Depois de ter representado vários clubes
a despedida no local onde começou num jogo que deu para tudo…
Nasceu para o futebol nas camadas jovens do Paio Pires onde se manteve quatro épocas, de 1990/91 a 1993/94. As suas exibições começaram a despertar a curiosidade e o interesse de outros clubes e na época seguinte partiu à descoberta do Algarve para representar durante duas temporadas o Lusitano de Vila Real de Santo António.
Em 1996/97 foi chamado pelo Seixal onde na II Divisão foi treinado por Carmo Pais e teve como companheiros de equipa João de Deus (treinador que agora se transferiu para o Gil Vicente), Nelson Costa (que esta época foi seu companheiro no Paio Pires), Pedro Eugénio (que representou esta época o Olímpico do Montijo) e Rui Maside, entre outros.
Depois de uma breve passagem pelo Sesimbra, Paulo Silva voltou a Paio Pires mas na época seguinte foi novamente para o Seixal, onde teve como treinador João Santos (actual coordenador do futebol de formação do Benfica) e como companheiro de equipa o actual treinador do V. Guimarães, Rui Vitória, bem como Pedro Amora, João Frazão e Paulo Martins (presentemente no U. Montemor).
Em 2002/2003, seguiu-se o Barreirense, clube que representou durante quatro épocas, uma das quais na II Liga. No Barreiro, foi companheiro de Edinho (hoje na Ac. Coimbra) e treinado por José Rachão, Daúto Faquirá e Rui Bento. Em 2007/08 regressou a Sesimbra, clube que representou por cinco anos e por fim outra vez o Paio Pires onde viria a encontrar como treinador Paulo Cardoso, que fora seu companheiro de equipa em Vila Real de Santo António.
No último jogo foi o capitão de equipa... |
Ao longo do seu percurso como jogador viveu certamente muitos momentos de glória e no seu curriculum conta com algumas subidas de divisão.
No passado domingo disse adeus aos relvados como jogador na partida que disputou com o Melidense. O jogo era decisivo para o Paio Pires que precisava de ganhar para garantir a manutenção e porque a vitória já estava assegurada Paulo Silva teve um prémio suplementar com o qual não estava a contar, a cobrança de uma grande penalidade. Paulo Silva não queria mas perante a insistência dos seus companheiros lá foi para o frente-a-frente com o seu adversário. O remate foi feito com pouca convicção e o guarda-redes contrário defendeu mas nem por isso Paulo Silva deixou de ser aplaudido.
O ambiente era festivo mas para que a despedida tivesse ainda mais brilho foi substituído aos 88 minutos sendo transportado para fora do relvado em ombros pelos seus companheiros de equipa debaixo de uma grande ovação.
“Terminar em Paio Pires é uma enorme satisfação”
No final da partida, a nossa reportagem falou com o jogador que confessou sentir alguma nostalgia pelo momento que estava a viver. “Este é o momento mais difícil da minha vida desportiva. O sentimento que sinto nesta altura é nostálgico, sinto que podia continuar mas acho que chegou o momento de sair. No fundo, sinto tristeza que é normal para qualquer futebolista quando chega o momento de deixar de fazer aquilo que mais gosta. Posso dizer que fiquei concretizado como desportista e sinto-me satisfeito por aquilo fiz no futebol e nos clubes por onde passei. Terminar em Paio Pires é uma enorme satisfação e um grande prazer, porque foi aqui que comecei e foi a partir daí que consegui ser alguém no futebol com algumas subidas de divisão jogando quase sempre nas competições nacionais, incluindo a II Liga”.