Arrentelenses parecem ter acusado a importância do encontro
O Arrentela jogava uma partida extremamente importante que poderia deixar a equipa numa posição mais confortável no que respeita às contas da subida de divisão. E, talvez por isso mesmo, tenha entrado no jogo com um nervosismo inexplicável que não proporcionou de forma nenhuma a prática do seu jogo habitual.
Na primeira parte raramente conseguiu colocar a bola no chão e jogar da maneira que sabe, deixando-se ir atrás do pontapé para a frente e para o ar, tão do agrado da equipa adversária. O golo do Banheirense surge após falha de marcação já dentro da grande-área e não espelhava de modo algum o que se havia passado nos primeiros 45 minutos. Ao intervalo, o resultado mais justo seria o empate mas quem acabou por sair em vantagem foi a equipa da Baixa da Banheira porque havia marcado um golo.
O Arrentela, com a alteração feita ao intervalo, entrou na segunda parte decidido a virar o resultado e numa excelente jogada de futebol desenvolvida aos 59 minutos chegou à igualdade por Tozé, após assistência de Miguel Cruz. Pensava-se então que a equipa da casa pudesse partir em busca da vantagem mas na verdade não foi isso que aconteceu porque voltou a não conseguir explanar o seu futebol. O jogo tornou-se então mais repartido com ambas as equipas a criarem alguma boas oportunidades para marcar, coisa que não se verificou até ao apito final do árbitro.
Portanto, resumindo e concluindo: o empate penaliza muito mais o Banheirense que o Arrentela pelo facto da equipa arrentelense continuar com quatro pontos de vantagem e a formação da Baixa da Banheira ter visto aproximar-se o Quinta do Conde, que será o seu próximo adversário. Na próxima jornada o Arrentela desloca-se às Lagameças enquanto o Banheirense recebe no Campo da Quinta da Carvalheira, na Vinha das Pedras, o Quinta do Conde que está apenas a um ponto de distância.
JOSÉ CARLOS SANTOS, treinador do Arrentela:
“Queríamos muito ganhar este jogo”
“A minha equipa queria muito ganhar este jogo e resolver praticamente já hoje as contas da subida. Tal não foi possível e com este empate vamos ter que continuar a trabalhar e lutar jogo a jogo até que o objectivo seja atingido. O futebol é assim mesmo e temos que valorizar os adversários que jogam com uma entrega e dedicação elevadíssimas e não atiram a toalha ao chão. Conto com os meus jogadores para muito em breve podermos ser felizes porque eles bem o merecem. Quanto à arbitragem [de Francisco Mendes] não posso comentar o trabalho de quem não sendo árbitro principal, mas apenas fiscal de linha, aparece num jogo de seniores desta importância como um autêntico robot comandado por gestos e palavras do seu chefe de equipa [Pedro Azevedo]. Foi estranho, caricato e patético”.
FICHA DO JOGO
Jogo no Complexo Desportivo da Boa Hora, em Arrentela
ÁRBITRO: Francisco Mendes (Barreiro)
ARRENTELA: Rolo; Pinheiro, Gémio, Antunes, Jorge (cap.); Serrinha, Abreu, Ruben (Dutchi, 78’); Elias (Miguel Cruz, ao intervalo), Nascimento e Tozé.
TREINADOR: José Carlos Santos
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: 0-1, aos 25’; 1-1, Tozé (59’).