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quinta-feira, 11 de julho de 2013

BEIRA MAR DE ALMADA»» João Luís faz o balanço da época passada

“Poderíamos ter feito uma das melhores classificações dos últimos vinte anos

O Beira Mar de Almada já está a planificar a nova época desportiva tendo em vista as competições onde vai participar.

A primeira equipa a iniciar o trabalho, no dia 29 de Julho, será a de juniores que mais uma vez vai disputar o campeonato nacional da 2.ª divisão. Depois será a vez dos juvenis no dia 19 de Agosto, os iniciados a 26 de Agosto e finalmente no dia seguinte os seniores.

Falar do futuro é ainda um pouco prematuro. Por isso, convidámos o treinador da equipa de seniores e coordenador do futebol juvenil, João Luís para fazer uma breve abordagem sobre aquilo que foi a temporada anterior. Começámos por falar da carreira da equipa sénior que andou durante bastante tempo colado ao grupo dos primeiros mas também não nos esquecemos do futebol juvenil.

  Jogar bem por vezes não chega

 Qual o balanço a fazer da época desportiva de 2012/2013? 
A época desportiva de 2012/2013 correu de forma positiva. Considero mesmo que com um pouco mais de sorte e, em alguns casos, de competência em determinados lugares na equipa, poderíamos ter feito uma das melhores classificações dos últimos 20 anos na 1.ª divisão distrital.

 A classificação final está de acordo com o valor da equipa? 
O objectivo passava pela manutenção mas pelo conjunto de atletas que conseguimos reunir em determinada altura pensámos ser possível ficar nos cinco primeiros lugares. A manutenção foi garantida e ficámos apenas a um ponto do 5.º lugar. Portanto, não se pode dizer que tenha sido mau. Em termos gerais considero que o plantel tinha muito valor mas ficávamos a perder para outros em tudo o que envolve um plantel sénior de futebol e por vezes não chega jogar bem porque existem outros factores (internos e externos) que influenciam a prestação desportiva de uma equipa.

Terá sido um dos campeonatos mais disputados dos últimos tempos? 
Sim, o campeonato foi muito competitivo e bem disputado por equipas competentes, organizadas, empenhadas e bem orientadas. Isso, fez com que o campeonato tivesse tido jogos muito bem conseguidos com um futebol de muita qualidade. Só tenho que dar os parabéns ao C. Piedade e ao seu treinador. Quero também agradecer a todos os meus jogadores pelo empenho e pela atitude que demostraram durante a época desportiva, à direcção do clube, ao Rui Bicho, “ti” Aurélio, Dinis, Vítor José, Alberico, Patrícia Campos e Nelo Feiteira, por tudo o que fizeram por nós, principalmente nos momentos menos bons. Não poderei também esquecer o Edgar Vaz, pela sua disponibilidade e sacrifício em termos pessoais em prol da equipa, bem como à minha família que me apoia em tudo sabendo que recebem menos do que me dão. A eles o meu obrigado por tudo.

 Preparado para qualquer desafio 

 Em relação à próxima temporada, já há alguma coisa de concreto? 
 Em termos pessoais posso dizer que tive alguns convites de outros clubes mas os projectos não eram aliciantes e por isso não aceitei. Considero estar preparado para qualquer desafio mas atendendo à minha carreira acho que a sair teria de ser para um clube de nível profissional. Entretanto, como a nova direcção do clube me convidou para fazer parte integrante da sua estrutura desportiva, aceitei com muito gosto o cargo de treinador da equipa de seniores.

Já há objectivos definidos? 
 Os objectivos são claros na política desportiva do clube. Acima de tudo a manutenção no campeonato e depois proporcionar aos jovens a oportunidade de jogarem num clube onde possam desenvolver as suas competências, quer como homens quer como atletas.

E quanto ao futebol de formação? 
O futebol de formação está integrado numa política desportiva de alguns anos a esta parte, com resultados francamente positivos. Considero que os objectivos foram alcançados à excepção da equipa de juvenis sobre a qual gostaria de fazer um balanço mais alargado. Os objectivos no campeonato nacional passavam fundamentalmente por garantir a permanência no primeiro escalão. Se olharmos a este aspecto isoladamente não foram cumpridos. No entanto, temos que salientar os riscos que assumimos no arranque da época ao ter por base os atletas que provinham da formação, sem experiência no campeonato nacional. De qualquer forma, foi uma aposta no talento e na continuidade. Na primeira fase os jogos tiveram um índice competitivo muito elevado que os nossos jogadores foram capazes de acompanhar ficando às vezes a vitoria a faltar por pequenos detalhes e alguma inexperiência. A maior dificuldade teve a ver com as deslocações a campos com grande tradição nas competições nacionais, onde o favoritismo pendia naturalmente para as equipas da casa.

 A descida da equipa de juvenis 

Quer dizer que houve alguma frustração pelo facto de não terem concretizado o objectivo? 
 Sobre isso, importa dizer que o plantel de juvenis era composto por 25 jogadores, com um total de 17 jogadores de primeiro ano. Desta forma, seria muito injusto atribuir o insucesso desportivo à falta de qualidade da equipa. Por outro lado, há também que dizer que no decorrer da época o plantel se viu privado de alguns jogadores determinantes como foi o caso do Sebastião Castela, que se transferiu para o Belenenses, e mais tarde o capitão e defesa central Pedro Pedroso, que foi para o Sport Lisboa e Benfica. De salientar ainda as lesões prolongadas de Bruce Correia, Paulo Mendes e Fábio Moreno que vieram complicar ainda mais as contas de um plantel já curto. Deste modo a classificação não espelha o esforço e a determinação dos atletas na perseguição do objectivo da manutenção. O treinador Henrique silva, já está nos quadros do clube à oito épocas e irá manter-se no comando da equipa. A base de jogadores que disputou o campeonato nacional irá manter-se e os atletas que sobem do escalão dos iniciados dão garantias para que seja cumprido o objectivo para a próxima época, que é ser campeão.