nem mais nem menos. Foi lá que fiz a minha a primeira época como sénior. Fui aprendendo com os mais velhos, ouvindo os seus conselhos que foram muito importantes para chegar onde cheguei hoje.


No Chipre pela mão de Cafú


De todos os clubes que representou sobressai uma passagem pelo Chipre. Foi positiva essa experiência?
Sim, foi positiva. Fui para lá através do meu amigo Arlindo Gomes Semedo "Cafú” e gostei bastante. Apesar de ser um clube de segunda divisão praticava-se por lá bom futebol. Gostei do país, da sua qualidade de vida e de tudo em geral .

E em Angola, já está há duas épocas, primeiro no Interclube e depois no Recreativo da Caála. Está a gostar do Girabola?
Sim, estou muito satisfeito por participar num campeonato como o Girabola que de ano para ano tem vindo a aumentar de qualidade devido à contratação de jogadores de topo, como é o caso do Rivaldo, do Meyong, e outros. Estou a gostar e a crescer como jogador o que para mim a nível pessoal é também muito bom.



“Estamos nas meias-finais da Taça de Angola”


O campeonato está quase no fim e o seu clube está sensivelmente a meio da tabela. Isso quer dizer que o campeonato não está a decorrer da forma desejada?
É verdade que estamos a meio da tabela mas podíamos estar um pouco melhor. Acontece, porém, que esta época algumas das equipas teoricamente mais fracas, estão a surpreender, semana após semana. De qualquer modo, estamos a realizar um campeonato mais ou menos tranquilo com os objectivos alcançados. Agora estamos em busca da final da Taça de Angola. Ontem, quarta-feira, 23 de Outubro, derrotámos o Rec. Libolo por 1-0 e garantimos a passagem às meias-finais da competição onde estão também o Petro de Luanda, o Interclube e o Desp. Huíla.

E em termos individuais, tem corrido bem?
Em termos individuais, talvez tenha sido das melhores épocas que realizei até agora na minha carreira. Tenho feito grandes exibições, apesar de ter quebrado um pouco nesta recta final. Fui titular em 32 jogos [26 no campeonato, 5 na Taça CAF e 1 na Taça de Angola], tenho três golos marcados e 19 assistências para golo, em todas as competições.


“Tenho propostas de Angola e do estrangeiro”


Ricardo Formosinho, quando treinava em Portugal, era um treinador bastante exigente. Continua a ser assim?
Sim, é um treinador exigente, mas isso faz-nos melhorar. Todo o jogador trabalha para ser melhor e eu não fujo à regra. Gosto de jogar com a pressão de que não posso errar assim sinto-me mais responsável e por vezes isso faz a diferença. Quem erra menos é sempre melhor do que quem mais erra.

O seu futuro como jogador passa por Angola ou nos seus horizontes está uma mudança de ares?
Tenho algumas propostas formais tanto aqui de Angola como do estrangeiro mas tenho mais um ano de contrato com o Recreativo da Caála. Portanto, o mais provável é que continue por cá. Ainda assim, e apesar de estar a gostar de Angola tenho também a ambição de poder ganhar outras experiências. Veremos o que acontece. O futuro a Deus pertence.






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