O espectáculo não foi de elevada qualidade mas ainda assim acabou por decorrer de forma interessante e emotiva com a equipa leonina mais dominadora na primeira parte e os benfiquistas mais pressionantes na segunda metade do encontro.
O Sporting entrou melhor no jogo e durante a primeira parte mostrou-se quase sempre a equipa mais insatisfeita com o desenrolar dos acontecimentos. Com um futebol mais apoiado e com mais posse de bola a equipa comandada por Luís Pedrosa foi procurando ganhar o controlo da partida enquanto os encarnados, que demonstravam alguma intranquilidade, apostavam mais nos passes longos na tentativa aproveitar a velocidade dos seus jogadores mais avançados. Apesar do maior domínio do Sporting, no primeiro período do encontro apenas se registaram duas situações de perigo eminente para as balizas e uma para cada lado. Aos 10m para o Sporting num desvio de cabeça de Hugo Meira, após livre cobrado do lado esquerdo e aos 30m para o Benfica na sequência de uma boa jogada de Romário Baldé que cruzou para área onde chegou demasiado tarde, na zona do segundo poste, Gilson Costa.
Se na primeira parte o Sporting esteve melhor na segunda quem mandou foi o Benfica. Ainda assim foram os leões que mais perto estiveram de marcar, quando decorriam apenas 30 segundos, por Lisandro, que atirou ligeiramente ao lado depois de se ter escapado já dentro da área, pelo lado esquerdo. A partir daqui só deu Benfica. A equipa de Renato Paiva tornou-se mais pressionante em termos ofensivos sendo de destacar a acção de Gonçalo Guedes que começava a ter um papel fundamental na manobra da formação encarnada. O assédio à baliza de Stojkovic era uma constante e por três vezes o golo para o Benfica esteve à vista, aos 59m por Romário Baldé, aos 65m com o guarda-redes leonino a tirar a bola da cabeça de Hildeberto e aos 75m num remate à entrada da área de Gonçalo Guedes. A partida viria no entanto a ficar manchada com a expulsão do benfiquista Hildeberto que, na mesma jogada, viu o árbitro mostrar-lhe por duas vezes o cartão amarelo, no último minuto do tempo extra.
TREINADORES:
Renato Paiva (Benfica): “Foi um jogo com duas partes distintas. Na primeira parte não conseguimos ter bola. Mas, na segunda encostámos o Sporting ao seu meio campo. Em função daquilo que trabalhou o resultado é injusto para o Benfica. De qualquer forma, acho que foi um grande espectáculo e uma grande jornada de propaganda para o futebol de formação".
Luís Pedrosa (Sporting): “Foi um jogo bem disputado entre duas boas equipas. No início o Benfica retraiu-se um pouco e nós tomámos a iniciativa, impondo o ritmo de jogo. Na segunda parte, acusámos um pouco o desgaste. Mas, mesmo assim, conseguimos sempre controlar e gerir. Considerando as duas partes creio que o resultado é justo”.
FICHA DO JOGO
Campo N.º 1 da Caixa Futebol Campus, no Seixal
Árbitro: António Franco (Lisboa), auxiliado por Márcio Azevedo e Tiago Abrantes
BENFICA: Rafael Lopes; Isaac Fernandes, João Lima, Ruben Dias, Yuri Ribeiro; Gilson Costa, Romário Baldé, Gonçalo Rodrigues; Diogo David (Hildeberto Pereira, 56’), Edson Pires (João Costa, 67’) e Gonçalo Guedes.
TREINADOR: Renato Paiva
SPORTING: Vladimir Stojkovic; Bernardo Carlos, Bruno Wilson, Hugo Meira,João Serrano; Mamadú Baldé (Pedro Ferreira, 49’), Lisandro Semedo (Flávio Silva, 56’), José Lúcio; Matheus Pereira (Heriberto Tavares, 71’), Rafael Barbosa e Fábio Martins
TREINADOR: Luís Pedrosa
Ao intervalo: 0-0
Disciplina: cartão amarelo para Mamadu Baldé (49’); Hildeberto Pereira (80+2’, duplo amarelo). Cartão vermelho, por acumulação de amarelos, para Hildeberto Pereira (80+2’).
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