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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

C. PIEDADE»» Sérgio Bóris após a eliminação do Portimonense

Foi algo que tão cedo não esquecerei

“ No final do jogo vi gente a chorar no estádio agarrada aos jogadores”

* V. Guimarães é o adversário desejado


Sérgio Bóris na conferência de imprensa...
O Clube Desportivo da Cova da Piedade escreveu no passado domingo em Portimão mais uma página da sua brilhante história ao eliminar a equipa da casa num jogo cheio de grandes emoções vivido intensamente até ao último segundo do jogo.

A equipa treinada por Sérgio Bóris esteve exemplar e com uma exibição muito bem conseguida conseguiu afastar da competição nada mais nada menos que uma das equipas melhores classificadas da 2.ª Liga.

Quando João Marreiros defendeu o penalti cobrado pelo japonês Kanazaki foi o delírio tanto dentro como fora do campo e o caso não era para menos porque feitos destes não acontecem com muita frequência.

Para saber como os piedenses viveram os momentos seguintes à vitória e como decorreu a viagem de regresso à Cova da Piedade falámos com o homem que conseguiu por a máquina a funcionar em pleno; ou seja, com Sérgio Bóris que abordou também outras questões como por exemplo o próximo compromisso para o campeonato com o Moura e o seu desejo quanto ao adversário que gostava de ter na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal.


Mensagens, telefonemas e cânticos…


A festa começou após a defesa de João Marreiros no último penalti...
Como é que o grupo de trabalho viveu os momentos seguintes à vitória alcançada sobre o Portimonense e como decorreu a viagem de regresso à Cova da Piedade?
Foi tudo vivido com muita intensidade porque o jogo foi decidido no último momento, (penalty). Foi bonito, e ao mesmo tempo, um prémio justo para quem trabalha como estes jogadores fazem. A viagem decorreu entre mensagens e telefonemas de parabéns, e sempre com muita festa e cânticos à mistura.


Agora, certamente já refeito de todas as emoções, o que há ainda para dizer sobre a eliminação do Portimonense?
Olhando para trás, digo-lhe que este é um momento em que sentimos que valeu a pena porque fizemos muita gente feliz e vimos gente a chorar no estádio no final do jogo agarrada aos jogadores, foi algo que tão cedo não esquecerei. Em Portimão, prolongámos esta história e conquistámos o direito de viver mais um capítulo, fundamentalmente graças a um grupo fantástico de jogadores.


“Foi bonito, foi bom, mas o nosso caminho não acaba aqui”

Que influência pode ter esta vitória para o resto do campeonato. Será que os adversários vão olhar agora para o C. Piedade de outra forma?
Parece-me que mais importante que a forma como os adversários vão olhar para nós é importante a forma como nós vamos responder a este momento de sucesso. Foi bonito, foi bom, mas já passou e o nosso caminho não acaba aqui. Domingo temos um jogo em Moura, onde temos dois caminhos; ou confirmamos competências e começamos a fazer do resultado positivo o nosso vício, ou facilitamos, baixamos índices de motivação, de concentração e de organização, e aí vamos dar razão a quem diz que esta vitória foi fruto apenas da sorte. Tenho a certeza que este plantel deseja tanto este jogo em Moura como desejou o jogo em Portimão.


A satisfação da equipa técnica...
O desejo de defrontar o V. Guimarães



E, em relação à Taça de Portugal, que adversário gostaria de defrontar na próxima eliminatória?
Quem me conhece sabe da simpatia que tenho pelo Vitória de Guimarães. Portanto, e ainda por cima conhecendo o seu técnico, gostava de ter a oportunidade de pode-los eliminar (sorrisos). Caso não se concretize o meu desejo, que venha qualquer equipa da 1ª liga, em nossa casa, porque o Cova da Piedade merece viver um momento desportivo desses.




Acha que esta vitória lhe pode abrir as portas dos campeonatos profissionais?
Não acredito que sucessos pontuais nos possam trazer grandes oportunidades. O percurso faz-se caminhando e é isso que tanto eu como todos aqueles que trabalham todos os dias comigo [e sem eles nada disto teria acontecido], temos feito. É o percurso que define o que somos, o que valemos e até onde podemos chegar. Os sonhos não são só para serem sonhados, são também para serem vividos, foi esta a frase que acompanhou todo o grupo em Portimão e é essa a frase que todos os dias acompanha a minha carreira e o meu dia-a-dia.


Jogadores festejam com os adeptos que acompanharam a equipa... 

“É importante mudar o chip”


E qual a antevisão para o jogo de domingo?
Vai ser um jogo onde o principal adversário podemos ser nós mesmo porque vimos de um fim-de-semana louco, cheio de emoções fortes e com vivências novas para muitos destes jogadores. É importante mudar o chip e percebermos que o que fizemos foi bom, histórico, mas que a história não acaba aqui e que domingo em Moura há mais para conquistar.

Fotos: Ana Borralho / Voz do Portimonense

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