FUTEBOL – Frade deixou a baliza do Beira Mar de Almada

 Esteve 13 anos ao serviço do clube 

Almadenses perdem uma das suas principais referências 



 João Frade, guarda-redes, de 29 anos, uma das grandes referências do Beira Mar de Almada, deixou o clube no passado domingo. Para trás ficaram 13 anos de futebol sempre ao serviço do clube almadense que representou desde os juvenis até ao escalão de seniores e duas subidas de divisão, uma conquistada pelos juniores e outra pelos seniores no tempo em que era treinador José Manuel, hoje adjunto de Mitchel Van Der Gaag, no Belenenses.

Mas porque é que João Frade deixou o Beira Mar de Almada, o seu clube de coração, ao fim de tantos anos. Foi isso que procurámos saber junto do valoroso atleta.

 Por que razão deixou o Beira Mar de Almada depois de tantos anos a defender as cores do clube? 
Foram treze anos a jogar no Beira Mar que era uma segunda casa para mim: No entanto, esta época foi muito desgastante a nível emocional. Alguns atritos com a equipa técnica levaram-me a tomar esta decisão. Situações que, como é óbvio, não vou revelar porque o que se passa dentro do balneário não deve transparecer cá para fora. O mais importante é salvaguardar os interesses do grupo de trabalho.

Qual o sentimento que vive, nesta altura?
Neste momento o sentimento é um pouco agridoce. Se por um lado fico triste por abandonar um clube que me ensinou muito e me fez crescer, por outro é uma oportunidade de abraçar outros projectos a nível pessoal e profissional.

Abandona de vez o futebol ou nos seus horizontes está uma provável saída para outro clube? 
Neste momento fiz a minha despedida do futebol federado. Tenho convites para jogar em campeonatos empresariais mas ainda não tomei uma decisão. Se volto aos relvados noutro clube? É difícil, mas no mundo do futebol nunca se sabe.

Certamente leva consigo algumas boas recordações... 

Sem dúvida. Levo grandes momentos passados com os meus companheiros de balneário, muitos risos e gargalhadas que não vou obviamente esquecer; levo também um carinho enorme por algumas pessoas do clube, desde a presidente, ao vice-presidente, passando pelo roupeiro, Tio Aurélio. São pessoas que não esqueço. Não posso também deixar de agradecer ao Rui Bicho que foi sempre um enorme apoio dentro de clube e, claro, ao enorme capitão, Augusto Campos que também “arrumou” as botas neste domingo e que é um exemplo de homem, atleta e amigo.

Antes do Beira Mar representou outros clubes, quais... 
Joguei sempre no Beira Mar de Almada, durante treze anos. Comecei nos juvenis de primeiro ano e ao longo do meu percurso como jogador consegui uma subida de divisão nos juniores e outra nos seniores com o treinador Zé Manel, que agora é adjunto no Belenenses.