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| Pedro Amora quer uma equipa equilibrada |
O anúncio oficial da sua constituição ainda não foi tornado público mas o nosso jornal sabe que a equipa técnica constituída por Pedro Amora, treinador principal; Carlos Rebocho, treinador adjunto; e Carlos Manuel, treinador de guarda-redes já garantiram o regresso de alguns jogadores que na época anterior haviam saído para outros clubes da região, como é o caso do Sesimbra, Costa de Caparica, Barreirense, C. Piedade, Eléctrico de Ponte de Sôr e Almada.
Asseguradas estão também algumas novidades e a continuidade da maioria dos jogadores que conseguiram apurar o Amora para a primeira eliminatória da Taça de Portugal, depois do brilharete conseguido na segunda fase da Série E do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão que levou a equipa ao primeiro lugar da tabela classificativa.
Antes de falar sobre aquilo que poderá vir a ser a nova temporada desportiva, o treinador Pedro Amora correspondendo ao nosso pedido e aceitou fazer o balanço daquilo que foi a participação da equipa sob sua orientação na competição.
“Chegar ao fim em 1.º lugar foi fantástico”
O Amora conseguiu o objectivo a que se propôs no início da segunda fase da competição. Quer dizer que o grupo de trabalho chegou ao fim com a noção do dever cumprido?
É um facto, chegámos ao fim com o dever cumprido. Quando já ninguém acreditava, e com todos os problemas que foram surgindo, chegarmos ao fim e atingirmos os objectivos, bastante ambiciosos, a que nos propusemos, é fantástico. Deve-se única e exclusivamente ao trabalho deste grupo de grandes homens que nunca baixou os braços, mesmo quando tudo parecia perdido. De qualquer forma, queria também agradecer a todas as pessoas envolvidas, nomeadamente à direcção, massagistas, roupeiros e, volto a frisar, aos jogadores que foram fantásticos em tudo o que fizeram.
A tarefa não foi fácil porque chegaram ao fim três equipas igualadas em termos pontuais. Logo, será fácil constatar que houve muita competitividade?
É verdade. Acabámos por beneficiar precisamente dessa competitividade, ganhando os nossos jogos e esperando que as outras equipas perdessem pontos, entre elas. Tínhamo-nos proposto fazer 22 pontos e acabámos por só fazer 21. Mas, ainda assim, fomos a equipa que fez mais pontos nesta fase. Não só por isso, mas principalmente por tudo o que passámos, o primeiro lugar assenta-nos muito bem.
Para além de exibições mais ou menos bem conseguidas. Houve uma outra situação que marcou a carreira do Amora nesta competição. Estamos a falar dos guarda-redes e em especial do jogo com o Real, em Massamá, onde foi obrigado a jogar com um jogador de campo como guarda-redes...
Herdámos uma situação surreal. De facto, aconteceu o que já se adivinhava à muito tempo porque uma equipa não pode contratar um jogador que não pode treinar durante a semana e que trabalha em dias de jogos, agravada com a situação de ser o único.
“Queremos uma equipa equilibrada”
E, o futuro como vai ser. A próxima época já está a ser preparada?
Sim, já há algum tempo que a próxima época está a ser preparada. Nesta altura, temos o plantel praticamente definido. Tudo tem sido feito com muita calma e critério para que possamos fazer uma equipa equilibrada. No ano que vem o campeonato distrital vai ser bastante competitivo e nós temos que estar preparados para todas as adversidades
Já há objectivos definidos?
O clube está numa fase de transição. Por isso, o objectivo passa por fazer um campeonato tranquilo, para o poder reorganizar. Procuraremos andar sempre nos lugares cimeiros mas sem loucuras, com os pés bem assentes no chão e cientes de que a tarefa que temos em mãos não vai fácil. Só com muito trabalho conseguiremos alcançar os objectivos a que nos propomos.