O tempo não ajudou mas mesmo assim esteve muita gente a presenciar o derby da cidade almadense que terminou empatado, tal como havia acontecido no jogo da primeira volta disputado no Campo do Pragal, só que agora a uma bola ao contrário do outro que tinha terminado em branco.
O jogo decorreu de forma bastante interessante e foi bastante disputado de princípio ao fim facto que fez prender os espectadores até ao último apito do árbitro José Palma que realizou um trabalho de grande qualidade, optando por deixar jogar em vez de apitar por tudo e por nada como fazem outros. Durante os 90 + 5 minutos, apenas uma dúvida ficou num lance de ataque do Cova da Piedade em que a bola terá batido ou não no braço de um jogador do Almada, em plena área. José Palma considerou que não houve qualquer irregularidade e o lance prosseguiu apesar de alguns protestos dos piedenses.
Relativamente às incidências da partida, pode dizer-se que a primeira parte foi inteiramente controlada e dominada pelo Cova da Piedade que desperdiçou um número bastante considerável de oportunidades, as mais flagrantes por Hugo Rosa (aos 7 e 14’), Catota (30 e 33’) e Filipe Rodrigues (34’), que lhe poderiam ter dado alguma vantagem ao intervalo. Só que, por incrível que possa parecer, quem saiu a ganhar foi o Almada mercê do golo apontado por Paulo Gomes (aos 45’), após cruzamento efectuado do lado direito do seu ataque numa das poucas vezes que se aproximou da baliza de Nuno Madureira.
Na segunda parte quem entrou melhor foi o Almada que começou por criar algum perigo nos minutos iniciais. Os almadenses aproveitando a fase menos boa dos piedenses mandavam no jogo mas não criavam grande perigo para a baliza adversária que apenas sofreu algum sobressalto aos 62’ num remate de Fábio Nunes. Com as alterações feitas por Sérgio Bóris, o Cova da Piedade ganhou então novo fôlego e partiu decididamente em busca da igualdade remetendo o Almada para zonas mais recuadas. Aos 68 minutos, Pedro Cardoso foi obrigado a defesa apertada após livre cobrado de longe por Tiago Meira, aos 73’ João Carmo também na cobrança de um livre à entrada da área atirou à barra e aos 85’ aconteceu o tal lance duvidoso dentro da área do Almada. O C. Piedade procurava afanosamente o golo e a sua persistência acabaria por ser compensada quando Jessy, já em período de compensação, conseguiu fazer o gosto ao pé, para satisfação dos seus adeptos. O Almada sentia-se pressionado e tentava segurar o resultado enquanto os piedenses não desistiam de chegar à vitória que esteve quase a acontecer por Hugo Rosa quando apareceu na cara do guarda-redes almadense, mesmo ao cair do pano.
Em suma, tendo em conta que ambas as equipas marcaram um golo, o resultado terá que se aceitar. Mas, que o Cova da Piedade esteve melhor e foi a equipa que mais e melhores oportunidades de golo criou, lá isso é verdade.
A opinião dos treinadores:
Sérgio Bóris, treinador do C. Piedade
“O C. Piedade teve uma primeira parte avassaladora”
“O empate não satisfaz porque não era o resultado que queríamos mas essencialmente por aquilo que se passou durante os 90 minutos. O C. Piedade teve uma primeira parte avassaladora, criámos muitas e boas oportunidades de golo e depois num erro individual acabámos por sofrer um golo em cima do intervalo. Na segunda parte, não conseguimos entrar tão bem por mérito do Almada que durante os primeiros 20 minutos teve alguma supremacia e conseguiram controlar o jogo mas sem criar situações de golo. Com as substituições a equipa melhorou porque quem entrou trouxe sangue novo e voltámos a estar por cima. Criámos várias situações de golo, atirámos uma bola à barra e acabámos por chegar ao golo terminando o jogo com um jogador do Almada atirar a bola em cima da linha de golo. Com todo o respeito pelo adversário e porque o jogo não é apenas 20 minutos. A haver um vencedor teria que ser o C. Piedade. Estes jogos são bons para a cidade, para as pessoas, para os clubes e para os jogadores que gostam sempre de jogar “.
