apesar da boa réplica do Paio Pires

O tempo, com vento inconstante a ameaçar chuva a todo instante, não contribuiu em nada para o espectáculo que acabou por não ser famoso no aspecto técnico mas valeu sobretudo pela entrega e aplicação dos jogadores de ambas as equipas, que se esforçaram imenso desde o princípio até ao fim.
O equilíbrio terá sido a nota dominante do encontro e o prolongamento talvez fosse um prémio justo para o Paio Pires mas a sorte acabou por bafejar o C. Piedade que foi mais eficaz na finalização.
Na primeira parte o jogo foi bem disputado mas sem grandes oportunidades de golo de parte a parte. O primeiro sinal de perigo foi dado por Telmo (Paio Pires), aos 12 minutos, com um remate que saiu ao lado. O C. Piedade aventurou-se mais no terreno e, passado pouco tempo, ganha dois pontapés de canto resultando logo a seguir o golo que lhe daria vantagem com Milton a corresponder de cabeça a um excelente cruzamento efectuado do lado esquerdo por Fábio Babau. O Paio Pires reagiu e por volta dos 30 minutos ameaçou com algum perigo a baliza de João Marreiros que seria alguns minutos depois de novo incomodado por Eddy.
Na segunda parte, o C. Piedade entrou mais forte e logo após o apito inicial do árbitro desperdiçou uma boa oportunidade para ampliar o marcador. A resposta do Paio Pires não demorou e aos 53’ Márcio, após livre cobrado por André Pinto, obrigou João Marreiros a defesa apertada. Os paiopirenses insatisfeitos com o resultado continuavam em busca do golo da igualdade que acabaria por acontecer precisamente num lance de bola parada. Num livre cobrado do lado esquerdo para a grande área, Rafael cabeceia para junto da baliza onde aparece Eddy a empurrar para o fundo da baliza piedense. O jogo tornou-se então mais emotivo devido à incerteza do marcador e à medida que o relógio ia avançando começava a pairar no ar a hipótese do prolongamento que viria a não acontecer porque aos 85’, Jessy, após livre cobrado por França, marcou o segundo golo do C. Piedade. Em desvantagem, num último esforço, o Paio Pires arriscou tudo com o objectivo de chegar à igualdade mas não conseguiu concretizar as duas oportunidades que teve; uma, por mérito do guardião João Marreiros que executou uma excelente defesa a um potente remate de João Martins efectuado de fora da área e, a outra, porque, Fernando, de cabeça, atirou ao lado com a baliza escancarada.
PAULO CARDOSO, treinador do Paio Pires:
“Na primeira parte receámos um pouco o adversário”

SÉRGIO BÓRIS, treinador do C. Piedade:
"O prolongamento era um prémio merecido para o Paio Pires”

Sobre o adversário da final que se realiza no dia 1 de Maio, em campo ainda a designar, Sérgio Bóris não esconde a sua preferência. “Disputar a final com o Almada seria fantástico porque se trata de duas equipas da cidade, que têm feito um bom campeonato e porque normalmente são vistos por muita gente”.
FICHA DE JOGO
Jogo no Campo Vale da Abelha, em Paio Pires
ÁRBITRO: Nunes Alves (Barreiro), auxiliado por André Guerreiro e Luís Vaz
PAIO PIRES: Paulo Silva; Adérito, Márcio Rafael, Bruno Almeida (Fernando, 90+2’); Moreira, Eddy, Manuel Fernandes; Laranjeira (João Martins, 55’), André Pinto e Telmo (Fábio Geia, 64’).
Suplentes não utilizados: Fábio Rodrigues, Lourenço e Casacão
TREINADOR: Paulo Cardoso
C. PIEDADE: João Marreiros; Tralhão, Gaspar, Filipe Rodrigues, Tiago Meira; França, João Carmo (Travassos, 45’), Milton; Fábio Babau (Jessy, 45’); Catota (Edimir, 57’), Rui Pereira (Serginho, 86’). Suplentes não utilizados: Gonçalo, Ruben Nunes e Conceição
TREINADOR: Sérgio Bóris
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: 0-1, Milton (21’); 1-1, Eddy (72’); 1-2, Jessy (85’)
Disciplina: cartão amarelo para Milton (71’ e 90+3’); Eddy (72’); Márcio (84’); Tiago Meira (90+5’). Cartão vermelho, por acumulação, a Milton (90+3’).
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