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quinta-feira, 6 de junho de 2013

HÓQUEI EM PATINS»» Seixal e Associação de Setúbal de costas voltadas

Por não ter permitido a sua inscrição na Taça APL 

Seixal mostra-se indignado com a Associação de Patinagem Setúbal

  O Seixal abdicou de participar no Campeonato Nacional da 3.ª Divisão por questões de ordem económica e optou por disputar o Campeonato Regional de Lisboa onde se classificou em 5.º lugar entre 11 concorrentes, atrás do Benfica B, Vilafranquense, HC Lourinhã e Sp. Torres e à frente de Odivelas, Tojal, Académica da Amadora, Santa Cita, HC Santarém e Lobinhos.

 Para fazer uma análise ao comportamento da equipa na competição, o JORNAL DE DESPORTO foi ao encontro de treinador Marco Costa.

 “A participação do Seixal no Campeonato Regional de Lisboa, foi muito positiva para a realidade do clube. Apesar de a classificação não ser a melhor, proporcionámos aos atletas um número maior de jogos e alguns dos quais com um nível competitivo muito superior à 3.ª Divisão. Perdemos alguns jogadores da época passada e outros já com esta a decorrer mas ganhámos outros. Os que chegaram trouxeram qualidade à equipa, os que já cá estavam foram evoluindo e porque, por razões profissionais ou particulares, alguns não estiveram sempre disponíveis, foram chamados jogadores das camadas jovens. Trabalhámos com jogadores Juniores e Juvenis e alguns até tiveram a possibilidade de jogar na perspectiva de mais tarde poderem vir a ser opção para o plantel sénior”, começou por referir o técnico seixalense que confessou que o clube havia optado pelo Regional de Lisboa porque as despesas com a 3.ª Divisão eram enormes e os jogos muito poucos.

 “Na segunda volta equipa acusou alguma fadiga”

Marco Costa é da opinião que a classificação final não está nada de acordo com o valor da equipa. “No início da época, o objectivo era entrar em todos os jogos para ganhar. Com o desenrolar dos jogos coloquei a fasquia no 3.º lugar porque os dois primeiros já estavam destinados ao Benfica B e Vilafranquense, devido à qualidade dos seus plantéis. Na segunda volta, não conseguimos apresentar a totalidade dos jogadores e, com a sobrecarga de jogos, a equipa começou a acusar alguma fadiga. Apesar de tudo, creio que fizemos uma boa prestação com jogos muito bem conseguidos, boas exibições e algumas derrotas evitáveis que se reflectem naturalmente no 5.º lugar final que apesar de tudo deixou boas perspectivas para o futuro. Já agora, aproveitando a ocasião quero agradecer o empenho e o sacrifício dos jogadores que me fizeram evoluir também como treinador e à direcção da secção de hóquei em patins e respectivos seccionistas que tudo fizeram para manter a equipa em actividade”. 

 “Competitividade é inexistente no distrito” 

 Terminado o campeonato a equipa preparava-se para participar na Taça da Associação de Patinagem de Lisboa, mas foi impedida de o fazer pela Associação de Patinagem de Setúbal. “Ficámos perplexos. Em nosso entender não faz qualquer sentido que a nossa Associação, que se diz representante dos clubes, não tenha permitido dar continuidade ao trabalho de evolução dos atletas e do seu nível competitivo que é inexistente no nosso distrito. O Seixal foi também acusado de estar a inviabilizar uma competição que [não estava prevista no planeamento da época desportiva e que nos havia sido proposta quando ainda estávamos em competição] tinha apenas mais duas equipas inscritas ou apalavradas. Isto é ridículo. Como é que se pode chamar competição a isto e impedir a participação em provas com um nível competitivo mais elevado”.


 “Iremos tentar manter os atletas em actividade” 

 Sendo assim há uma questão que se coloca. A época já terminou para o Seixal? Marco Costa diz que não. “Os atletas estão disponíveis para jogos amigáveis e alguns torneios para os quais já fomos convidados. Iremos tentar manter os atletas em actividade pelo menos até ao Torneio da Cidade do Seixal que se realiza no final de Junho. A AP Setúbal não proporciona um nível competitivo aos clubes de acordo com as exigências das respectivas faixas etárias ao contrário de outras Associações que proporcionam mais do dobro do número de jogos nos diversos escalões. É evidente que isto se reflecte depois no futuro desportivo dos jogadores. Em relação à próxima época, ainda nada está estabelecido mas o objectivo passa por proporcionar aos atletas de todos os escalões um nível competitivo que permita consolidação o futuro da modalidade no clube”.