Élio Santos, treinador do Almada:
“Na segunda parte entrámos mais personalizados”
“O empate satisfaz. Penso que fizemos um bom jogo. Foram duas partes diferentes, o C. Piedade entrou melhor na primeira parte e criou uma série de oportunidades porque houve alguma desconcentração e algum desequilíbrio emocional da nossa equipa que não defendeu bem o lado direito deles. Depois tivemos também alguma dificuldade na transição de bola no pé, por mérito do adversário, mas fomos felizes na concretização e fomos para o intervalo em vantagem. Na segunda parte entrámos mais personalizados, mais serenos e tranquilos e fomos gerindo o jogo com uma ansiedade mais controlada. O C. Piedade fazia um jogo menos pensado mas sempre com muita bola vertical sempre a entrar nas alas mas nós anulámos praticamente todas as descidas e controlámos o jogo. Sabíamos que o C. Piedade só podia chegar ao golo de bola parada e sofremos três ou quatro cantos consecutivos que criaram algum perigo e acabámos por levar um golo nos últimos minutos. O C. Piedade jogou mais com o coração que com a cabeça, mas acho o resultado justo. Saímos daqui um pouco incomodados porque faltavam apenas dois minutos e tínhamos o jogo perfeitamente controlado, também seria justo se tivéssemos ganho”
FICHA DO JOGO
Jogo Estádio Municipal José Martins Vieira, na C. Piedade
ÁRBITRO: José Palma (Setúbal), auxiliado por Alexandre Rodrigues e Filipe Oliveira
C. PIEDADE: Madureira; Tralhão, Gaspar, Pedro Henriques, Tiago Meira; Filipe Rodrigues (João Carmo, 58’), França, Travassos (Jessy, 64’); Carlos Carvalho (Edimir, 71’), Hugo Rosa e Catota.
TREINADOR: Sérgio Bóris
ALMADA: Pedro Cardoso; Bruno Pais, Marcos, Bruno Mareco, Paulo Costa; Daniel Pires (Ruben Calado, 62’), Nuno Cirilo, Ricardo Dinis, Fábio Nunes (Miguel Serafim, 87’); Luís Costa e Paulo Gomes (Suelves, 80’)
TREINADOR: Élio Santos
Ao intervalo: 0-1
Marcador: 0-1, Paulo Gomes (45’); 1-1, Jessy (90+2’).
Disciplina: Fábio Nunes (52’), Nuno Cirilo (58’), Travassos (63’), Paulo Gomes (73’), Gaspar (77’), Tiago Meira (85’) e Edimir (85’)
Cova Piedade não teve a sorte do jogo o Almada foi organizado e marcou no erro do guardião Piedense. Excelente meio campo Almada a parte mais forte, ao contrário da defesa que é fraca principalmente os centrais. Cova Piedade mais homogeneo e mais equipa mais forte no colectivo e individual, estamos no bom caminho.força piedade
ResponderEliminarCova da piedade é muito mais equipa, tem melhor futebol, o Almada tem um bom guarda-redes, um meio-campo jeitoso e pouco mais, mas o que contam são os resultados. o Almada está na frente e no confronto directo tem vantagem.
EliminarForça piedade somos a melhor equipa deste campeonato, vamos transformar isso em pontos!
Critério de desempate em igualdade pontual:
ResponderEliminar1 - o numero de pontos alcançados pelos clubes empatados, no jogo ou jogos que entre si realizaram;
2 - a diferença entre o numero de golos marcados e o numero de golos, sofridos pelos clubes empatados, nos jogos que realizaram entre si;
3 - a maior diferença entre o numero de golos marcados e o numero de golos sofridos pelos clubes empatados, nos jogos realizados em toda a competição;
4 - o maior numero de vitorias na prova;
5 - o maior numero de golos marcados;
6 - o menor numero de golos sofridos.
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Fonte - Regulamento afsetubal